Conhecimento Científico vs Alusões Erradas e Crenças Metafísicas

Ao ler um conjunto imaginativo de comentários tentei responder de uma forma séria, científica e ponderada. Assim, surgiu um post.

O tema é a fraude óbvia da Terra Ôca. Alguém faz algumas alusões deliciosamente erradas. E eu teço comentários deliciosamente à altura.

Vou apresentar excertos do comentário intercalados com as minhas respostas.

“como não sou cientista exponho meus próprios pontos de vista utilizando uma linguagem simples começando por comparar a Terra como um corpo fisico que também é ‘oco’ como o nosso”

Por aqui se vê que não é cientista. Pois, porque qualquer cientista sabe que o corpo não é ôco. Atenção, não me refiro a pseudo-cientistas que tiraram licenciaturas em conventos.

 

“com uma energia vital que o sustenta e no caso é seu “Sol Central” que a ciência chama de núcleo julgando que vem daí o magma dos vulcões.”

Então qual é essa energia vital? Como a caracteriza? É composta de que elementos? Como se mede? De facto, aqui mostra o seu espírito ao afirmar que não é cientista, não percebe nada de ciência mas, mesmo assim, a ciência está errada.

 

“o magna da Terra não se forma no seu Centro ou “Sol Central” mas sim nas camadas internas sob a crosta.”

Entendo o esforço dessa comparação mas não a compreendo. No nosso corpo, vivo, temos células que formam o pus e a infeção. A infeção vem de um patogénico, de um corpo estranho. Agora quero que me diga quais os corpos estranhos, quais as “proteínas” que reconhecem os corpos estranhos, quais os mecanismos de reconhecimento, quais as células que “papam” os corpos estranhos, etc. Enfim, tal como o processo inflamatório é bem explicado pela Biologia, a tua deverá, também, ser bem explicada.

 

“extração desenfreada do petróleo nas últimas décadas (mais de 8 milhões de barris por dia) das entranhas da Terra onde ficam gigantescas ‘bolsas’ subterrâneas por baixo das placas continentais onde se dão grandes desmoronamentos”

Então referes na “tua tese” que as perfurações chegam, pelo menos, aos 35 km (isto na crosta marítima, porque na terrestre é o dobro)! Já que a crosta tem uma profundidade dessa magnitude então achas que o recorde mundial não está nos 7 km. O Guinness está a tapar-nos os olhos? Pensas, então, que há uma grande conspiração e há buracos muito maiores. Ou acreditas que há uma conspiração e a geologia está errada, querem-nos enganar e que o manto encontra-se muito mais perto de nós. Ou achas que há uma conspiração e a física está errada e que a gravidade não é como nos ensinaram. As experiências que fizemos na faculdade eram fraude? (Eu bem achei que aquele prego tinha um fio que o puxava para baixo…)

 

“terramotos, (…) estão a aumentar de frequência e intensidade devido (…) onde se dão grandes desmoronamentos de terras ou rochas com ondas sismicas.”

Aumentam? Então explica-me este gráfico:

Eu próprio “saquei” listas dos piores terramotos dos últimos 100 anos e coloquei-os numa tabela. Com ela fiz um gráfico. Reparamos que a média das magnitudes diminui. Coloquei uma reta de regressão linear e… tcharam(!) de facto diminui a intensidade média dos terramotos. Isto é, como direi, CIÊNCIA!

E, já agora, como se explica a ausência de terramotos na década de 50? E se, são por motivo da exploração petrolífera porque há intervalos de 2 anos sem grandes terramotos atualmente e porque havia grandes terramotos há mais de 100 anos? Eram os ETs a explorar o nosso petróleo?

 

“Por fim, a questão da gravidade e pressão é mantida de igual modo de dentro para fora como de fora para dentro tal como sucede no nosso corpo onde se mantêm estáveis liquidos, fluidos, órgãos de várias densidades, etc. A diferença é que tudo isso se passa num nível macrocósmico. Certo?”

Errado, erradíssimo. Não compares com corpo biológico que é atraído para o centro gravítico da Terra com a própria Terra. O centro gravítico da Terra é o seu centro geológico e, como tal, tudo, mas mesmo tudo é atraído para lá, mesmo o nosso corpo. Sabes como se calculou a gravidade que usas na tua explicação?

