Nesta época do ano começa a surgir, nas primeiras horas da noite, principalmente para quem está nas latitudes próximas ao equador, a constelação do Pégaso. Este grupamento está entre as 10 maiores constelações das 88 oficializadas pela União Astronômica Internacional. Não só por causa de seu tamanho mas também pelo seu conhecido quadrilátero, o Pégaso serve de referencial para encontrar outras constelações que possuem estrelas não tão brilhantes, mas que tiveram sua importância ao longo da História, como Aquário e Peixes, integrantes do Zodíaco.
No Hemisfério Sul, enquanto Órion com suas imponentes estrelas não surge no horizonte, cabe ao Pégaso servir de guia para encontrar outras constelações, já que após o equinócio o Triângulo do Norte (outro importante referencial, formado pelas estrelas Vega, Altair e Deneb) começa a se deslocar cada vez mais para o oeste conforme as noites.
E a estrela que serve de abre-alas para a visualização dessa admirável constelação é chamada de Enif. Quando avistamos esta estrela, significa que começamos a vislumbrar a região do Pégaso.
Enif significa “nariz”, em árabe. Também possui um nome pouco usual, “Fum al Faras”, que significa “a boca do cavalo”. Já temos ideia de qual parte do cavalo alado estamos nos referindo quando avistamos Enif. A partir dela podemos imaginar o resto do corpo do animal mitológico. O desenho do Pégaso aparece de cabeça para baixo para quem está no Hemifério Norte, mas sabendo onde está Enif conseguimos ter uma noção da localização das demais partes desse animal mitológico.
Enif marca a metade do caminho entre Altair, um dos vértices do Triângulo do Norte, e o Quadrilátero, parte mais conhecida do Pégaso. Apesar de ser denominada como Epsilon Pegasi, Enif é a estrela mais brilhante da constelação, superando todas as estrelas do Quadrilátero em brilho.
O Pégaso, estando perpetuado no céu, já não pode relinchar para avisar sua chegada. Mas todo cuidado é pouco ao observador, que caso estiver olhando para o oeste pode ser surpreendido pelo nascente com algo gelado na nuca: o nariz do cavalo, Enif.
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Amei esse App.
[…] nossa anatomia estelar do Pégaso começando pelo nariz (Enif) e passando pelo dorso (Markab). Já que alcançamos a parte traseira do cavalo alado, todo cuidado […]