Panspermia ganha força
No mês passado, um estudo da NASA mostrava que vários asteróides seriam capazes de trazer para a Terra os aminoácidos necessários para a vida.
Agora, a Academia Nacional das Ciências mostra que o amoníaco existente na Terra pode ter vindo de meteoritos.
Assim, ganha cada vez mais força a ideia que os constituintes básicos da vida, podem ter vindo do espaço em meteoritos.
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Carlos Oliveira
Carlos F. Oliveira é astrónomo e educador científico.
Licenciatura em Gestão de Empresas.
Licenciatura em Astronomia, Ficção Científica e Comunicação Científica.
Doutoramento em Educação Científica com especialização em Astrobiologia, na Universidade do Texas.
Foi Research Affiliate-Fellow em Astrobiology Education na Universidade do Texas em Austin, EUA.
Trabalhou no Maryland Science Center, EUA, e no Astronomy Outreach Project, UK.
Recebeu dois prémios da ESA (Agência Espacial Europeia).
Realizou várias entrevistas na comunicação social Portuguesa, Britânica e Americana, e fez inúmeras palestras e actividades nos três países citados.
Criou e leccionou durante vários anos um inovador curso de Astrobiologia na Universidade do Texas, que visou transmitir conhecimento multidisciplinar de astrobiologia e desenvolver o pensamento crítico dos alunos.
19 comentários
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youtube.com…
Lá está o porquê de não apreciar propriamente a panspermia: por eqto é muito especulativa. No entanto, não significa isso que descarte os factos: se chovem moléculas orgânicas ets na Terra, hoje, mais terão chovido ao longo dos anos, e em especial durante o periodo da evolução molecular. Parece quase impossível que essa chuva de “húmus” (lembrei-me de um video engraçado a propósito de húmus, ahahahah: http://www.youtube.com/watch?v=0P3S9xpSBnQ) interestelar não tenha tido nada a ver com a evolução molecular na Terra. Mas, daí a desencandeá-la…isso é especulação. Ainda para mais sabendo-se que a vida poderia ter surgido sem a intervenção dessa panspermia, pois a Terra primitiva continha já os ingredientes necessários… o próprio amónio, amónia e amoníaco já existiam… 😀
ai, ai, ai, esta mania de querer procurar vida ou indicios dela fora da Terra 😀
de qq maneira, a panspermia sempre me pareceu um passar da batata quente para outro. Como apareceu a vida? veio do espaço, e pronto. :p 😀 Sem desprimor para o facto de ser entusiasmante saber que anda húmus a passear-se por aí! 😀
Author
Já eu, gosto bastante da panspermia 🙂
Mas que, para já, é somente especulação científica … é 😛
Encontrei esta referencia no Ciencia Hoje: “Os resultados mostraram, para a surpresa dos investigadores, que este meteorito libertou uma grande quantidade de iões amónio (NH4), um importante precursor das moléculas biológicas complexas, tais como os aminoácidos ou o DNA”
Amónio. 😀
Aiiii, o mistério adensa-se… só arranjando o artigo original… 😛
Gosto especialmente da parte em que alegadamente os investigadores extrapolam os resultados para: “Pizzarello e a sua equipa lançaram no seu trabalho a ideia de que a chegada destes meteoritos podem ter acelerado ou desencadeado a evolução das moléculas que deram origem à vida.”
Acelerado, interferido, alterado, ok. Desencadeado é um cadinho especulativo, não? 🙂
(não gosto da panspermia, que querem… 🙂 )
Por cortesia de António Piedade, a quem inquiri qto aos termos amoniaco/amónia, chega a seguinte elucidação:
“Deve usar-se sempre amoníaco para o gás e amónia para a solução aquosa do gás, o que aliás é a definição de dicionário
http://www.priberam.pt/
amoníaco
s. m.
Gás incolor, de sabor muito cáustico, formado pela combinação do azoto e do hidrogénio.
amónia | s. f.
fem. sing. de amónio
amónia
s. f.
Solução de gás amoníaco na água.
amónio
s. m.
1. Radical NH4 que entra na composição dos sais amoniacais.
adj.
2. Relativo a Júpiter Ámon.
Esta distinção também existe em francês, mas não em inglês. De facto, diz a Wikipedia:
“Ammonium hydroxide, also known as ammonia water, ammonical liquor, ammonia liquor, aqua ammonia, aqueous ammonia, or simply ammonia, is a solution of ammonia in water”
Actualmente hidróxido de amónio não é aceitável em nenhuma língua por induzir no erro de que existe um sal de NH3+ e OH-, o que não é correcto.”
Portanto, afinal o que é continha o meteorito? amónia, amoníaco ou amónio? 😀 :D:D
Bolas já me estou a trocar toda 🙁
ammonium é o nome inglês para o ião amónio, NH4+ ; ammonia é q é a amónia/amoníaco.
Sorry.