 

“O que está em cima é como o que está embaixo. E o que está embaixo é como o que está em cima”

Começo a ter medo que haja pombos debaixo dos meus pés…

 

Resumindo, foi apenas demagogia e sem qualquer referência a artigos científicos. Sem cálculos e sem explicações científicas. Foram apenas crenças camufladas com comparações falaciosas. Imagina só eu dizer que o banco onde estou dá para colocar no meu carro, em vez da roda. Assim, nunca furo os pneus e poupo dinheiro. “Mas não funciona porque não tem a mesma forma!” Isso não interessa nada. É quadrado, têm área, tal como a roda tem área. Então dá para andar, porque também há tratores com rodas muito esquisitas… lagartas e andam bem. Estás a entender esta comparação? Certo?

Houve até uma ideia de um grande cientista que tirou a licenciatura não certificada num apartamento em New York que disse que podíamos ter rodas quadradas e andar bem. Isto porque as estradas têm buracos. Assim, o vértice do quadrado caía para o buraco a impulsionava o carro para a frente. Ou seja, como se o chão fosse composto por semi-círculos convexos. Assim:


No entanto, mesmo aqui há ciência. Não há apenas ilusões.

Já agora, a imagem inicial explica as rochas encontradas nas respetivas zonas vulcânicas e está de acordo com os conhecimentos referentes às placas tectónicas. Bem, suplantar conhecimento deste género com apenas um “a minha tese é que o magma é pûs e está a 2kms dos nossos pés” e que “vivem homenzinhos roxos do outro lado” epah…

26 comentários

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    • Ceptico mas nao Asseptico on 23/04/2011 at 19:23
    • Responder

    Caro Carlos Oliveira:

    Desde logo não são preciso “seres invisíveis” para perceber que os actuais modelos acerca da constituição do interior da Terra sofrem de vários problemas científicos (mensuráveis, discutíveis, experimentáveis, etc.). Isso é que é interessante discutir. No mais estamos de acordo. Entre a Terra ser oca como uma bola de futebol cheia de seres verdinhos e ovnis (tipo sr. Palmela) ou a possibilidade de ter uma crosta com uma espessura muito superior à actualmente estimada e assim poder conter vastas cavernas habitáveis vai uma distância muito grande. Ambos são modelos discutíveis à luz e pelo processo científico. O primeiro refuta-se sem recurso a grandes conhecimentos. O segundo é mais complexo. É necessário admitir que tanto o manto como o magma são suposições científicas suportadas por um modelo explicativo o qual – como todos os modelos científicos – não é nem único, nem claramente indiscutível ou “sagrado” (era só o que faltava, haver Deuses e Dogmas em ciência…). A própria dimensão de manto e magma (e por consequência da crosta) é feita com base em estimativas que uma boa parte da comunidade científica aceita como aproximadas, não deixando no entanto de ser estimativas.

