“Todos os Invernos o urso-preto deita-se durante cinco a sete meses para evitar a temporada fria e volta durante a Primavera, em forma e pronto para caçar. Os cientistas descobriram o que acontece durante a hibernação e acreditam que este método poderá vir a ser aproveitado na medicina e até em viagens interestelares.
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Ao longo dos meses, os ursos não comem, bebem, não urinam ou defecam. Entre duas vezes por dia até uma vez de dois em dois dias, os mamíferos levantam-se, rearranjam a cama e voltam a deitar-se, com a temperatura a subir em média até aos 33 graus.
Quando a temporada de hibernação termina, os ursos não retomam o metabolismo normal imediatamente, demoram até três semanas a ficarem totalmente acordados. Mas não têm perda nenhuma de massa muscular, tecido ósseo, estão perfeitamente em forma.
A equipa defende que esta “técnica” pode ser utilizada para a medicina humana.
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Sempre houve a ideia, de que se alguma vez existir viagens espaciais de longa distância, seria bom colocar as pessoas num estado de menor metabolismo ou de animação suspensa – isto é quase ficção científica, mas pode-se ver a lógica. (…)”
Leiam em português, o artigo no Público.
Leiam em inglês, aqui e aqui.
Este é um tema recorrente na ficção científica: fazer-se viagens espaciais, com a tripulação a hibernar a maior parte do tempo. Assim de repente, lembro-me dos filmes 2001 e Alien.
Daí que esta investigação é importante para se compreender melhor como se pode tornar isso realidade.
1 comentário
Os sapos e alguns peixes podem mesmo ser congelados sem qualquer efeito adverso, daí serem ainda mais interessantes de estudar. Mas por outro lado, o facto de os ursos serem mais parecidos connosco pode também ter as suas vantagens, em termos de replicação do processo.
Mesmo assim continuo a achar que era mais seguro enviar robôs inteligentes para outros planetas para construírem um “stargate”, em vez de arriscar uma longa e perigosa viagem no espaço 😛 (momento nerd). Acho que li sobre isso algures num livro do físico Michio Kaku…