Muitos dizem amónia, agora… 🙁 e nitrogénio também… eu sou da velha guarda e embirro que é amoníaco. NH3 é amoniaco 😛 Acontece que à T ambiente é um gás, e há a tendência para chamar amoníaco somente ao gás. Ambas as formas estão correctas, mas em Portugal só se começou a utilizar o “amónia” nos últimos tempos. O nome sistemático nem sequer é um e outro, é trihidruro de azoto/nitrogénio :D. No meio académico português utiliza-se mais amoníaco; na imprensa e meio escolar secundário, ganharam a mania do amónia… dado q o inglês é ammonium.
Preciosismos q têm a ver com a forma como fui “treinada”. 😛 Amoníaco até morrer!!! 😛
Author
Ana,
Sabes que o jornal português Público, também diz Amónia 😛
http://publico.pt/Ci%C3%AAncias/componente-de-meteoritos-importante-para-o-aparecimento-da-vida-na-terra_1482772
“A análise de um meteorito mostrou que estas rochas vindas do espaço forneceram quantidades apreciáveis de amónia à Terra, uma molécula fundamental para a formação das moléculas da vida como os aminoácidos ou o ADN.”
Luís, por acaso muitos são de origem grega.
sulphur e Latim como a maioria dos nomes dos elementos químicos.
ahahahah, aposto que com aquele meu antigo Profe não havia quem se atrevesse a piar… é que não havia mesmo, tinham-lhe todos um medo…!!
O meu curso teve coisas giras como um profe de quimica orgânica a fazer aulas onde se sintetizava LSD… ahahahah! até acabarem com a brincadeira e termos de passar a fazer aspirina… 😀
Author
O teu curso deve ter sido giro… para estarem sempre a falar de nádegas
😛 😛 😛
No meu curso na UK, numa cadeira de geologia, o prof passava-se sempre que dizíamos a palavra “stone”. Tínhamos que dizer o correcto: rock.
Acho que não é difícil de prever que desde a 1ª aula que ele nos disse essa regra, sempre dissemos “stone” depois… só para ele se “passar”
😛
Já eu engano-me frequentemente e estou constantemente crivada de dúvidas! 😀
lol, né preciso agradecer, q isto com as denominações em cada língua só pode dar trocas e baldrocas… tive um professor que era particularmente exigente no uso de denominações em português e correctas… tendo em conta q há termos q em inglês são muito mais práticos, estavamos sempre a levar puxões de orelhas. Ou, por exemplo, moléculas como o NADH, toda a gente tinha o hábito de dizer “nádeagá”; ele passava-se!! ou era “ene á dê agá” ou apanhávamos raspanete!…
há por cá um terrível preciosismo qto ao denominar as moléculas de acordo com a Língua Portuguesa. Ai de quem disser carbohidratos!!! 😀
ou termos como “ion motive ATPases”… traduzir para “ATPases ião-motrizes” é lindo, né?…
e ainda me lembro de uma vez q me obrigaram a apresentar um poster em inglês (logo eu, que falo pior q o PM… :D) e em vez de “calcium pump” (que em Portugal conhecemos como bomba de cálcio) me saiu um “calcium bomb” , ahahahah! ainda bem q o Bush não estava por perto…
😀
Author
É óbvio que sim 😛
Eu sou como o outro: nunca me engano e raramente tenho dúvidas. 😛
eheheheeheheheh
P.S.: obrigado 😉
ahahahahah 😉
devo ter tido alucinações, então. 😀 😉
Author
Eu não sei de que falas 😛
Olha para o texto… onde está escrito amónia?
ihihihihhiih 😛
Ah, em Portugal, tal como no Brasil, chama-se amóniO ao ião derivado do amoníaco: NH4 +
Carlos, lol, era mais simples em termos de uniformização de linguagem, mas assim, já agora, porque não passar a falar em inglês e esquecer o português 😀
Há outros casos semelhantes: sulphur, que em português é o enxofre… ou seria melhor súlfuro? 😀
Iron, ferro. Ou seria melhor Irone? 😀
Copper, cobre. Ou seria melhor copere e pronto? 😀
Bolas, vamos ter de renomear a tabela periódica toda… 😛 e as moléculas todas também… 😀 O ideal era mantermo-nos fiéis aos nomes originais… assim, o sódio deveria natrium e prontos, não se falava mais nisso 😀
Author
No resto concordo…
Quanto ao “P.S.” não sabia… não houve acordo ortográfico para isso?
😛
Em inglês, ammonia, devia ser amónia em português.
Assim como nitrogen… devia ser nitrogénio.
Era muito mais simples.
😛
da mesma forma que é possível essas moléculas orgânicas terem sido semeadas na Terra por meio de transporte por meteoritos, tb é possível (tal como diversas experiências já o demonstraram) que estas moléculas tenham sido criadas na própria Terra por meio de evolução molecular, uma vez que os elementos químicos necessários estavam disponíveis.
Como sempre, a resposta está algures no meio termo… 😀 um pouco de caldo primordial polvilhado com moléculas vindas do espaço et voilá! 😀
Ps – “a amónia” é um termo utilizado no Brasil para denominar a molécula NH3, que em Portugal conhecemos como amoníaco.