    Curiosamente os cálculos acerca da constituição do interior da Terra baseiam-se em equações que partem do magnetismo (o efeito) para estudar a composição interna (a causa), necessitando por isso – devido ao modelo de Essasser – da hipótese da existência de um magma líquido condutor de electricidade em relação convexa com um eixo central de densidade superior (um núcleo). Não se trata de observação ou experimentação. Trata-se de adaptar os conhecimentos que se têm sobre magnetismo para criar um modelo explicativo, o qual é forçosamente submetido à pré-suposição. Nesse modelo há um núcleo e um magma que geram magnetismo pela sua interacção. A dimensão de ambos é dada pela correlação entre as variáveis da equação entre as quais estão a DENSIDADE da cada uma das camadas necessárias a que o modelo possa ser usado e a VELOCIDADE de rotação RELATIVA de uma em face da outra, como num dínamo. Para resolver este problema Essasser fixou um ponto (neste caso, ARBITRARIAMENTE fixou a densidade). Assim logrou, para uma densidade D, uma constituição em 3 camadas: crosta, manto e núcleo. Este modelo foi mais tarde revisto e ampliado, uma vez que não explica variações complexas que ocorrem nos fenómenos telúricos. Hoje há 2 escolas distintas, cada uma com o seu modelo derivado do de Essasser: a escola mais conhecida, admitindo a liquidez da secção intermédia do interior da Terra, iniciou estudos estatísticos baseados na propagação das ondas de choque dos tremores de terra. Este modelo é muito eficiente, porque conhecemos bem as leis físicas relativas à propagação de ondas através de meios líquidos. Contudo, aqui levantou-se de imediato o problema da densidade, que tinha sido assumido e não lido na natureza. Este problema foi resolvido do seguinte modo: fixou-se (ou seja, determinou-se que aquela seria a medida a usar de modo arbitrário) a dimensão da secção da esfera terrestre que é líquida (de acordo com o modelo de Essasser), calculando a densidade a partir de medições da propagação da onda sísmica em diferentes locais da superfície. O resultado é muito interessante e demonstra que não há uma densidade contínua no manto. O actual modelo advoga 5 regiões em vez das 3 iniciais. Havendo ainda alguns desajustes, os modelos actuais respondem às necessidades actuais. Não avançam mais porque não há necessidade de avançar. Não avançam ainda porque não há acesso ao interior da Terra de modo a podermos deixar de assumir uma das variáveis de modo arbitrário. Ou seja, qualquer dos modelos terá forçosamente de fixar um ponto para resolver a equação. E esse ponto, de momento, é a dimensão do manto. Já foi a densidade. Variando um e outro, o modelo dá-nos dimensões diferentes para a crosta, manto e núcleo. E isso é relevante para a discussão.

    Ora a questão da Terra Oca (e não da Terra Louca, como a do sr. Palmela, onde entram repentinamente seres de hollywood ao lado de santos e deuses da antiguidade) parte de saber se é possível ao nível da crosta ou da litosfera a existência de cavernas de tal modo grandes que pudessem albergar cidades auto-suficientes. A teoria da Terra Oca o que advoga é a existência de um conjunto de aglomerados habitacionais (deste planeta, desta dimensão, palpável e real como nós), em determinados pontos do planeta, onde – tal como os monges do Tibete se refugiavam nos picos mais altos para evitarem contactos com indesejáveis – possam residir pessoas como todos nós, recolhidas do mundo exterior por opção própria. A história tem demonstrado não apenas que isto é possível (vejam-se os complexos da Capadócia na Turquia, ou as gigantescas grutas de Lombrives nos Pirinéus, sendo que nestas últimas, a época de concertos reúne 1.200 espectadores mais orquestra na chamada “catedral”, o lugar mais amplo do complexo de dezenas de quilómetros de galerias subterrâneas), mas que esta “fuga ao mundo exterior” ocorreu em muitos momentos do passado e em muitas civilizações diferentes. Do ponto de vista científico, nada exclui essa possibilidade. Mais: os modelos actuais, como já disse, baseados na fixação arbitrária de determinadas constantes, permitem uma margem de erro pequena, a qual tem vindo a ser melhor compreendida, mas que ainda assim permite a hipótese mensurável e científica de a litosfera não ter de 70km a 150km de espessura (dependendo da escola de pensamento), mas marginalmente 2% a 4% mais, relativamente ao raio (ou seja, aproximadamente 500km de espessura ou mais), já que um acerto idêntico na densidade (cerca de 5kg/m3, uma ninharia absoluta e insignificante no modelo actual) assim o permitiria. Recordo que, num cenário em que a crosta possa ter 500km de espessura a hipótese de haver cavernas que possam conter vastas áreas e mesmo elevações e canions no seu interior é perfeitamente viável. Uma montanha como os Himalais com menos de 9km de altura é uma anã relativamente a concavidades seguramente mais amplas que a seu tempo foram abertas quer pela cristalização das camadas rochosas, quer pela erosão da água no subsolo. Isto é que é a Terra Oca. Não as fantasias do sr. Palmela.

