Em Memória da Floresta: Os 3 Culpados do Aquecimento

Atenção, este texto foi escrito dia 21 de Março de 2011*

Hoje, dia 21 de Março, celebra-se o dia mundial da floresta, um dos sistemas biológicos mais importantes do planeta. Desta vez celebra-se no segundo dia da Primavera pois o Equinócio da Primavera ocorreu no dia 20 de Março às 23h21m.

Nem sempre a floresta esteve onde estamos habituados a vê-la. É verdade, há 50 milhões de anos a Antártica era uma floresta tropical. Mais recentemente, há cerca de 500 mil anos, o deserto do Sahara era uma floresta devido à humidade libertada pelo degelo da era glaciar.

A Terra passa por ciclos de frio (eras glaciares) e calor (eras interglaciares). Essas passagens devem-se a várias variações do planeta na sua trajectória. No entanto nós podemos estar a subverter a sua tendência natural. A esta altura a tendência seria a de um arrefecimento de 3 a 4ºC.

Há cerca de 6 mil anos terminou a última era glaciar e deveríamos estar a entrar na próxima, contudo os nossos antepassados começaram a produzir gases de efeito estufa antes da era industrial. Há 8 mil anos teve o início o desmatamento, em 1086, foi cortada 90% da floresta de Inglaterra e há 2 e 3 mil anos foi a vez das florestas dos vales dos rios da Índia e China. As perdas de vegetação aumentam as concentrações de Dióxido de Carbono.

Há 11 mil anos teve início outra prática humana importante para o aquecimento: o cultivo de arroz. Nesta mesma altura o início do degelo do Ártico inundou grandes áreas verdes e a decomposição lançou Metano na atmosfera. No entanto, o maior aumento deu-se há 5 mil anos, com o aumento exacerbado de áreas de cultivo de arroz e decomposição de vegetação em águas paradas.

O fator crucial do aumento das temperaturas – com um aumento de quase 1ºC em 100 anos – foi a era industrial, que lançou grandes quantidades dos dois gases na atmosfera. Isto sem contar com vulcões que são grandes poluidores.

Assim, o Dióxido de Carbono e o Metano tiveram e têm um papel fundamental no nosso clima e nas nossas florestas.

Sabendo tudo isto, como devemos avaliar o bem-estar das futuras gerações? As alterações climáticas irão provocar danos. As doenças tropicais vão aumentar o seu alcance. A mudança nos padrões das chuvas levará à falta de alimentos e de água potável. Devemos tentar parar o mais depressa possível!

Cabe a todos nós preservar o ambiente e todo o ecossistema. O objectivo deverá ser abrandar o passo e incentivar uma economia baseada nas energias renováveis.

Agora uma boa notícia: O Buraco de Ozono sobre a Antártica é o menor dos últimos 5 anos.

5 comentários

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  1. Não, o outro não tinhamos 🙂

  2. aaaaaaaaaaaaah, mas alguma vez eu vos vou dar alguma novidade??? 😀 geeks, pá… 😀

    Bem, fica a re-lembrança, a opinião e…aposto que o do Igor K. não viram/postaram 😛

  3. O filme está aqui:
    http://www.astropt.org/2009/06/05/home-sweet-home/
    😀

  4. Mais sobre o documentário Home: http://www.homethemovie.org/

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Home_%28document%C3%A1rio%29

    (quanto ao totalmente gratuito não sei… 😛 eu adquiri-o por 5 euros na FNAC…)

    Já agora, um link para um céptico… eheheh (noto que ele fez parte de uma equipa vencedora de Nobel); somente para nos fazer pensar na questão – e quando até os cientistas se enganam?… estará enganado? será um Galileu moderno?… 😛 (eu já tenho a minha opinião, quero conhecer as vossas :D):

    http://www.youtube.com/watch?v=qe-5rJgojRA (parte 1)

    http://www.youtube.com/watch?v=p6BPt8JAaIg (parte 2)

  5. Com base no tema em questão, gostava de “aconselhar” (só vê quem quer, lol) o documentário Home – o mundo é a nossa casa. Dos melhores já feitos dentro desta temática, sem o sensacionalismo capitalista (:P; capitalista devido aos dividendos que Al Gore daí retirou… o mesmo Al Gore que confessou não reciclar… pode contudo ser um boato, mas estava numa entrevista que li há uns anos) da “verdade inconveniente” de Al Gore (e que está mais que visto).

    Feito por Yann Arthus-Bertrand, com o apoio de diversas marcas e distribuido gratuitamente na internet (pode ser encontrado no youtube com legendas em vários idiomas; o link para a primeira parte, em Português -http://www.youtube.com/watch?v=7jzoAlKUqXk ), e praticamente construído com magníficas paisagens aéreas. É narrado por Glenn Close e é explicado o impacto que os nosso modelos de urbanismo e mobilidade têm tido no planeta. Lindíssimo. Termina com a sensibilização para a necessidade de mudar os nosso padrões de desenvolvimento (apontam para um limite de dez anos) e sublinha as mudanças positivas que têm sido implementadas, entre elas o facto de se desarmar o exército e usar esse financiamento na educação…o Lesoto, um dos países mais pobres do mundo, é o que mais investe na educação da população.

    A mudança está aí. Estou optimista (ou tentando ser 🙂 ) porque tenho observado muitas mudanças de comportamentos, que passam pela busca de informação e modos de actuação das pessoas, e pela educação dos seus descendentes.

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