Fantástica descoberta de um planeta vindo de outra galáxia!
Pela 1ª vez detectou-se um planeta de outra galáxia!
O planeta chama-se HIP 13044b, é um gigante gasoso, é um pouco mais massivo que Júpiter, e encontra-se a 2200 anos-luz de distância da Terra.
Este exoplaneta tem uma órbita bastante pequena, em que 1 ano é somente 16 dias. Inicialmente, a sua órbita deveria ser maior, mas terá se aproximado da estrela durante a fase de gigante vermelha.
O planeta está em órbita de uma estrela que está a morrer.
A estrela já passou pela fase de gigante vermelha, em que deverá ter engolido os planetas mais próximos.
O HIP 13044b sobreviveu a essa fase de gigante vermelha da estrela-mãe, mas está condenado a no futuro próximo também ser engolido pela estrela.
Toda esta informação é importante… para nós, para o nosso Sistema Solar, já que nos permite ver como o nosso Sistema Solar e o nosso planeta irão terminar. A “dança” de planetas-estrela no nosso Sistema Solar dá-se daqui a mais ou menos 5 mil milhões (bilhões, no Brasil) de anos.
Este sistema também nos permite estudar outra situação: a formação de planetas gigantes. Esta estrela contém poucos elementos mais pesados que o hidrogénio e o hélio – menos que qualquer outra estrela conhecida por albergar planetas. Como é que uma estrela que não contém praticamente nenhum elemento pesado pode ter formado um planeta? Os planetas em torno de estrelas como esta devem provavelmente formar-se de modo diferente… ou os planetas terão uma composição diferente?
Este sistema planetário está agora na nossa Galáxia, Via Láctea.
Mas há muitos milhões de anos atrás, pertencia a outra galáxia, uma galáxia-anã próxima da Via Láctea.
Há cerca de 7 mil milhões (bilhões, no Brasil) de anos, essa galáxia-anã colidiu e foi devorada pela Via Láctea.
Isso fez com que as estrelas e planetas dessa galáxia-anã passassem a pertencer à nossa Galáxia, Via Láctea.
É a 1ª vez que se detecta um sistema planetário com origem noutra galáxia.
Está assim provado que outras galáxias, naturalmente, também contém planetas.
Leiam em português, ESO, Público, Ciência Hoje, Rerum Natura, Estadão, Inovação Tecnológica, Folha, Folha.
Leiam em inglês, ESO, Universe Today, New Scientist, Scientific American, Centauri Dreams, e artigo científico.
18 comentários
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E o Sol? Nasceu na Via Lactea? Ou também foi capturado? Há forma de saber?
Meu comentário nada tem a ver com a ciência do artigo. Sou brasileiro, mas acho que os portugueses tem uma forma muita mais elegante e bela para escrever o nosso maravilhoso idioma. Mas muito me custava entender os “mil milhões” que se usa em Portugal e o esclarecimento entre parênteses (que depois me pareceu óbvio) veio a calhar. Muito Obrigado.
Author
O número é o mesmo: 7.000.000.000
No entanto, em Portugal lê-se com escala longa, enquanto no Brasil lê-se com escala curta 😉
http://pt.wikipedia.org/wiki/Escalas_curta_e_longa
abraços!
A existência do nosso sistema solar, é prova mais do que suficiente da existência de outros sistemas em qualquer galáxia. somos a prova viva de que há vida em novos mundos, ainda não conhecidas por nós. A existência de novas civilizações não pode ser negada pela só porque nós não há conhecemos.
hercobulus?
Author
Não. Nada a ver ;). Abraços
gosto muito de astronomia,porque é uma coisa além do mais complexo do universo,
muito engenhoso da parte do nosso criador, aquele que está acima de tudo..
A astronomia é realmente impressionante.
Muito boa a animação explicando.
eu adoro astrologia mas o que aconteceria se a via lactea fosse engolida por outra galaxia como aconteceu com a galaxia ana
Author
Astrologia é VIGARICE!!!!!!
Isto é Astronomia, que é CONHECIMENTO.
Quanto à sua pergunta, já foi respondida aqui:
http://www.astropt.org/2012/06/03/colisao-entre-a-via-lactea-e-andromeda/
e muito impotante pra quem gosta de se atualizar nas novidades da ciencias e saude se em formando nas descobertas qui estao acontecendo no mundo da astronomia vimos a descobertas de 66 planetas no qual entre elas 44 nao sao habitaveis pelo telescopio kepler -11 da nasa agencia espacial norte americana estamos vendo mais novas descobertas de planetas temos esse ai hip 13044-b menor planeta do nosso sistema solar mais rapido mais menor do que jupter muito bom os estudo sobre o noss a galaxia
gostei muto desses videos espero que quando eu terminar meus estudos conciga fazer o meu curso de astronomia eu adoro.Gosto de conhecer planetas que ainda nao forao descobertos,estrelas emfim adoro tudo espero poder um dia ter a oportunidade de ser uma astronoma.
Olá a todos
O mais interessante na descoberta é baixa taxa de elementos pesados da estrela, o que é realmente estranho nas teorias de formação planetária…..
Author
metacafe.comyoutube.com…
Olá,
Respondendo às 2 perguntas:
1 – Em proporção (sublinho, em proporção) as distâncias entre estrelas são maiores que entre galáxias, por isso é difícil as estrelas encontrarem-se mesmo quando há colisões de estrelas (logo, não há perigo para os planetas).
Mas será normal existirem forças gravitacionais a influenciar o movimento das estrelas.