    A questão, então, não é advogar que existam civilizações subterrâneas. É, antes de mais, saber se existem as condições geológicas para que os espaços que as poderiam abrigar (a existirem) tenham viabilidade. Em minha opinião, este é um assunto que a ciência não pode fechar com um definitivo “não”. O nosso conhecimento sobre o interior da Terra é efectivamente muito limitado e carece de melhorias. Já saber se tais aglomerados existem ou existiram no passado, faz parte do domínio de outras ciências, como a arqueologia, a história, a etnografia e até a própria psicologia. Não são assuntos que tenham cabimento aqui, no meu entender. Ficam por abordar questões como a auto-suficiência, nomeadamente ao nível energético, bem como outros assuntos. Contudo estes não são óbices pois a realidade mostra que houve quem tivesse escolhido viver assim há bem pouco tempo (mais uma vez Lombrives nos Prinéus foi usada por uma população estimada de mais de 600 judeus refugiados à perseguição Nazi durante mais de 2 anos contínuamente).

    Deixemos os pesadelos do sr. Palmela com o fim do mundo e discutamos ciência.

  1. Newton é considerado por alguns, o maior génio científico de sempre.
    O RPalmela está muito longe disso… provavelmente nas antípodas disso.
    Daí que compará-los, acho demasiado desproporcional…

    Mas considerando o exemplo….
    Pode-se discutir a Lei da Gravitação Universal. É um postulado científico, baseado em regras científicas, colocado em cima do conhecimento de “gigantes”. É algo que é fácil testar e discutir de forma racional.
    Já o facto de ele dizer que o fim-do-mundo será em 2060 é baseado puramente em crenças pseudo-religiosas. Nada tem de cientifico, nada tem de conhecimento, nada tem de discutível. Baseia-se somente na certeza religiosa dele baseado em interpretações no mínimo duvidosas. É uma crença.

    Todos nós temos as nossas crenças. E isso nada tem de científico ou discutível. É irracional.

    A ideia do RPalmela é um exemplo típico disto. Tal como o é o Criacionismo.
    Rejeitam a ciência, o conhecimento científico, porque têm a crença pseudo-religiosa de que devem seguir o que interpretam que lhes supostamente foi dito por um ser invisível no céu.

    “mas não conseguem refutar o conceito.”
    <--- esta frase denota que não entende a natureza da ciência, que é intrinsecamente probabilistica. Que eu saiba, um invisível deus Thor que não conseguimos detetar, poder provocar os trovões não é um conceito 100% rejeitado. As pessoas têm é a liberdade de seguir mitos, crenças pseudo-religiosas sem qualquer evidência, ou seguirem a evidência científica que explica os trovões. Uma coisa é conhecimento; outra coisa são crenças pessoais. Uma coisa são evidências científicas; outra coisa são interpretações pessoais baseadas em suposta informação dada por seres invisíveis no céu. Quando a pessoa vem para sítios de ciência, querer espalhar o seu Evangelho, as suas crenças pessoais baseadas em ideias anti-conhecimento, aí obviamente entra por caminhos que não deve. Quando a pessoa diz que rejeita o conhecimento científico enquanto o utiliza diariamente, aí está a dizer X e a fazer o contrário de X, ou seja, está a ser hipócrita. O astroPT não é um sítio de ajuda psicológica. Não estamos habilitados para explicar porque as pessoas preferem ser nitidamente hipócritas, porque preferem escrever e disseminar puras mentiras, porque escolhem a ignorância em detrimento do conhecimento, ou porque crêem cegamente em ideias contrárias ao conhecimento. Daí que demos o conhecimento ao RPalmela, e mais não podemos fazer. O facto de ele seguir cegamente as suas crenças religiosas é uma escolha a que ele tem direito. Nós só podemos dar o conhecimento científico. Não podemos "obrigar" ninguém a não seguir mentiras. abraços

    • Ceptico mas nao Asseptico on 23/04/2011 at 02:36
    • Responder

    Caros amigos:

    Que pena termos de assistir a este discussão estúpida com o leitor RPalmela… O tema é por demais interessante para se ficar pela rama deste modo. De modo algum RPalmela me convenceu da sua “tese” (admitindo este termo para o vago conjunto de superstições de que fala), contudo falta à vossa refutação o mérito científico e a honestidade intelectual para arredar o assunto para a gaveta das conspirações idiotas. Quando desqualificam uma afirmação do RPalmela por ele ser religiosos, crente ou ter fé em algo impalpável, estão a refutar a pessoa com um travo de preconceito sem abordar a ideia. Não vejo como Newton pode estar errado na sua formulação da Lei da Gravitação Universal apenas porque era um empedernido cristão do Trinity College, estudava Alquimia e até tem algumas dissertações bem compostas nas quais aventura a opinião de que o Apocalipse não se dará antes de 2060 baseado no estudo de um livro do Antigo Testamento. E se refiro Newton é apenas por ser tão marcante na história da ciência, Mas podia escolher tantos outros…

