Primeiro auto-retrato do Curiosity

Convés superior do robot Curiosity num mosaico de imagens obtidas em Março de 2011 pelo “olho” esquerdo da sua Mastcam. A parte da frente do robot encontra-se do lado direito. Na direcção oposta são visíveis, da esquerda para a direita: a cobertura do gerador termoeléctrico de radioisótopos, a antena principal (estrutura em forma de hexágono) e o relógio de sol.
Crédito: NASA/JPL/MSSS.

O robot Curiosity realizou recentemente o seu primeiro auto-retrato durante um exercício de exposição às condições ambientais da superfície de Marte, nas instalações do Jet Propulsion Laboratory. Esta foi uma oportunidade para testar o desempenho da Mastcam, um instrumento que inclui entre outras particularidades, a capacidade de obter imagens a cores e monocromáticas (com diferentes filtros) com pelo menos três vezes a resolução das obtidas pelas câmaras panorâmicas dos robots Spirit e Opportunity.
Ao contrário dos seus antecessores, o Curiosity não possui qualquer painel solar, pelo que o seu convés superior apresenta um aspecto bem distinto. Sem energia solar disponível, o abastecimento de electricidade aos vários instrumentos do robot será garantido por um gerador termoeléctrico de radioisótopos localizado na parte traseira.
Prevê-se o lançamento da missão no final deste ano. Após cumprir uma viagem interplanetária de 10 meses, o robot descerá até à superfície de Marte, onde deverá permanecer em actividade pelo menos durante 2 anos.

2 comentários

  1. Paulo,

    Para tranquilizar toda a população marciana (e a terrestre), é bom sublinhar que estes geradores são bastante seguros. 😉

    Os RTGs foram usados nos robots Viking e em várias sondas interplanetárias, incluindo a sondas Voyager 1 e 2, Galileo, Cassini e New Horizons. Foram usados também para fornecer energia a algumas experiências científicas nas missões Apollo 12, 13 e 17. Curiosamente, o RTG da Apollo 13 repousa agora no fundo do mar, algures perto da fossa de Tonga no Oceano Pacífico. Não foi detectada qualquer radiação em amostras do ar e da água do mar na região, um facto que reafirma a segurança destes dispositivos.
    Para mais informações consulta: http://en.wikipedia.org/wiki/Radioisotope_thermoelectric_generator.

  2. Se o contentor do rádio isótopo tem uma fuga, então teremos a comitiva de Marte a exigir uma idemenização por danos ambientais e na saúde pública marciana!
    Tenham cautela terráqueos!!!

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