O problema na resposta a essa pergunta é que não há um modelo certo para o que vai acontecer na colisão entre Andrómeda e Via Láctea. Parece-me que o modelo mais consensual será que essa colisão se dará “do outro lado” da Via Láctea. Ou seja, nessa altura, a colisão será de um lado, e o nosso sistema solar estará do outro. Se isto fôr o correcto, então poderemos estar descansados.
Nota que têm existido várias colisões de galáxias-anãs connosco, e não tem havido problemas.
Claro que Andrómeda é maior que nós, e ela é que nos irá “engolir”.
E se essa colisão fôr do “nosso lado” da Via Láctea, então as forças gravitacionais, dependendo da nossa “sorte” poderão fazer com que estrelas que passem perto “nos levem” com elas… ou até nos façam ficar “free-floating”, ou seja, planeta sem estrela.
Nota também que estas colisões demoram muitíssimos milhões de anos, em que passam uma vez (colidem), são esticadas, e voltam a se encontrar passados alguns milhões de anos.
Vê este filme:
http://www.metacafe.com/watch/1112762/milky_way_and_andromeda_galaxy_collision_simulation/
http://www.youtube.com/watch?v=QDDdhMv1UXM
Na verdade, estas simulações são baseadas no que se sabe, e sabe-se ainda pouco
🙂
É que nós vivemos muito pouco tempo, e estas colisões podem durar muitos milhões de anos.
Mas quando a Via Láctea e Andrómeda se encontrarem, nós daremos aqui a notícia no astroPT.
eheheheheeh
😀
2 – Sim, há.
É como me verem a jantar num restaurante vegetariano, e assumirem que sou vegetariano, quando o que pode ter acontecido é ter ido com um grupo de amigos vegetarianos que me convenceram (“roubo gravitacional do planeta”) a ir com eles.
Ou seja, eu até posso gostar muito de carne, mas fui convencido por outros a mudar de “trajectória” naquela altura em que alguém me viu.
Isso não faz de mim vegetariano, mas por causa do grupo onde estou, e do sítio onde estou, quem vê de fora, assume que eu sou
😛
Já agora, o roubo pode não ter sido só do planeta… mas até de todo o sistema.
Ou seja, a “corrente de estrelas” pode ter levado essa estrela e o planeta que a orbita.
Viva Carlos
Obrigado pela informação.
Isto então pode dar pistas do que pode acontecer ao nosso sistema solar, quando se formar a Milkdromeda, daqui a uns 3 000 milhões de anos, não? Afinal a Terra pode não terminar a sua vida num local distante e frio, longe da Gigante Vermelha em que se tornará o Sol… a não ser que fique vaporizada pelo Sol, entretanto.
Ou, pela diferença de massas entre a o binómio VL-Helmi vs VL-Andromeda não permitirá que a Terra continue a orbitar o Sol?
Já agora, não há possibilidade de este planeta ter sido “capturado” pela estrela extra-galática, roubando-o a outra “nossa” estrela, no seu percurso pela VL?
Abraço
Author
Olá,
Eles já sabiam que aquela corrente de estrelas tinha só estrelas de outra galáxia
😉
“Mas como os autores do estudo, que sairá em edição futura da revista “Science”, sabem que o planeta não é “nativo” da Via Láctea? Eles chegaram a essa conclusão baseados na estrela que ele orbita: a HIP 13044.
O astro fica em uma região distante da Via Láctea conhecida como corrente Helmi. Nesse local, as estrelas têm parâmetros orbitais bem particulares, que são diferentes dos da maioria das outras estrelas na vizinhança do Sol.
Para os pesquisadores, isso indica que elas faziam parte de uma galáxia que foi engolida pela Via Láctea entre cerca de 6 bilhões e 9 bilhões de anos atrás.”
“Chamado HIP 13044b, o planeta orbita a estrela HIP 13044. Cientistas sabem que essa estrela veio de uma galáxia devorada pela nossa porque ela faz parte de um grupo, chamado Corrente Helmi, formado por estrelas de composição química muito semelhante e que seguem uma trajetória peculiar pelo interior da Via-Láctea. “Quando galáxias se fundem, formam-se correntes de estrelas”, explicou Klement.
As características da corrente podem ser reconhecidas mesmo bilhões de anos mais tarde, pelo movimento das estrelas importadas em relação ao plano geral da galáxia. O artigo científico que descreve a descoberta está publicado no Science Express, o serviço online da revista Science.”
“Astronomers can identify members of the Helmi stream as they have motions (velocity and orbits) that are rather different from the average Milky Way stars.”
“HIP 13044 belongs to the Helmi stream, a population of stars that stretches through the Milky Way with similar, unusual orbits and compositions. The Helmi stream was determined in 1999 to have originated in a small galaxy, similar to the Sagittarius dwarf galaxy, that was cannibalized by the larger Milky Way. Later work found that the ingested galaxy must have been devoured six billion to nine billion years ago.”
http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_stellar_streams
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/95/Sig07-008.jpg
(esta imagem penso que é elucidativa)
abraço!
Como chegaram à conclusão que a estrela e o planeta vieram de outra Galáxia? Que evidências levam a concluir tal afirmação? Pelo facto de ter menos elementos pesados que outras estrelas da nossa galáxia? Se sim, como isto pode levar a afirmar que são sistemas “aliens”?
Obrigado!
Nota: leigo em astrofísica 🙂
Author
Esta é uma descoberta importante, até para ver se perdemos um pouco mais do “geocentrismo psicológico” que ainda detemos…
Por exemplo, procurando planetas em órbita de “estrelas mortas”… e quiçá até de anãs castanhas
😉
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