    Mas a questão não é Newton. A questão é a Terra Oca. Atacam o modelo apresentado (e bem), atacam a flagrante falta de conhecimento cientifico do sr. Palmela (e bem), atacam as noções não substanciadas sobre os polos, magnetismo terrestre, buracos e fotos do Google Earth (e muito bem), atacam as fontes citadas (e na maior parte dos casos, muito bem), mas não conseguem refutar o conceito. O modelo que ridicularizaram não é o único nem é o que reflecte a maior parte dos argumentos que levariam qualquer cientista a investigar de modo sério. A discussão nem sequer começou e foi logo fechada com recurso à evidência de que quem a levantou é parvo. Nem parece vosso.

    Só faço este comentário porque nada me deixa mais irritado do que ver uma ideia que mantenho em aberto, defendida por ineptos irresponsáveis e solitários à procura de um grupinho de gente que lhe bata palmas.

    Por aqui fico.

    • Ana Guerreiro Pereira on 03/04/2011 at 18:47
    • Responder

    Carlos, ahahaha, eu tb percebo bem o teu ponto de vista 😀 E o dia só tem 24 horas mesmo. Habituei-me foi a tentar salvar toda a gente, fora os dias em que o meu saco está cheio e a tolerância a parvoíces é mínima… 😀 Tb tem um bocado a ver com os públicos com quem trabalho, e com os quais me envolvo pessoalmente e tento nunca ser mais do que simplesmente assertiva. Exceptuando alguns casos extremos, lógico.

  2. Ana,

    Eu percebo o que tu queres dizer.

    Mas por outro lado, o dia só tem 24 horas.

    Há ideias disparatadas para todos gostos.
    E os parvos podem inventar milhões de outras ideias mentirosas. Até podem inventar que o Pai Natal e o Coelhinho da Páscoa são reais.

    Se a pessoa X passar o tempo a analisar detalhadamente todos os disparates, esse tempo perde-se: não é ganho para fazer avançar o conhecimento. Esse tempo é passado só a dizer o que já se sabe, o que é conhecimento comum, mas que pessoas anti-conhecimento rejeitam.

    Ora, eu prefiro gastar o meu tempo com conversas inteligentes, do que com idiotas que só querem disseminar mentiras.

    É que o problema destas pessoas não está só nas parvoíces que dizem: eles fazem tudo para estagnar o progresso da Humanidade!

    Como diz o Stan, de South Park, sobre esses pseudo:
    http://www.astropt.org/2008/07/27/o-maior-parvalhao-no-universo/
    “Stan: Because the big questions in life are tough: Why are we here? Where are we from? Where are we going? But if people believe in asshole douchey liars like you, we’re never gonna find the real answer to those questions. You aren’t just lying, you’re slowing down the progress of all mankind, you douche!”

    • Ana Guerreiro Pereira on 03/04/2011 at 18:36
    • Responder

    As pessoas são orgulhosas e não gostam que lhes seja dito que estão erradas ou enganadas. E muito menos gostam que lhes chamem ignorantes (se bem que todos nós, em diversas áreas, o sejamos, pois é impossível saber tudo… “trocava tudo o que sei por 1/3 daquilo q não sei”, já dizia alguém cujo nome se me varreu e não apontei, desculpem). Se alguns, contudo, têm humildade e inteligência para aceitar que erraram, outros, não o conseguem fazer, muitas vezes devido a tremendos complexos de inferioridade; daí que preferiram enganar-se dizendo que não acreditam em nada disso, que isso não faz sentido e que os cientistas são todos uns ignorantes. É uma forma de protecção, no fundo.

    Por outro lado, veja-se quando as pessoas dedicaram praticamente toda a sua vida a perseguir tretas. Vão admitir que passaram a vida a caçar gambozinos?… provavelmente não. Veja-se o caso daquele senhor que investiu todos os seus recursos e toda a sua vida em provar que a cara de Marte era uma cara feita por uma civilização ET…

    É mto mais fácil ser-se teimoso e fechar os olhos a factos comprovados do que admitir que se enganou ou errou e que toda a sua filosofia de vida gira em torno de um conto de fadas.

