Uma percentagem significativa dos Júpiteres Quentes têm raios anormalmente grandes que não podem ser explicados pelas equações de estado que descrevem a evolução destes planetas. Neste post em Agosto de 2010 já tinha abordado este problema e dei conta na altura de uma nova proposta, pelos astrofísicos Konstantin Batygin e David J. Stevenson, de um mecanismo para explicar a existência de todos estes planetas inchados. Designado de ohmic dissipation, este mecanismo mostrou-se muito prometedor e desde então tem sido o objecto de um estudo mais aprofundado. Num artigo disponibilizado no dia 19 de Janeiro e intitulado “Hot Jupiter Radius Anomalies Explained”, os autores, dois dos quais são os proponentes do mecanismo, alegam que as simulações que realizaram conseguem explicar com sucesso as observações disponíveis e concluem que o mecanismo proposto, conjugado com variações na composição das atmosferas dos exoplanetas, é suficiente para explicar a anomalia. Outros autores parecem partilhar deste optimismo. Vejam por exemplo este post no blog systemic pelo astrofísico Greg Laughlin em que ele explica o seu trabalho, realizado independentemente, e que corrobora as ideias de Batygin e Stevenson.
Fev 01
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