Li um texto do David Marçal. Vejam este excerto:
“Tive conhecimento através de um amigo da “cura pela água“, um método de cura para muitas condições clínicas (dor, úlcera gástrica, SIDA), que passa pela simples ingestão de água. Óptima ideia, é a homeopatia levada ao extremo: para quê fingir que há uma substância activa diluída, embora analiticamente indetectável no remédio homeopático e não assumir que é apenas água?
O método é proposto pelo Dr. B, uma opção sensata de marketing para quem se chama F. Batmanghelidj. Pior só se chamasse Eyjafjallajoekull (ou vulcão E.). E o bom Dr. B. dá os seus bons conselhos no site: “Você não está doente, está com sede. Não trate a sede com medicamentos” e, claro, na sua loja on-line vende nada menos do que quatro livros que ensinam a beber água.”
Em inglês, podem ler este enorme texto.
Como já fiz no passado, continuo a perguntar: o Estado (e a Justiça) não protege os seus cidadãos destas burlas? Porque ninguém é processado criminalmente?
Fico à espera das vossas respostas, enquanto vou beber água…
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O vinho bom também faz bem; quando é natural e sem produtos. Mas a àgua sem duvida é a primeira coisa, principalmente quando se tem pedras nos rins. O meu caso bebo muita àgua
Saudações,
Efectivamente beber bastante água, tem terapias várias e benéficas para a saúde em geral.
Tenho lido alguns textos sobre a matéria e ninguém contesta o benefício de se beber bastante água. Até aceito a cura de alguns tipos de dor. Agora daí a curar a sida ou mesmo uma úlcera gástrica com eficiência, extravasa um charlatanismo quase primário.
Passo um texto, que recebi via email há algum tempo em abono da terapia pela água:
mas deixo claro que um oportunismo de negócio aliado a um slogan de Marketing enganoso, como o referido no Post deveria ser objecto de intervenção das autoridades de Saúde.
Aqui vai o Texto:
“Água e Envelhecimento”
Sempre que dou aula de Clínica Médica a estudantes do quarto ano de Medicina, lanço a pergunta:
– “Quais as causas que mais fazem o vovô ou a vovó terem confusão mental?”
Alguns arriscam:
“Tumor na cabeça:”-Eu digo: “Não”.
Outros apostam: “Mal de Alzheimer”. Respondo, novamente: “Não”.
A cada negativa a turma espanta-se. E fica ainda mais boquiaberta quando enumero os três responsáveis mais comuns:
(1) diabetes descontrolado, (2) infecção urinária e (3) desidratação.
Parece brincadeira, mas não é. Constantemente vovô e vovó, sem sentir sede, deixam de tomar líquidos. Quando falta gente em casa para lembrá-los, desidratam-se com rapidez.
A desidratação tende a ser grave e afeta todo o organismo. Pode causar confusão mental abrupta, queda de pressão arterial, aumento dos batimentos cardíacos (“batedeira”), angina (dor no peito), coma e até morte. Insisto: não é brincadeira.
Ao nascermos, 90% do nosso corpo é constituído de água. Na adolescência, isso cai para 70%.
Na fase adulta, para 60%. Na terceira idade, que começa aos 60 anos, temos pouco mais de 50% de água. Isso faz parte do processo natural de envelhecimento. Portanto, de saída, os idosos têm menor reserva hídrica.
Mas há outro complicador: mesmo desidratados, eles não sentem vontade de tomar água, pois os seus mecanismos de equilíbrio interno não funcionam muito bem. Explico: nós temos sensores de água em várias partes do organismo. São eles que verificam a adequação do nível. Quando ele cai, aciona-se automaticamente um “alarme”. Pouca água significa menor quantidade de sangue, de oxigênio e de sais minerais em nossas artérias e veias. Por isso, o corpo “pede” água. A informação é passada ao cérebro, a gente sente sede e sai em busca de líquidos.
Nos idosos, porém, esses mecanismos são menos eficientes. A detecção de falta de água corporal e a percepção da sede ficam prejudicadas. Alguns, ainda, devido a certas doenças, como a dolorosa artrose, evitam movimentar-se até para ir tomar água.
Conclusão: idosos desidratam-se facilmente não apenas porque possuem reserva hídrica menor, mas também porque percebem menos a falta de água em seu corpo. Além disso, para a desidratação ser grave, eles não precisam de grandes perdas, como diarréias, vômitos ou exposição intensa ao sol. Basta o dia estar quente ou a umidade do ar baixar muito, como tem sido comum nos últimos meses. Nessas situações, perde-se mais água pela respiração e pelo suor.
Se não houver reposição adequada, é desidratação na certa. Mesmo que o idoso seja saudável, fica prejudicado o desempenho das reações químicas e funções de todo o seu organismo.
Por isso, aqui vão dois alertas.
O primeiro é para vovós e vovôs: tornem voluntário o hábito de beber líquidos. Bebam toda vez que houver uma oportunidade. Por líquido entenda-se água, sucos, chás, água-de-coco, leite.
Sopa, gelatina e frutas ricas em água, como melão, melancia, abacaxi, laranja e tangerina, também funcionam. O importante é, a cada duas horas, botar algum líquido para dentro.
Lembrem-se disso!
Meu segundo alerta é para os familiares:
Ofereçam constantemente líquidos aos idosos. Lembrem-lhes de que isso é vital. Ao mesmo tempo, fiquem atentos. Ao perceberem que estão rejeitando líquidos e, de um dia para o outro,
ficam confusos, irritadiços, fora do ar, muita atenção. É quase certo que esses sintomas sejam decorrentes de desidratação. Líquido neles e rápido para um serviço médico!
Arnaldo Lichtenstein (46), médico, é clínico-geral do Hospital das Clínicas e professor colaborador do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
Não esquecer então de beber água….
Um abraço
[…] em coisas que já foram provadas como falsas. Por isso é que as pessoas continuam a acreditar em águas que curam, em águas milagrosas, em milagres passados, em saúde quântica, em pulseiras quânticas, […]
[…] fim do mundo. Já passou e nada ocorreu. Contudo, continua a falar-se do que se falava antes: das curas mágicas (também aqui e […]