O que faz de nós aquilo que somos? O que faz de nós mas adaptados à variedade de meios que temos?
O ser humano é dos seres vivos com maior dispersão no planeta. Adaptámo-nos bem ao frio, ao calor e a zonas com elevada humidade. No entanto há alguns animais que são bastante inteligentes, como o polvo por exemplo. Mas porque é que nós temos tanta tecnologia e o polvo ou o chimpanzé, não? Poderíamos ter, a competir connosco, a artilharia polvense ou as naves dos primatas.
Três eventos podem mudar o rumo de uma espécie:
1-Perder o pêlo
2-Andar
3-Passagem da informação
Perder o pêlo implica sinalizar momentos, reacções, sentimentos sem o uso do pêlo. Passámos a sinalizar com expressões faciais. Assim o nosso cérebro cresceu para nos permitir desvendar as expressões.
Aprendemos a andar e a caír (já escrevi aqui sobre o tema). Andar permitiu-nos uma movimentação mais ágil e ver mais longe. O grande salto foi o libertar as mãos para outras tarefas. Conseguimos manter o equilíbrio e construir armas de caça ou utensílios de agricultura.
Se não houvessem ferramentas de eternizar a informação todos nós teríamos de inventar a roda, inventar uma lança e aprender a caçar. A fala, a pintura e, depois, a escrita são as ferramentas da passagem da informação de geração para geração. Por isso não é preciso inventar a roda para construir um automóvel, basta um chassi aerodinâmico. A isto pode-se chamar pormo-nos às cavalitas para ver mais longe. Estamos às cavalitas dos senhores das primeiras e últimas descobertas.
“A cultura humana, definida como qualquer comportamento aprendido, é a força dominante da selecção natural sobre os humanos modernos” (Lawrence M. Krauss).
2 comentários
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Gerson,
Há aqui uma confusão…
Ninguém disse que o “Homem veio do macaco”.
Têm é antepassados comuns… e isso é inegável. 😉
Considero interessante vossa reflexão mesmo que veja como consequente a resultante da perda de pelos, talvez por aspectos adaptativos sobre migrações a lugares com clima diferenciado pelo uso de roupas. Não creio que o homem veio do macaco.
[…] “Se não houvessem ferramentas de eternizar a informação todos nós teríamos de inventar a roda, inventar uma lança e aprender a caçar. A fala, a pintura e, depois, a escrita são as ferramentas da passagem da informação de geração para geração. Por isso não é preciso inventar a roda para construir um automóvel, basta um chassi aerodinâmico. A isto pode-se chamar pormo-nos às cavalitas para ver mais longe. Estamos às cavalitas dos senhores das primeiras e últimas descobertas.” (Aqui no AstroPT) […]