    • Ana Guerreiro Pereira on 03/04/2011 at 18:24
    • Responder

    Por outro lado, ao se referir que Galileu não teve as suas ideias aceites, esquece-se do fundamental: não foram aceites por uma sociedade impregnada de dogmas religiosos. Quem se riu dele foram fundamentalistas. E o meio científico da época, bem como a troca de informação, não era igual ao meio actual, em que o crivo científico é mto apertado e levado a cabo por uma comunidade de milhões de pessoas, e não só de meia dúzia, como muitos acreditam.

    A falta de conhecimento acerca do funcionamento do método científico e do meio científico fazem o resto. E isto não é um argumento, é um facto.

    Carlos, pessoalmente não apago comentários nenhuns 😀 que se comente o que se quiser. E se mostre aquilo que é pelas palavras que se usa.

  3. Quando se é adepto da ideia de que tudo o que é preciso para ter conhecimento é intuição, deixa de existir qualquer linha de limite entre factos e crenças pessoais. E não esquecer que há pessoas que têm a ideia de que é isso que os cientistas fazem – que eles se sentam na sua secretaria a inventar a teoria mais esquisita e rebuscada que se consigam lembrar – não entendem o que é o método científico e a sua importância. Eles já decidiram na mente deles o que é a verdade e depois vão à procura de “provas” que suportem essa verdade, ignorando por completo todas as evidências contrárias ou então aplicando um “cepticismo” selectivo.

    E depois ainda há o “argumento de Galileu” do qual esse senhor parece gostar bastante, a isso deixo o Carl Sagan responder: «the fact that some geniuses were laughed at does not imply that all who are laughed at are geniuses. They laughed at Columbus, they laughed at Fulton, they laughed at the Wright brothers. But they also laughed at Bozo the Clown». Não chega ter uma ideia revolucionária, é necessário demonstrar que se está certo…

  4. O Rui Palmela continuou a enviar comentários, a fazer-se passar por vítima, mas eu não estou para perder mais tempo com as fantasias dele.

    Nos comentários que ele enviou, ele escreveu dissertações completas que se sumarizam em 3 pontos:

    1 – Diz ele que tem falado do conhecimento que tem dos assuntos.
    Basta ver TODOS os comentários dele para perceber que isso é mentira.
    Ele está sempre a falar das crenças dele, do que ele acredita, do que ele pensa ser verdade. Quando o Dário lhe deu conhecimentos dos assuntos, ele preferiu ignorar o conhecimento continuando a dizer que as crenças dele é que estão certas.
    Como se vê, ele não está interessado no conhecimento.

    2 – Diz ele que não tem religião.
    Está sempre a falar de Jesus Cristo, e de como a Biblia estava certa nos alarmismos, mas claro, não é religioso.
    Basta ir ao site dele para perceber que ele segue as seitas religiosas New Age, em que simplesmente trocam “Deus” e “profetas”, por um extraterrestre com as mesmas características de Deus, e “testemunhas” com as mesmas características dos profetas, que também tomaram LSD antes das suas “visões telepáticas”.
    O nome que se dá é indiferente. O que conta são as características das coisas. E o Rui Palmela apresenta os mesmos sintomas e crenças dos crentes religiosos, já que tem crenças em coisas que mais não são do que religiões (é a religião dos extraterrestres).

    3 – Diz ele que enviou comentários importantes sobre OVNIs de como os países tinham segredos que agora estavam a ser desvendados e publicamente revelados.
    Ora, isto é pura mentira. Tudo o que ele diz são fantasias que ele lê em sites pseudo, e traz para aqui como se fossem verdade.
    Basta ver aqui os nossos posts sobre esse assunto, para perceber que todos os arquivos que já foram abertos por diferentes países têm uma só conclusão: NADA era extraterrestre. Há muitos casos totalmente parvos (como verem o concerto das luzes da Tina Turner e pensarem que eram naves extraterrestres), mas não há nenhum que se possa dizer que é extraterrestre. Basta lerem os milhares de casos um a um, e percebem o que quero dizer.
    Como também é dito aqui em vários posts no blog, o caso que suscita mais dúvidas a nível mundial, é o de Alfena, perto do Porto, Portugal. E mesmo assim, só se pode dizer que não se sabe o que é. É um verdadeiro OVNI – não identificado. Nem esse se pode afirmar que era uma nave extraterrestre.

