Carlos F. Oliveira é astrónomo e educador científico.
Licenciatura em Gestão de Empresas.
Licenciatura em Astronomia, Ficção Científica e Comunicação Científica. Doutoramento em Educação Científica com especialização em Astrobiologia, na Universidade do Texas.
Foi Research Affiliate-Fellow em Astrobiology Education na Universidade do Texas em Austin, EUA.
Trabalhou no Maryland Science Center, EUA, e no Astronomy Outreach Project, UK.
Recebeu dois prémios da ESA (Agência Espacial Europeia).
Realizou várias entrevistas na comunicação social Portuguesa, Britânica e Americana, e fez inúmeras palestras e actividades nos três países citados.
Criou e leccionou durante vários anos um inovador curso de Astrobiologia na Universidade do Texas, que visou transmitir conhecimento multidisciplinar de astrobiologia e desenvolver o pensamento crítico dos alunos.
A unica razão pela qual o Dawkins é considerado duro é porque ele diz exactamente o que diria acerca da religião caso ela não fosse seguida por milhares de pessoas.
A teoria da evolução é uma das teorias cientificas mais bem estabelecidas – muito mais que a relatividade ou a mecânica quantica, e isso é de um grau de certeza mais elevado do que o senso comum pode sequer compreender.
Ele lida com pessoas que dizem que o trabalho dele, que é acerca da evolução é treta. E tudo por causa de umas pequenas palavras num livro, que muito ja nem levam à letra.
Claro que o homem tem razão para estar chateado.
Se podia ser mais doce e querido com os religiosos? Pois podia. Se devia? Se calhar até devia e a mensagem chegava a mais gente. Ou se calhar é mesmo preciso um Dawkins para dizer as coisas duramente e deixar de por passadeiras vermelhas para ignorantes.
Carlos, sem muito tempo para me extender. Gostei muito do Relojoeiro Cego, O Gene Egoista e alguns outros. Pretendo ler tudo de novo. Acho que as idéias evolucionistas dele são avançadas do ponto de vista religioso. Ainda vivemos na era Dark Age. Deve ser por isso que ele não tem muita paciência. Veja as idéias absurdas do catolicismo e o poder que tem, um exemplo mais grosseiro.
Podiamos fazer um seminário com ele.
Me esclarece uma coisa? Adeqúe em euro pt está dentro das normas ortográficas atuais? Estou revisando um texto científico e apareceu essa dúvida.
De Dawkins li “O Espectáculo da Vida” e “O Gene Egoísta”, e adorei os dois, com especial destaque para o último.
Relativamente a livros do género “The God’s Delusion”, não tenho paciência para ler esse tipo de livros. Penso que a existência de deus é uma impossibilidade tão grande que discutir isso traduz-se numa perda de tempo, apesar de ao ter esta posição também estar a ser um tanto ou quanto dogmático.
Quanto às questões sociais das religiões, aí sim, é necessário estar atento e é necessário que nos façamos ouvir quando a religião se torna um real e conspícuo estorvo; lembro-me imediatamente dos casos dramáticos mais gritantes da religião, como os crimes de honra islâmicos e a mutilação genital feminina.
E, porque não, referir também as medicinas alternativas que estão muito em voga atualmente. A maior parte da fama deve-se ao cada vez mais forte movimento New Age, que em essência é um movimento espiritual ou religioso. Por isso penso que nestas questões é necessário que devamos estar atentos.
Sobre a maneira como o Dawkins reage, apesar de por vezes ser compreensível (é que não dá mesmo para aturar coisas como ele aturou na entrevista com uma Wendy qualquer coisa), é realmente exagerado, o que às vezes desvia um pouco a atenção daquilo que Dawkins faz enquanto cientista para questões que não são tão interessantes como a existência de Deus e blablabla.
Seria muito mais interessante, penso, se Dawkins fosse conhecido por ser autor de um best-seller sobre Evolucionismo, em vez de ser conhecido apenas pela sua posição anti-religiosa.
“Seria muito mais interessante, penso, se Dawkins fosse conhecido por ser autor de um best-seller sobre Evolucionismo, em vez de ser conhecido apenas pela sua posição anti-religiosa.” …
Concordo plenamente com esta ideia, e comento que li o “Gene Egoista” no final dos anos 80.
