Unificar pode ser conveniente pela sua simplificação. Quando se identifica um acontecimento a ciência tenta descrevê-lo por meio de um sistema de coordenadas. Assim, “a função da física é produzir uma representação da realidade” Mario Novello
A partir da interpretação de Copenhaga, na primeira metade do século XX, começou a aceitar-se uma organização do mundo em nível microscópico, focando a posição e a velocidade. As propriedades dos corpos ficou para segundo plano. Passou a enfatizar-se mais a observação. Assim, a realidade quântica passou a ser descrita como uma medida resultante de uma observação e requer um observador externo. É impossível definir um observador externo.
Como a abordagem de um observador externos, pelo princípio de Copenhaga, é impossível e no contexto quântico o observador deverá estar no exterior, não é possível a união entre a cosmologia e a quântica.
Entretanto surgiram propostas alternativas. David Bohm apresentou uma extensão das ideias de Louis de Broglie.
A aplicação das ideias de Bohm mostraram-se importantes para a união entre o universo gravitacional e o mundo quântico. Esta interpretação admite as características como sendo alterações na estrutura da geometria do espaço. Desta forma , pode-se entender as estranhas propriedades das partículas quânticas como uma alteração na geometria do tecido do cosmos.
Nos anos 30, o princípio da incerteza desmantelou esta concepção da realidade, mostrando que não se pode conhecer em simultâneo a posição e a velocidade de uma partícula.
Se um campo tivesse, e mantivesse, um valor evanescente, conheceríamos o seu valor – zero – e também a sua taxa de mudança – zero. Contudo, de acordo com o princípio da incerteza, é impossível que ambas as propriedades estejam definidas. Ou seja, se um campo tem um valor definido, o princípio da incerteza diz-nos que a taxa de mudança é aleatória. Os campos sofrem flutuações de vácuo.
O princípio central da relatividade geral de Einstein, de que o espaço e o tempo constituem uma forma geométrica que se curva gentilmente, colide com o princípio central da mecânica quântica, o princípio da incerteza, que implica um ambiente turbulento às mais pequenas escalas. Esta nova abordagem implica um espaço-tempo quadridimensional de geometria pseudoeuclideana.
Há, pelo menos, duas razões para reconciliar o antagonismo entre a relatividade geral e a mecânica quântica:
Primeira: Dividir o universo em dois reinos separados parece quer artificial, quer desastrado. Para muitos, trata-se de um indício de que tem de haver uma verdade mais profunda e unificada que ultrapasse o abismo entre a relatividade geral e a mecânica quântica.
Segundo: Embora a maior parte das coisas sejam grandes e pesadas ou pequenas e leves, isto não é verdade para todas as coisas. Os buracos negros são um bom exemplo. O centro de um buraco negro é simultaneamente imensamente pesado e icrivelmente pequeno.
Fontes : Scientific American
O Tecido do Cosmos, Brian Greene
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Mas o buraco negro parece seguir as regras do mundo quantico
[…] http://www.astropt.org/2011/07/13/mudanca-de-foco-na-quantica-do-sec-xx/ […]