A rotação caótica de Hiperião torna a sua orientação no espaço praticamente impossível de prever, pelo que cada visita da sonda Cassini a esta lua de Saturno constitui uma verdadeira supresa. Na passada sexta-feira, a equipa de imagem da missão tentou a sua sorte em mais um conjunto de observações realizadas a pouco mais de 91 mil quilómetros de distância. Tal como havia sucedido no encontro do passado mês de Agosto, a Cassini acabou por fotografar grande parte do hemisfério dominado pela impressionante bacia de impacto Bond-Lassell. Fica aqui um dos primeiros registos desta sessão.
Hiperião vista pela Cassini a 16 de Setembro de 2011. Composição em cores aproximadamente naturais construída com imagens obtidas através de filtros para o ultravioleta (338 nm), verde (568 nm) e infravermelho próximo (752 nm).
Crédito: NASA/JPL/Space Science Institute/ composição a cores de Sérgio Paulino.
3 comentários
Caótica como? 🙂
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Caótica no sentido de não ter uma rotação estável. Hiperião move-se literalmente aos trambulhões. 🙂
A rotação caótica de Hiperião é única no Sistema Solar e deve-se essencialmente à sua órbita demasiado excêntrica, à proximidade de Titã e à ressonância orbital 3:4 existente entre as duas luas. É impossível definir nesta lua o norte e o sul, o tamanho dos dias, a posição do Sol visto de um ponto na superfície. É por isso que lhe chamo uma lua rebelde. 🙂
Que engraçado 🙂 não fazia ideia que pudesse existir algo assim tão destrambelhado (aos nossos olhos, claro LOL) neste sistema solar tão arranjadinho 😀
ai que os annunaki ainda se mudam para hiperião… 😀