Gostei, mas havia “algo” que me incomodava, que me parecia incompleto e inquietante…
Talvez fossem os ecos dos variadíssimos aproveitamentos políticos, que distorcem a ciência, muitas vezes “simplificando abusivamente” a teoria da evolução: http://en.wikipedia.org/wiki/Social_darwinism
O Darwinismo Social foi empregado para tentar explicar a pobreza pós-revolução industrial, sugerindo que os que estavam pobres eram os menos aptos (segundo interpretação da época da teoria de Darwin) e os mais ricos que evoluíram economicamente seriam os mais aptos a sobreviver por isso os mais evoluídos.
Durante o século XIX as potências européias também usaram o Darwinismo Social como justificativa para o Imperialismo capitalista.
Entretanto, outros autores também influenciados pelas idéias de Darwin se opuseram ao darwinismo social, dentre os quais Piotr Kropotkin.
Na sua obra “Ajuda Mútua: Um Fator de Evolução” Kropotkin defende que a solidariedade entre indivíduos de um mesmo grupo ou espécie é tão importante para a sobrevivência quanto a competição entre grupos e espécies.
Mais recentemente, o estudo das sociedades a partir do ponto de vista biológico é chamado de sociobiologia, que com as inovações do campo da biologia e da sociologia, procura dar um parecer mais condizente com a realidade atual.
“O biólogo de Oxford foi acusado de reacionário, fascista e até de pavimentar o caminho de Margaret Thatcher ao poder.” Tá no DNA – Nova Edição comemora 30 anos de “O Gene Egoísta” http://revistagalileu.globo.com/Revista/Galileu/0,,EDG80824-7873-198,00-TA+NO+DNA.html
Por isso, gostei muito de ver surgir um livro de Martin Nowak que me leva a pensar que a “Evolução” não pára, estando em curso um debate “intenso” entre o Dawkins e o Nowak que que parece interessante:
The evolution of altruism: selflessness in ants? That’s fighting talk
Leading biologists are at each other’s throats over a quirk of evolution, writes Roger Highfield
The row was triggered by a paper in Nature by Martin Nowak, Edward Wilson and Corina Tarnita of Harvard University.
While some hailed it as “revolutionary” and a “return to rigour”, others condemned it as “sad”, “baffling”, “irritating” and “unscholarly”.
The furore concerns kin selection, one of the best known ideas in evolutionary theory, which claims to explain how insect societies evolve selfless, sterile workers.
These societies are called “eusocial” (eu being the Greek for good/real), because some of their members forgo reproduction in order to raise others’ offspring.
This is not only a remarkable act of altruism but, at first glance seems to be at odds with the idea of natural selection.
Darwin himself singled out ants as posing the most important challenge to his theory, yet for the past 40 years, the problem was thought to have been resolved.
In 1964, the British biologist Bill Hamilton fleshed out Haldane’s insights in two papers on “inclusive fitness”. He used what became known as Hamilton’s rule to predict just how much altruism should be expected for a given genetic connection.
This emphasis – that it is the genes that matter, not the individuals in which they reside – was later popularised by Richard Dawkins, using the pervasive metaphor of the selfish gene.
The problem started when Martin Nowak, who once worked alongside Hamilton and Dawkins at Oxford, started to look into the issue.
Cito algumas partes das “reviews” que estão no site da Amazon:
SuperCooperators looks beyond The Selfish Gene and invites us to think afresh about evolution.
Contrary to the simplistic idea that selfishness is the only strategy for survival, the brilliant Martin Nowak proves that cooperation is also vitally important.
This rich and rewarding book teems with new ideas and insights, which co-author Roger Highfield makes wonderfully lucid and entertaining.”
For Martin Nowak cooperation is the master architect of evolution.
This man is obsessed with the idea that cooperation is an indispensable driving force of evolution at any level – mutation, selection and cooperation.
Without cooperation among RNAs in the primordial soup, you and me would be still one of them. Is he crazy?
Nowak has been Professor of Mathematical Biology at Oxford, the first head of the Program in Theoretical Biology at the Princeton Institute for Advanced Study, and now he is full professor of Biology and Mathematics at Harvard University in his own institute called “Nowakia”.
Of his numerous papers more than 50 were published in Nature or Science. Nowak is a leading evolutionary theorist of our time. Why is he crazy for cooperation?
Cooperation has always been Nowak’s main subject that he studies mostly with only one technique: mathematics. “We can capture the way it (evolution) works with mathematics, distilling its essence into the form of equations.”
“SuperCooperators” is the grand review of his oeuvre on cooperation, a kind of textbook that reads like a bestselling novel with a wonderfully lucid and enthusiastic style, thanks to Nowak’s ghost-writer and kind of co-author (“with” instead of “and”) Roger Highfield, an ingenious science writer and the editor of the New Scientist magazine.