  5. “à luz da Ciência convencional que a seu tempo terá de mudar e corrigir muitas suposições”

    Pois, lá está, a ciência, com os seus argumentos que não consegues ripostar e com fortíssimas evidências experimentais, está toda errada. Se assim fosse porque funciona o GPS, a torradeira, a TV, o rádio, o microondas, etc.? Se a tua “ciência” é dizer mal da verdadeira e afimar que existem unicórnios e duendes verdes estás no bom caminho.

    “o homem do século XXI ainda não conhece verdadeiramente o interior de seu Planeta (…) que a mentira generalizada caia e triunfe”

    Aí está o ódio latente. Uma certa frustração virada para o mundo todo. Não me sabes calcular a aceleração da gravidade da Terra, não me sabes calcular a média dos terramotos mais intensos dos últomos 100 anos; não me sabes calcular a recta de regressão linear e muito menos sabes retirar conclusões.

    Se “duendes” e “uinicórnios” existem só tens de os mostrar. MOSTRAR. Senão, terei toda a legitimidade de dizer que, para mim, estás errado e existem unicórnios e duendes. Irei usar os teus fraquíssimos e falaciosos argumentos.

  6. pelo menos numa coisa acertou… o magma normalmente não vem do núcleo salvo algumas excepcções

    • Ana Guerreiro Pereira on 31/03/2011 at 14:59
    • Responder

    Dário, Carlos, que feios… duelos intelectuais com inocentes desarmados? Seus mauzões. :PPP

    (desculpem, hoje estou completa e totalmente sem pachorra para burrices ignorantes e contudo arrogantes)

    Caro Rpalmela: tire um cursozito de ciências básicas, verá que só lhe fará bem.

  7. Como vês Dário, podes dar as explicações que deres, que estes fanáticos religiosos vão sempre dizer que essas são as explicações atuais da ciência convencional e que no futuro serão corrigidas porque eles é que têm razão nas suas crenças.

    Estes fanáticos religiosos têm um dogmatismo que ignora qualquer tipo de racionalidade.
    Só estão interessados em divulgar disparates.

    Como eu já disse no outro post, estes hipócritas que cospem naquilo que a ciência lhes dá diariamente, deveriam fazer a experiência do Dawkins: atirarem-se do topo de um edifício de 20 andares. Afinal, pela lógica deles, a “ciência convencional” que explica a Gravidade deverá ser corrigida no futuro provando a “mentira generalizada” da existência da Gravidade.

    Enfim…

  8. O comentário acima foi editado, retirando-lhe a parte insultuosa.

    Mais uma vez se prova que o Rui Palmela não tem conhecimento dos assuntos, ignora a natureza da ciência (que é uma procura constante de conhecimento), prefere enveredar por conspirações pseudos e hipócritas sobre “mentiras generalizadas”, e prefere seguir as imbecilidades New Age.

  9. Muito bem, caro Codinha, obrigado pelo esforço e sua explicação à luz da Ciência convencional que a seu tempo terá de mudar e corrigir muitas suposições como tem acontecido pelo tampo até ao século actual.

    Destarte, não se esqueça que o homem do século XXI ainda não conhece verdadeiramente o interior de seu Planeta e os que vislumbram algo mais do que o ensino oficial só o puderam fazer escrevendo livros de ‘ficção’ (assim são considerados) até ao momento em que a mentira generalizada caia e triunfe a verdade omitida que fará parte do ensimo futuro da nova Sociedade que surgirá após a queda eminente desta famigerada forma de Civilização que já causou mais dano ao Planeta nas últimas décadas do que em milhares de anos de evolução.

    Para si os meus cumprimentos,

    Rui Palmela

  10. thetriangle.orgthetriangle.org…

    Claro que fui 😛
    Só comento após saber sobre o que são as coisas 🙂

    O site dele é pseudo-religioso cheio de mentiras/imbecilidades.

