Um Postal vindo do Espaço Extragaláctico?

Uma galáxia espiral parecida à nossa Via Láctea.

Os astrónomos do ESO utilizaram o instrumento Wide Field Imager montado no telescópio MPG/ESO de 2.2 metros para obter esta imagem de NGC 6744.
Esta impressionante galáxia espiral situa-se a cerca de 30 milhões de anos-luz de distância na constelação austral do Pavão.
A imagem quase que podia ser um postal da nossa Via Láctea enviado por um amigo extragaláctico, uma vez que esta galáxia é muito semelhante à nossa.

Nesta imagem vemos a NGC 6744 quase de face, o que significa que podemos observar a estrutura da galáxia como se voássemos por cima dela.
Se tivéssemos tecnologia suficientemente avançada para escapar da Via Láctea e a pudéssemos observar a partir do espaço intergaláctico, veríamos algo semelhante ao observado nesta imagem – braços em espiral entrelaçados em torno de um núcleo denso e alongado e de um disco de poeira.
Existe inclusivamente uma galáxia companheira distorcida – NGC 6744A, que aparece como uma mancha difusa por baixo e à direita da NGC 6744, que nos faz claramente lembrar uma das vizinhas Nuvens de Magalhães da Via Láctea.

Umas das diferenças entre a NGC 6744 e a Via Láctea é o tamanho.
Enquanto que a nossa galáxia mede aproximadamente 100 000 anos-luz de um lado ao outro, a galáxia aqui apresentada estende-se até quase o dobro deste tamanho.
No entanto, a NGC 6744 dá-nos a ideia de como um observador distante poderia ver a nossa casa galáctica.

Este objecto é uma das galáxias espirais maiores e mais próximas.
Embora tenha a brilho de cerca de 60 milhões de sóis, a sua luz estende-se ao longo de uma grande área no céu – cerca de dois terços da largura da Lua Cheia, fazendo com que esta galáxia vista através de um telescópio pequeno apareça como um centro brilhante rodeado por uma neblina difusa.
Mesmo assim, é um dos objectos mais bonitos do céu austral, identificado pelos astrónomos amadores como uma forma oval contrastando com um pano de fundo rico em estrelas.

Este é um excerto do artigo do ESO.

5 comentários

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    • Marina Frajuca on 02/06/2011 at 23:30
    • Responder

    Olá,

    Tenho uma questão, que não tem nada a ver com o post, mas como mencionou a lua, lembrei-me de-la.
    Vi há uns tempos um documentário no discovery sobre os efeitos da lua sobre a terra, e houve uma questão que me deixou intrigada. É possivel que os desertos, como o Sahara, terem sido originados pelo facto de a terra ter um eixo de rotação inclinado?

    1. Olá,

      Não percebi as relações entre as 3 coisas. 🙂

      O eixo de rotação não é devido à Lua, mas a Lua estabiliza-o.

      A inclinação do eixo faz com que tenhamos estações do ano… com as suas características diferentes em diferentes partes do globo.

      É isto?

        • Marina Frajuca on 03/06/2011 at 00:22

        Pois não me expliquei bem, é o que dá trabalhar todos os dias com malucos…lol

        Tudo o que referiu, já sabia.
        A questão é se o facto de o eixo ser inclinado poder originar desertos ou contribuir para a sua formação?

      1. Sinceramente, a resposta rápida é Não Sei 😛

        Mas, presumo que a estação das chuvas seja perto do equador da terra…
        http://en.wikipedia.org/wiki/Wet_season#Areas_affected

        E que os desertos se encontrem mais perto dos Trópicos, perto dos 25º – que dependem da inclinação da Terra.
        http://www2.sluh.org/bioweb/bi100/movies/ecosystemsandthebiosphere.htm

        Mas a Antártica é um deserto… de gelo:
        http://en.wikipedia.org/wiki/South_Pole#Climate.2C_and_day_and_night

        Por isso, sinceramente, não sei 🙁

      • Marina Frajuca on 03/06/2011 at 09:25
      • Responder

      Obrigado na mesma, como ´no documentário só mencionaram o facto como uma consequência e não explanaram, mais fiquei sem perceber o porquê e se era ou não possivel.

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