Evidências para o multiverso?
Num estudo bastante especulativo, uma equipa da Universidade de Londres fez uma simulação no computador e percebeu como a Radiação Cósmica de Fundo teria que aparecer, para se notar colisões entre diferentes universos. Depois comparou com a Radiação Cósmica de Fundo que já foi medida, e percebeu que existem 4 sítios candidatos a colisões de outros Universos com o nosso.
Podem ler, em inglês, aqui.
Como eu disse, parece-me um estudo demasiado especulativo…
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Carlos Oliveira
Carlos F. Oliveira é astrónomo e educador científico.
Licenciatura em Gestão de Empresas.
Licenciatura em Astronomia, Ficção Científica e Comunicação Científica.
Doutoramento em Educação Científica com especialização em Astrobiologia, na Universidade do Texas.
Foi Research Affiliate-Fellow em Astrobiology Education na Universidade do Texas em Austin, EUA.
Trabalhou no Maryland Science Center, EUA, e no Astronomy Outreach Project, UK.
Recebeu dois prémios da ESA (Agência Espacial Europeia).
Realizou várias entrevistas na comunicação social Portuguesa, Britânica e Americana, e fez inúmeras palestras e actividades nos três países citados.
Criou e leccionou durante vários anos um inovador curso de Astrobiologia na Universidade do Texas, que visou transmitir conhecimento multidisciplinar de astrobiologia e desenvolver o pensamento crítico dos alunos.
9 comentários
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Esse é um grande desafio cientistas/público.
Como leitor de notícias desse tipo, sei que existem diversas aplicações práticas (e valiosas) que surgiram em meio a pesquisas como a desse post, mas o público não sabe disso.
Talvez seja mesmo a hora de cientistas e diretores de cinema se reunirem para criar um novo e também inesquecível “Cosmos”. Uma série que mostrasse os últimos avanços na cosmologia, e ao mesmo tempo, como isso pode e vai mudar as nossas vidas. Claro, tudo contado com a simplicidade do velho e bom “Cosmos” de Sagan.
O título poderia ser “O Novo Cosmos”.
Que tal? 🙂
Author
100% de acordo.
E seriam precisos programas a mostrar precisamente onde essas aplicações são.
Há imensas vantagens da exploração espacial na vida diária das pessoas. Aqui no blog temos uma categoria só para isso, com centenas de aplicações práticas que utilizamos diariamente.
Penso que seria necessário haver programas a mostrar isso também… para as pessoas se darem conta que existem aplicações dessa investigação.
😉
Quando a ciência segue direções que só nos trarão retorno a longo, ou longuíssimo prazo (como a astrobiologia), fica difícil para o público levar essas pesquisas a sério.
O público (em geral) sempre espera por aplicações práticas, e a curto prazo. Ninguém duvida da importância das pesquisas na área da medicina, mas quando se fala de buracos negros e universos paralelos, a coisa muda de figura. Tudo é tratado como “perda de tempo”.
Claro que a parte da inspiração importa muito, mas seria muito melhor se existissem programas que tornassem essas pesquisas mais interessantes aos olhos do público.
O melhor exemplo: a série “Cosmos” de Carl Sagan. Um dos melhores programas que já vi na minha vida, e que me ajudou e muito a me interessar por astronomia e astronáutica (e agora, a astrobiologia).
Pode parecer um exagero, mas eu chorava se perdia um capítulo (bem, eu era uma criança na época…).
Programas como “Cosmos” são, em minha opinião, indispensáveis para aproximar público e ciência. E não estou falando de simples documentários, mas de algo mais abrangente. Algo como o “Cosmos”.
Author
Cristiano,
Até concordo na generalidade com a sua opinião.
mas então… onde coloca a astrobiologia (procura de vida ET) ?
🙂
Aí o público pergunta:
“Mas pra que diabos serve sabermos se o nosso universo colidiu com outro ou não?”
Respostas?
…………
A ciência deveria ser mais prática e menos sonhadora. Tentar se concentrar em encontrar soluções para nossas necessidades urgentes, como o aquecimento global, e não plantar agora o que talvez nunca venhamos a colher um dia (quanto tempo levaria para mandarmos uma sonda verificar se aqueles sinais são mesmo prova de uma colisão entre universos?).
É por essas pesquisas “que não levam a lugar nenhum” que a ciência perde em credibilidade e se afasta do público em geral.
Podem acreditar, quando um leigo vê esse tipo de pesquisa no noticiário, pensa: “esses cientistas não têm nada melhor pra fazer?”
Sonhar é bom, mas é na realidade onde nós vivemos (onde, por enquanto, vivemos). E a ciência, quando sonha, não fica muito diferente (para o público em geral) da ufologia, da fantasia, da ficção científica e da astrologia.
Aliás, quantos leigos sabem a diferença entre astronomia e astrologia?
Quem é prática é a tecnologia não a ciência. Mas é por causa dela, de ser sonhadora, que hoje em dia é possível os telemóveis, os microondas, os LCDs, …
esta equipa deve seguir a série televisiva “Fringe” 🙂
Author
Sim. Totalmente de acordo! 😉
Acho que às vezes se exagera muito em ver aquilo que se deseja ver de resultados experimentais.