A layperson could enjoy just reading this book and finally has happened to learn most about a fascinating part of biology. Imagine all textbooks were written this way!
Try this appetizer from the chapter on the evolution of language:
“Gossip. Banter. Chat. Let’s talk. Let’s organize a colloquium. Even better, let’s have a party! Language allows people to work together, to exchange their ideas, their thoughts, and their dreams. In this way language is intimately linked with cooperation. For the mechanism of indirect reciprocity it needs gossip, from names to deeds and times and places, too. Indirect reciprocity is the midwife of language and of our big, powerful brain.”
Eu acho que o Dawkins exagera algumas vezes… mas eu também o faço como se vê aqui pelo blog 😉
Também acho que o Dawkins por vezes parece mostrar-se cheio de certezas, o que é contra o senso comum, contra a ciência, e contra tentar convencer os outros com evidências… mas eu também por vezes pareço mostrar isso por aqui…
Ou seja, o “delivery” dele não é o melhor.
Mas compreendo-o porque o meu sofre dos mesmos problemas quando já não estou com paciência para aturar puras parvoíces.
De resto, em termos lógicos e científicos, penso que não se apontar nada ao que ele diz e escreve.
Ou seja, em termos de racionalidade (argumentos lógicos e científicos), ele é o máximo.
Em termos de emoção (na comunicação), ele não é o melhor.
Privacidade e Cookies: Este site usa cookies. Para saber mais, incluindo como controlar cookies, veja a nossa política de privacidade:
Política de Privacidade
14 comentários
Passar directamente para o formulário dos comentários,
E depois, o Dawkins é apenas humano.
Tem direito à sua parte de erros.
Ao menos não diz que o que sabe tem origem divina e que Deus lhe deu a palavra a ele.
A unica razão pela qual o Dawkins é considerado duro é porque ele diz exactamente o que diria acerca da religião caso ela não fosse seguida por milhares de pessoas.
A teoria da evolução é uma das teorias cientificas mais bem estabelecidas – muito mais que a relatividade ou a mecânica quantica, e isso é de um grau de certeza mais elevado do que o senso comum pode sequer compreender.
Ele lida com pessoas que dizem que o trabalho dele, que é acerca da evolução é treta. E tudo por causa de umas pequenas palavras num livro, que muito ja nem levam à letra.
Claro que o homem tem razão para estar chateado.
Se podia ser mais doce e querido com os religiosos? Pois podia. Se devia? Se calhar até devia e a mensagem chegava a mais gente. Ou se calhar é mesmo preciso um Dawkins para dizer as coisas duramente e deixar de por passadeiras vermelhas para ignorantes.
Obrigada, Carlos. Você é o único português que ainda está acordado e disponível.
Português é teimoso (nem todos antes que entenda o contrário) e não aceita ser corrigido e precisava tirar esta dúvida…..
Author
Aqui são 6 horas a menos que em Portugal… e tou a trabalhar… e irei trabalhar até ver o lançamento do vaivém 🙂
… talvez dormitando pelo meio… 😛
Mas voce fala portugues europeu. Você usa “Adeqúe” com acento ou sem? A nova ortografia diz que mudou.
Author
ahhh se mudou… não sei 🙂 … axo que se escreve: adeque.
A minha enciclopédia, ainda não adaptada ao novo Acordo “Hortográfico”, tem “adeqúe”.
Existe tambem um site chamado Ciberdúvidas que pode resolver o seu problema.
Carlos, sem muito tempo para me extender. Gostei muito do Relojoeiro Cego, O Gene Egoista e alguns outros. Pretendo ler tudo de novo. Acho que as idéias evolucionistas dele são avançadas do ponto de vista religioso. Ainda vivemos na era Dark Age. Deve ser por isso que ele não tem muita paciência. Veja as idéias absurdas do catolicismo e o poder que tem, um exemplo mais grosseiro.
Podiamos fazer um seminário com ele.
Me esclarece uma coisa? Adeqúe em euro pt está dentro das normas ortográficas atuais? Estou revisando um texto científico e apareceu essa dúvida.
Author
Não percebi sobre o Euro 🙂 Eu não estou por Portugal, por isso não sei 🙂
Não é só Euro? 😉
De Dawkins li “O Espectáculo da Vida” e “O Gene Egoísta”, e adorei os dois, com especial destaque para o último.
Relativamente a livros do género “The God’s Delusion”, não tenho paciência para ler esse tipo de livros. Penso que a existência de deus é uma impossibilidade tão grande que discutir isso traduz-se numa perda de tempo, apesar de ao ter esta posição também estar a ser um tanto ou quanto dogmático.
