O que nos Representam as Estrelas? – Disfarçada de Ciência

O ser humano tem a necessidade de encontrar algum alento nas estrelas – algo a que passar alguma culpa do que fez ou algum conforto. Desde o início da humanidade e desde que o Homem consegue ter pensamento abstrato que confere representações estelares.

O Boorongs aproveitavam as estrelas para a sua sobrevivência. Conseguiam retirar informação de forma a adquirirem alimento. Outros povos achavam que as estrelas eram as estórias dos seus heróis e deuses.

A Astrologia surgiu cerca do 3º milénio a.C. Os babilónios acreditavam que o movimento dos planetas influenciavam os destinos dos governadores e, também, das nações. Posteriormente, os gregos assimilaram as tradições e a cultura por volta de 500 a.C. (Aqui)

Desde o século VII a.C. até cerca de 1600 não houve alterações nos conceitos astrológicos. Até que Kepler calculou as órbitas planetárias que, para ele, eram a força motriz para prever o futuro.

“Na Grécia (…) desenharam um método para calcular o destino individual baseando-se no momento do nascimento. (…) Com a queda do Império Romano, a Astrologia é temporariamente transformada em superstição. (…) Em épocas de crise, o Homem sente necessidade de procurar no céu a resposta para as suas dúvidas (…). Grandes figuras do Renascimento ficaram intimamente ligadas à Astrologia (…). O interesse manifestado pelos astrólogos do Renascimento pela alquimia, numerologia e outros campos despertou, no público em geral, o interesse pelas revelações do oculto, fazendo dispersar o núcleo do pensamento astrológico. (…)
A cisão entre astronomia e astrologia levou, por um lado, à popularização desta, por outro, a seu patamar mais baixo. A astrologia popular europeia dos séculos XVIII e XIX não pode ser considerada séria. (…)” (Aqui)

Os signos correspondem à constelação que era pano de fundo relativamente ao Sol no momento do nascimento da pessoa. A tabela astrológica que convencionou a divisão do trânsito solar anual em 12 partes iguais data de mais de 2000 anos! No entanto o céu não está “congelado”, existem vários movimentos que alteram o pano de fundo a curto, médio e, mais importante, a longo prazo. O movimento de precessão muda as posições relativas das constelações na eclíptica. (Aqui)

Daqui podemos reparar que “(…) a Astrologia (…) embora use o movimento dos astros, nada tem a ver com a Astronomia. A Astrologia faz cálculos médios, ignora a precessão do eixo terrestre, e prega que os astros podem influenciar comportamentos na Terra, o que para a Astronomia não faz o menor sentido.” (Aqui)

Mas se a personalidade é efeito tanto da genética como da aprendizagem no seu ambiente, como é que planetas e estrelas nos influenciam? E como é que os signos astrológicos desfasados mais de 2000 anos relativamente ao pano de fundo astronómico dão certo? Resposta: não dão certo! É uma forma de escrever sempre o mesmo nas revistas para que bata sempre certo com toda a gente. E os animais, não têm signos?

1 comentário

  1. Os animais, é fácil: os leões são do signo Leão 😛
    Não interessa em que dia nascem, que nenhum leão tem signo Peixes 😛 ehehehe

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