Esta belíssima imagem foi tirada pelo VLT do ESO.
Chama-se Olhos, e encontra-se na direcção da constelação da Virgem, a cerca de 50 milhões de anos-luz de distância da Terra.
São 2 galáxias que se encontram separadas entre si por uma distância de 100.000 anos-luz.
A maior das galáxias denomina-se NGC 4438. Já foi uma galáxia espiral, mas foi sendo deformada devido a colisões com outras galáxias.
A galáxia no canto inferior direito denomina-se NGC 4435.
Alguns astrónomos acreditam que há 100 milhões de anos atrás, as 2 galáxias estiveram bastante perto uma da outra: 16.000 anos-luz.
Essa proximidade levou provavelmente à deformação na NGC 4438, retirando-lhe algumas das características das galáxias-espirais, e à redução da massa na NGC 4435, retirando-lhe gás e pó de formação estelar.
Outra possibilidade é a galáxia elíptica gigante M86, que não está visível na imagem, ter causado todos os “estragos” na NGC 4438.
Leiam o artigo do ESO, aqui.
7 comentários
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Resposta sensacional,tudo entendido,e disso já não esqueço mais! ;D
e quando a gravidade cumprir seu papel,provavelmente nós mesmos já teremos nos matado,e/ou o nosso planeta já não terá mais capacidade de suportar vida devido vários fatores,mas ,e se existir vida,será prejudicada ou extinta com essa colisão?
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A resposta correcta é: não se sabe.
A resposta completa tenderá para: não. Porquê? Porque já não existe
Supostamente as galáxias vão colidir dentro de 3 mil milhões de anos.
Digo “supostamente”, porque pode ser uma mera “colisão gravitacional”, onde passam “ao largo”, e aí não há perigo para o nosso sistema solar.
Mas vamos supôr que colidem mesmo e “levam coisas”.
Nesse caso, não se sabe se será do nosso lado da galáxia, e poderia afectar-nos… ou do outro lado, e não nos afecta.
Assumindo que se vão agrupar… então isso será após a “dança” gravitacional em que se afastam e tornam a aproximar… ou seja, só daqui a dezenas de milhares de milhões de anos.
Nessa altura, as estimativas mostram que existe 12% de probabilidades do nosso sistema solar ser ejectado… todo junto… ou seja, nós e os outros planetas, juntamente com luas e Sol iríamos todos juntos “pelo universo entre galáxias”… sem pertencermos a nenhuma. O céu nocturno seria muito menos estrelado
Claro que isto quer dizer que existem 88% de probabilidades de continuarmos na nova galáxia… que seria a junção das 2.
http://en.wikipedia.org/wiki/Andromeda%E2%80%93Milky_Way_collision#Uncertainty
Agora vem a parte da vida…
Quando as galáxias realmente se juntarem, daqui por dezenas de milhares de milhões de anos, não existirá Sol tal como o conhecemos hoje
– será uma anã branca.
Sem Sol, a vida na Terra não existirá (pensamos nós).
Quanto ao “1º beijo” entre as galáxias, daqui por 3 mil milhões de anos… também nessa altura já não existirá vida como a que vemos hoje.
http://en.wikipedia.org/wiki/Andromeda%E2%80%93Milky_Way_collision#The_fate_of_the_Solar_System
O Sol estará já tão grande e tão forte dentro de 2 mil milhões de anos, que nessa altura já não existirá água à superfície, e consequentemente já não existirá vida à superfície.
Daqui por 3 mil milhões de anos, poderemos assar carne no campo, sem precisarmos de fogo. Infelizmente já não estaremos cá para poder fazer essa experiência (e se estivéssemos, ficávamos assados)
Carlos,me explica uma coisa,como pode duas galaxias estar tão próximas e não se chocarem,enquanto outras estão tão distantes e já em rota de colisão digamos assim…?
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Olá,
Estas estão em “rota de colisão”… e até já podem ter “colidido”. Daí terem já trocado alguma da matéria.
Não é preciso “colidirem fisicamente” para terem “colidido gravitacionalmente”.
Veja o vídeo da colisão entre Via Láctea e Andrómeda:
http://www.astropt.org/2011/08/10/milkomeda/
A 1ª “passagem” entre elas faz com que colidam gravitacionalmente, ficando deformadas.
Isto já faz parte da colisão.
Entretanto separam-se e tornam a voltar uma para a outra e tornam a colidir gravitacionalmente…
E assim sucessivamente durante milhares de milhões de anos até realmente ficarem numa só galáxia (aquilo que popularmente se chama colisão).
Nós é que pensamos na “colisão” como 2 objectos que ficam imediatamente apegados e que é “rápido”.
Mas entre galáxias, esta colisão demora milhares de milhões de anos, numa “dança” verdadeiramente cósmica
WOW,realmente nunca tinha pensado dessa maneira,a colisão gravitacional,realmente esclarecedor,achei que galaxias não passavam pelo mesmo vai e vem como acontece com outros astros(ex:cometas).Mas Carlos,cuidado com oque diz em relação a “podem já ter colidido”,pois os pseudos vão falar que já colidimos com Andrômeda e estamos em um estado de transe.Brincadeiras a parte,agradecido pela explicação,seu gênio
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Álisson,
Não só os pseudos
Há uns tempos li um artigo científico sobre alguns cientistas porem essa hipótese: de Andrómeda e Via Láctea já terem colidido gravitacionalmente e estarem agora em direcções contrárias já a “dançar”.
No entanto, do pouco que me lembra, o facto de não estarem distorcidas evidencia que elas realmente ainda não colidiram
abraços