Quanto às questões sociais das religiões, aí sim, é necessário estar atento e é necessário que nos façamos ouvir quando a religião se torna um real e conspícuo estorvo; lembro-me imediatamente dos casos dramáticos mais gritantes da religião, como os crimes de honra islâmicos e a mutilação genital feminina.
E, porque não, referir também as medicinas alternativas que estão muito em voga atualmente. A maior parte da fama deve-se ao cada vez mais forte movimento New Age, que em essência é um movimento espiritual ou religioso. Por isso penso que nestas questões é necessário que devamos estar atentos.
Sobre a maneira como o Dawkins reage, apesar de por vezes ser compreensível (é que não dá mesmo para aturar coisas como ele aturou na entrevista com uma Wendy qualquer coisa), é realmente exagerado, o que às vezes desvia um pouco a atenção daquilo que Dawkins faz enquanto cientista para questões que não são tão interessantes como a existência de Deus e blablabla.
Seria muito mais interessante, penso, se Dawkins fosse conhecido por ser autor de um best-seller sobre Evolucionismo, em vez de ser conhecido apenas pela sua posição anti-religiosa.
“Seria muito mais interessante, penso, se Dawkins fosse conhecido por ser autor de um best-seller sobre Evolucionismo, em vez de ser conhecido apenas pela sua posição anti-religiosa.” …
Concordo plenamente com esta ideia, e comento que li o “Gene Egoista” no final dos anos 80.
Gostei, mas havia “algo” que me incomodava, que me parecia incompleto e inquietante…
Talvez fossem os ecos dos variadíssimos aproveitamentos políticos, que distorcem a ciência, muitas vezes “simplificando abusivamente” a teoria da evolução: http://en.wikipedia.org/wiki/Social_darwinism
O Darwinismo Social foi empregado para tentar explicar a pobreza pós-revolução industrial, sugerindo que os que estavam pobres eram os menos aptos (segundo interpretação da época da teoria de Darwin) e os mais ricos que evoluíram economicamente seriam os mais aptos a sobreviver por isso os mais evoluídos.
Durante o século XIX as potências européias também usaram o Darwinismo Social como justificativa para o Imperialismo capitalista.
Entretanto, outros autores também influenciados pelas idéias de Darwin se opuseram ao darwinismo social, dentre os quais Piotr Kropotkin.
Na sua obra “Ajuda Mútua: Um Fator de Evolução” Kropotkin defende que a solidariedade entre indivíduos de um mesmo grupo ou espécie é tão importante para a sobrevivência quanto a competição entre grupos e espécies.
Mais recentemente, o estudo das sociedades a partir do ponto de vista biológico é chamado de sociobiologia, que com as inovações do campo da biologia e da sociologia, procura dar um parecer mais condizente com a realidade atual.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Darwinismo_social
“O biólogo de Oxford foi acusado de reacionário, fascista e até de pavimentar o caminho de Margaret Thatcher ao poder.” Tá no DNA – Nova Edição comemora 30 anos de “O Gene Egoísta” http://revistagalileu.globo.com/Revista/Galileu/0,,EDG80824-7873-198,00-TA+NO+DNA.html
Enfim…
Para mim, a ideia mais interessante no “Gene Egoista” foi o conceito de “meme”:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Meme
Por isso, gostei muito de ver surgir um livro de Martin Nowak que me leva a pensar que a “Evolução” não pára, estando em curso um debate “intenso” entre o Dawkins e o Nowak que que parece interessante:
The evolution of altruism: selflessness in ants? That’s fighting talk
Leading biologists are at each other’s throats over a quirk of evolution, writes Roger Highfield
The row was triggered by a paper in Nature by Martin Nowak, Edward Wilson and Corina Tarnita of Harvard University.
While some hailed it as “revolutionary” and a “return to rigour”, others condemned it as “sad”, “baffling”, “irritating” and “unscholarly”.
The furore concerns kin selection, one of the best known ideas in evolutionary theory, which claims to explain how insect societies evolve selfless, sterile workers.
These societies are called “eusocial” (eu being the Greek for good/real), because some of their members forgo reproduction in order to raise others’ offspring.
This is not only a remarkable act of altruism but, at first glance seems to be at odds with the idea of natural selection.
Darwin himself singled out ants as posing the most important challenge to his theory, yet for the past 40 years, the problem was thought to have been resolved.
In 1964, the British biologist Bill Hamilton fleshed out Haldane’s insights in two papers on “inclusive fitness”. He used what became known as Hamilton’s rule to predict just how much altruism should be expected for a given genetic connection.
