Inovação

O Fareed Zakaria, na CNN, fez um programa muito bom sobre Inovação, com pendor nos problemas atuais Americanos, claro, mas como podem ver, com vídeos muito interessantes sobre o que é a inovação e como ela se produz.

O mais interessante, para mim, é o vídeo que explica o GDP, que é um dos indicadores do nível de vida das pessoas.
Por aqui se vê a importância da ciência. Quando a ciência “pegou” no mundo, o mundo começou a evoluir e o nível de vida das pessoas disparou para níveis altíssimos.

Interessante também o que ele diz sobre a Holanda:
“Let’s look at one great case study of this, which is 17th century Holland. At this point in the 1700s, Holland has the highest GDP per capita of any country in the world. It’s the wealthiest country in the world. What’s driving that? Well, increased efficiency in capturing wind power. Think of those classic Dutch windmills, which are being used to more efficiently convert raw timber into lumber, which helps them build better ships, which actually are using innovative new designs to capture wind power at sea more efficiency – efficiently, all of which leads to and is funded by innovations in the financial sector, which helps create a global trading empire and creates the wealthiest country in the world.”

É importante perceber como a ciência evoluiu incrivelmente nas últimas dezenas de anos… e com isso, o nosso conhecimento aumentou exponencialmente e a nossa vida melhorou de forma incrível (nem só pelo facto de quase toda a gente ter telemóveis e internet, que não existiam há 30 anos atrás e agora não se pode viver sem eles, mas em coisas mais simples como por exemplo há 30 anos haver muitas casas em Portugal sem luz, retrete, chuveiros (eram públicos), etc…)

Infelizmente, parece-me que o incrível crescimento de conhecimento disponível também levou a um aumento do desconhecimento dos assuntos. Há muita mais informação disponível, mas as pessoas não ficaram mais inteligentes. Daí haver muita gente que nega esse conhecimento, que inventam disparates sobre cometas, sobre o fim-do-mundo, sobre profecias, etc. Hipocritamente não entendem as contribuições diárias da ciência. Mas sobretudo têm medo da quantidade de informação que entretanto passou a estar disponível. Têm medo do desconhecido que não entendem. O conhecimento evoluiu, mas o cérebro humano não seguiu essa evolução… e alguns cérebros atrofiam porque ficam “overwhelmed”/sufocados.
Quem tem medo do desconhecido, quem não abraça a mudança/evolução, quem não tem essa disponibilidade mental para evoluir no conhecimento, fica para trás – fica para sempre agarrado a ideias medievais.
Por isso é que mesmo em pleno século XXI, esses “velhos do Restelo” continuam a existir. Continuam a querer que fique sempre tudo imutável e “perfeito” (ideias religiosas que já vêm de há dezenas de milhares de anos atrás), em vez de perceberem que a mudança é a única constante da vida e do universo. Continuam a celebrar a mediocridade e a ignorância, em vez de celebrarem a inovação e o conhecimento. Continuam a acreditar num mundo bastante simples, em vez de se inserirem mentalmente na complexidade do mundo atual. Continuam a seguir crenças antigas, mentiras de pseudos, e vigarices, em vez de procurarem um maior conhecimento.
Quem não tem disponibilidade mental para abraçar o progresso da humanidade só terá um fim: viverá com medo e morrerá com o cérebro atrofiado. É o mesmo fim daqueles que viveram durante a Idade das Trevas – assim chamado precisamente devido a estas mesmas superstições medrosas e vigarices constantes.

Não se pode fazer nada por quem não quer evoluir. É a decisão deles.
Só espero que a Evolução funcione, e esses que não se adaptam, acabem por desaparecer.

O mesmo Steven Johnson fez uma palestra muito boa sobre como se incentiva a inovação, como faz o Google, e em grande parte as universidades nos EUA – tudo depende do ambiente em que se está inserido:

(cliquem em Languages… e escolham Português, para terem as legendas traduzidas)

“Chance favours the connected mind” – A sorte favorece as mentes ligadas.

E ainda o mesmo Steven Johnson numa entrevista do Stephen Colbert sobre a “invenção do ar”:

1 comentário

  1. Caminhamos aos ombros de gigantes, mas a maior parte do pessoal tem vertigens…

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