Astronauts4Hire é uma nova empresa que se formou, para servir de local onde os empregadores podem ir contratar astronautas.
No início, achei esta ideia demasiado estranha, porque já existem astronautas a mais na NASA – que não vão ser necessários a partir do momento em que as viagens dos vaivéns terminem no próximo ano.
No entanto, ao ler um pouco mais sobre a ideia, percebi que se destina a criar astronautas-cientistas que possam ser contratados para as diversas empresas privadas de exploração e turismo espacial.
Essas empresas privadas poderão ter missões pontuais que precisem de astronautas com determinadas competências numa determinada área, e daí que podem ir à Astronauts4Hire e escolher qual o astronauta-cientista com o perfil desejado.
Ou seja, parece-me uma excelente ideia para daqui por uns anos. Para já, parece-me prematuro…
O que acham?
2 comentários
Carlos, antes de mais obrigado pelo teu interesse na nossa organizacao. Como o Chief Science Officer dos Astronauts for Hire, Inc [A4H], gostaria de esclarecer/corrigir alguns
dos pontos sobre os quais tu falaste:
– Os A4H nao sao uma empresa, mas sim uma organizacao sem fins lucrativos,
– O nosso objectivo principal e desenvolver um programa de treino para cientistas astronautas comerciais. A criacao desses mesmo sera um producto directo do nosso programa de treino. Obviamente que iremos servir de ‘casamenteiros’ entre essas empresas/instituicoes que estejam interessadas em contratar os nossos astronautas cientistas comerciais. Neste contexto, nos sugerimos os melhores candidatos ao trabalho proposto, mas a escolha final e a contratacao por empresas ou instituicoes dos astronautas por nos formados acontecera ‘independentemente’ dos A4H, visto nos sermos uma organizacao sem fins lucrativos.
– Relativamente aos Astronautas das agencias espaciais internacionais que vao estar ‘desempregados’ tenho tambem umas coisas a dizer. Esses astronautas teem contratos com essas agencias e nao se podem transformar em ‘freelancers’ sem mais nem menos. Outra desvantagem e que eles sao ‘overqualified’ em certos aspectos e ‘underqualified’ noutros para missoes suborbitais ou orbitais. Outra desvantagem para os interessados em contratar seria o preco que eles poderiam pedir para executar uma missao em suborbita ou orbita…
Por ultimo faco minahs as palavras do Rogerio. Concordo plenamente 🙂
Ninguém melhor que os gestores da empresa poderão avaliar da oportunidade
na implementação duma nova geração de astronautas-cientistas, prontos para
integrarem missões, quer no espaço ou mesmo em “Terra”. A meu ver é não só uma excelente ideia como oportuna.
Lembro que há profissões de vanguarda que necessitam da existência de um staff permanente e em crescimento, mesmo que num horizonte conhecido e próximo não se vislumbre uma aplicação plena.
Por exemplo a necessidade de existirem militares, ou bombeiros mesmo quando não há guerra ou incêndios, e poderão sempre exercer em pleno as funções que escolheram e receberam formação.
Na área da informática, esta só progrediu quando empresas chamaram a si a formação,
de programadores e analistas de sistemas recrutando-os de outras áreas.
Falo dos anos sessenta e setenta, quando ainda não existiam cursos universitários para a informática.
Eu próprio pertenci a uma dessas empresas de vanguarda ao tempo, e para se ter uma ideia chegamos a ter um staff próximo dos setenta programadores, o que para uma empresa portuguesa seriam muitos, quando os computadores existentes seriam apenas os primeiros e até chegarem às várias dezenas levou alguns anos.
Facilmente também este pessoal se integrava em muitas outras empresas. Assim, esta pode ser a década dos astronautas-cientistas e não faltarão certamente empresas em todo o mundo que desejarão recrutar especialistas que vistam camisola digo: (fato espacial).
Cumps.