This emphasis – that it is the genes that matter, not the individuals in which they reside – was later popularised by Richard Dawkins, using the pervasive metaphor of the selfish gene.
The problem started when Martin Nowak, who once worked alongside Hamilton and Dawkins at Oxford, started to look into the issue.
Fonte: http://www.telegraph.co.uk/science/roger-highfield/8058542/The-evolution-of-altruism-selflessness-in-ants-Thats-fighting-talk.html
O título do livro é este:
SuperCooperators: Altruism, Evolution, and Why We Need Each Other to Succeed
http://www.amazon.com/SuperCooperators-Altruism-Evolution-Other-Succeed/dp/1439100187
Martin Nowak
http://en.wikipedia.org/wiki/Martin_Nowak
Cito algumas partes das “reviews” que estão no site da Amazon:
SuperCooperators looks beyond The Selfish Gene and invites us to think afresh about evolution.
Contrary to the simplistic idea that selfishness is the only strategy for survival, the brilliant Martin Nowak proves that cooperation is also vitally important.
This rich and rewarding book teems with new ideas and insights, which co-author Roger Highfield makes wonderfully lucid and entertaining.”
For Martin Nowak cooperation is the master architect of evolution.
This man is obsessed with the idea that cooperation is an indispensable driving force of evolution at any level – mutation, selection and cooperation.
Without cooperation among RNAs in the primordial soup, you and me would be still one of them. Is he crazy?
Nowak has been Professor of Mathematical Biology at Oxford, the first head of the Program in Theoretical Biology at the Princeton Institute for Advanced Study, and now he is full professor of Biology and Mathematics at Harvard University in his own institute called “Nowakia”.
Of his numerous papers more than 50 were published in Nature or Science. Nowak is a leading evolutionary theorist of our time. Why is he crazy for cooperation?
Cooperation has always been Nowak’s main subject that he studies mostly with only one technique: mathematics. “We can capture the way it (evolution) works with mathematics, distilling its essence into the form of equations.”
“SuperCooperators” is the grand review of his oeuvre on cooperation, a kind of textbook that reads like a bestselling novel with a wonderfully lucid and enthusiastic style, thanks to Nowak’s ghost-writer and kind of co-author (“with” instead of “and”) Roger Highfield, an ingenious science writer and the editor of the New Scientist magazine.
A layperson could enjoy just reading this book and finally has happened to learn most about a fascinating part of biology. Imagine all textbooks were written this way!
Try this appetizer from the chapter on the evolution of language:
“Gossip. Banter. Chat. Let’s talk. Let’s organize a colloquium. Even better, let’s have a party! Language allows people to work together, to exchange their ideas, their thoughts, and their dreams. In this way language is intimately linked with cooperation. For the mechanism of indirect reciprocity it needs gossip, from names to deeds and times and places, too. Indirect reciprocity is the midwife of language and of our big, powerful brain.”
Não conheço nenhuma afirmação do Dawkins que sugira que devamos adoptar qualquer forma de falácia do naturalista.
Isto é, que só porque é natural que é boa ou está correcta.
Como Hume notou, do facto de uma coisa ser como é, não segue lógicamente para que ela assim deva ser também.
O “é” não segue lógicamente para o “deve”
Esse é o erro do Darwinismo Social. E não conheço nenhum momento em que o Dawkins cometa esta falácia.
O “é” é uma constatação de facto.
O “deve” é um julgamento.
Uma coisa não *deve* ser assim só porque *é* assim
Qual sua opinião?
Já li vários livros dele e achei extremamente interessante.
Author
Eu acho que o Dawkins exagera algumas vezes… mas eu também o faço como se vê aqui pelo blog 😉
Também acho que o Dawkins por vezes parece mostrar-se cheio de certezas, o que é contra o senso comum, contra a ciência, e contra tentar convencer os outros com evidências… mas eu também por vezes pareço mostrar isso por aqui…
Ou seja, o “delivery” dele não é o melhor.
Mas compreendo-o porque o meu sofre dos mesmos problemas quando já não estou com paciência para aturar puras parvoíces.
De resto, em termos lógicos e científicos, penso que não se apontar nada ao que ele diz e escreve.
Ou seja, em termos de racionalidade (argumentos lógicos e científicos), ele é o máximo.
Em termos de emoção (na comunicação), ele não é o melhor.
Esta é somente a minha opinião… claro 😉
O que pensa a Shirley?
E, já agora, o que pensam os outros? 😉