    Eu fartei-me de rir no post sobre várias raças de extraterrestres que supostamente nos vão visitar/invadir em 2012. Enfim…
    São histórias totalmente parvas, divulgadas por imbecis que não percebem, por exemplo, que estes mentirosos diziam o mesmo em 1997, depois em 2000, e em dezenas de outros casos no século passado.

    Vê lá que até continuam a falar dos Pleidianos, como se fossem habitantes de um planeta Pleiades. Ignoram que as Pleiades são um conjunto de estrelas. Na verdade são mais de 3000 estrelas separadas por vezes por 43 anos-luz. Ou seja, MUITO DISTANTES umas das outras.

    Mas que se há-de fazer com um fanático religioso que diz lá no site dele que segue os ensinamentos de um suposto extraterrestre que um (já provado) mentiroso imaginou que o contatou por telepatia (!) em 1952??
    http://en.wikipedia.org/wiki/Ashtar_%28extraterrestrial_being%29
    http://science.howstuffworks.com/space/aliens-ufos/ashtar.htm
    Para não variar, é um Ariano… porque em 1952, os “puro-sangue” Hitlerianos ainda andavam na imaginação de muita gente.
    Na altura, o “profeta” dizia que “Deus” (Ashtar) lhe comunicou que o mundo ia acabar devido à bomba atómica. Ou seja, o alarmismo do costume. Desde 1952, os seus seguidores têm mudado as datas (porque nunca têm acontecido as suas “profecias”), têm arranjado outros medos infundados, e continuam a divulgar alarmismos imbecis para quem é acéfalo.
    http://media.www.thetriangle.org/media/storage/paper689/news/2004/10/01/SciTech/Gullible.Taken.In.By.Contactee.Hoaxes-738599.shtml
    O problema dos sites destes fanáticos religiosos que decidem ignorar o conhecimento preferindo divulgar puras mentiras, é que ainda há pessoas sem cérebro que acreditam nestas imbecilidades.

    Mas sim, tens razão: já não tenho paciência para tanta estupidez junta nos sites pseudo-religiosos. 😛

    • Ana Guerreiro Pereira on 31/03/2011 at 13:46
    • Responder

    Desculpem, mas vocês foram ao blogue da pessoa em questão?… aterragem de naves em 2012, planeta x, terra oca…

    AHAHAHAHAHAAHAHAHAHAHAHHAHAHAAHAHAHAHHAHAAH!!!!!

    (pronto, pronto, vou ali para o canto abrir os olhos e acordar…)

    Bolas, como é que ainda têm paciência?…

  11. Bem, no outro post, já comentei as imbecilidades que este Rui Palmela diz:
    http://www.astropt.org/2011/02/20/contra-capa-terra-oca-o-que-ha-debaixo-de-nos/comment-page-1/#comment-22548

  12. Olá Dário,

    estamos aqui para isso.
    Espero que façam o mesmo quando virem gralhas nos meus posts.

    Abraço 😉

    Luís

    • Ana Guerreiro Pereira on 31/03/2011 at 12:34
    • Responder

    😀 qd faço chamadas de atenção para alguns erros costumo ser recebida como “o acordo ortográfico não está em questão” e chamam-me descentralizadora da questão 😀

    Carlos, o Firefox tem corrector ortográfico 😀

  13. De facto, tem corrector. Reparei agora ;/

  14. Olá Luis,

    Tens razão :P. Cheguei aqui e vi 5 erros 🙂
    Já os corrigi 😉

    Dário, o editor do blog tem um corretor ortográfico. Até nesta zona de comentários tem.
    Ou então é o meu Mozilla que tem o tal corretor ortográfico.
    😛

    Eu até uso o blog quando preciso de escrever coisas no Word. Porque o meu Word não tem corretor ortográfico em português.
    😉

  15. Luís,

    Muito obrigado. Infelizmente o meu Word não tem corrector ortográfico. E a pressa faz o resto.

    Acho que corigi todos.

    😉

    • Ana Guerreiro Pereira on 31/03/2011 at 11:45
    • Responder

    Quando surgir a teoria da unificação, não vais ter mãos a medir, Dário… 😀 :p

  16. Olá Dário,

    sem querer tirar mérito ao seu post, pedia-lhe que revisse o texto. Tem várias gralhas.

    Abraço,

    Luís

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