Mini Buracos Negros

Black Hole

Simulated view of a black hole in front of the Large Magellanic Cloud. The ratio between the black hole Schwarzschild radius and the observer distance to it is 1:9. Of note is the gravitational lensing effect known as an Einstein ring, which produces a set of two fairly bright and large but highly distorted images of the Cloud as compared to its actual angular size.

No artigo publicado no arXiv.org, Aaron P. VanDevender da Halcyon Molecular na cidade de Redwood, California, e J. Pace VanDevender da Sandia National Laboratories em Albuquerque, Novo México, querem encontrar uma maneira de detetar mini  (MBN) que se pensa existir na natureza. Os seus cálculos sugerem que os mini buracos negros podem passar pela  diariamente, e constituem uma ameaça muito mínima para o planeta.

Os cientistas sugerem que estes MBN têm um comportamento e tamanho diferente dos Buracos Negros. Enquanto que um Buraco Negro surge do colapso de uma estrela de grandes dimensões e com uma massa mínima de 1023 kg, os MBN pensa-se que foram formados durante o Big Bang e poderão ter uma massa 10-23 kg. O comportamento de ambos com a matéria também é diferente: o buraco negro absorve toda a matéria que esteja dentro do horizonte do evento, puxando-a gravitacionalmente; em vez de absorver a matéria, estes MBN ligam-se gravitacionalmente à matéria, de modo que essa matéria gire em torno do buraco negro a uma certa distância. Ou seja, os átomos de matéria orbitam um MBN, devido à gravidade, como os electrões orbitam em torno de um núcleo devido a forças eletrostáticas – ambos sem cair para o núcleo – os físicos chamam este sistema teórico o equivalente gravitacional de um átomo (GEA).

Para os profetas das desgraças, aqui fica mais um dado: Os cálculos dos cientistas demonstraram que, para um buraco negro de 1 kg, levaria 1033 anos a engolir a Terra. Para comparar, o Universo tem cerca de 13.7 x 109 anos. E para MBN que possam ser criados no LHC, o tempo que demoraria a absorver a Terra seria muito superior.

O resto da notícia, para quem quizer saber mais, pode ser lida aqui.

Paper: A. P. VanDevender and J. Pace VanDevender. “Structure and Mass Absorption of Hypothetical Terrestrial Black Holes.” arXiv:1105.0265v1 [gr-qc]

6 comentários

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  1. Se a Terra aumentar a sua massa então podemos pensar que a Terra é uma potencial pedófila a papar mini buracos negros!

  2. note-se que os buracos negros, sejam quais forem, não “absorvem” a matéria… mas ela circula ao redor do Buraco negro durante muito tempo.
    A ideia de “sugar” vem da ficção científica, com por exemplo as naves a serem “sugadas” para os buracos negros de modo a viajarem para outro lado… mas na verdade isso não se passa 😉

    sim, poderia ser visível… se houver matéria suficiente a rodar e tivermos tecnologia sensível o suficiente para percebermos isso.
    A ideia que tenho é que não temos essa tecnologia tão avançada ainda…

    abraço

      • Marina Frajuca on 13/05/2011 at 17:26
      • Responder

      Desculpe a insistencia, mas sou curiosa por natureza.
      Agradeço a correcção, pois sou uma leiga no assunto, e é a unica forma de evitar erros.
      Mas não mencionei “sugar”, apenas mencionei o termo referido no artigo. Qual o termo correção para o efeito? Julgo que um buraco negro exerce uma forte atração devido a contração gravitica, e que a luz não consegue “escapar” a essa atração. Se a a luz não escapa, e nada é mais rapido que a luz, então nada escapa, certo? Se o buraco negro so exerce essa atração, e não “absorve” a materia, então o que o distingue dos MBN?
      Quanto a hipotese de se “viajar para outro lado”, não é pretensão dos worm hole?

      Obrigado pela atenção

      1. eu mencionei “sugar” porque normalmente pensa-se isso… que eles estão a puxar as coisas directamente para eles… 😉

        Um Buraco Negro é somente um objeto com massa.
        Quanto mais massa, maior a atração gravitacional.

        O Buraco Negro tem as coisas a rodar à volta dele, como o Sol tem os planetas e cometas, a Terra tem a Lua e satélites, etc…

        E qualquer objeto em órbita, vai aos poucos caindo para o centro de gravidade.
        O mesmo acontece nos Buracos Negros.

        É verdade que alguns objetos vão diretos a ele… como alguns cometas vão diretos ao Sol… mas a maior parte das coisas mantém-se em órbita durante uns tempos.

        A massa do mini-buraco negro é muito pequena, logo a força gravitacional dele é menor. Logo, não consegue “apanhar” objetos longe… da mesma forma que a Marina tem uma massa inferior à da Terra, logo enquanto a Terra consegue ter a Lua a orbitá-la, a Marina não conseguiria 😉

        A luz não escapa de “dentro” do buraco negro – para lá do horizonte de acontecimentos.
        Mas nós vemos a luz cá fora… luz que ainda não entrou.

        Sim, buracos negros seriam entradas dos imaginados buracos de verme, que permitiriam viajar para outros lados do Universo rapidamente.

        abraço

    • Marina Frajuca on 13/05/2011 at 12:47
    • Responder

    Recapitulando, para ver se compreendi:
    a massa de um MBN é inferior á de um buraco negro;
    em vez de abosrver toda a materia do horizonte de eventos, esta orbita esse mesmo horizonte.
    A minha dúvida é, se os MBN formaram-se durante o Big Bang, não deveriam ser facilmente observaveis devido a materia em orbita no horizonte de eventos?

    1. Olá Marina,
      ainda não existe forma de os observar. E segundo estes Físicos teóricos estes MBN vivem e morrem, ou seja vão perdendo a sua pequenina massa até que desaparecem (este processo é designado por evaporação quântica). À medida que vão perdendo massa libertam raios X, e até agora esses raios X ainda não foram observados. Sugerindo que provavelmente estes MBN não foram criados em larga escala ou ainda não “evaporaram”.
      Logo, estes cientistas sugerem que, em vez de esperar que evaporem e emitam raios X para os captar, tentemos desde já visualizar estes MBN em experiências como o LHC. Apesar disso, pensa-se que o LHC produza estes MBN o problema está é que estes são tão pequenos que não têm energia suficiente para que a matéria ocupe orbitais quânticas, de modo a emitir radiação passível de ser captada.
      Portanto, temos que aguardar por novidades.

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