Scooby-Doo

Quando era miúdo, gostava bastante das aventuras do Scooby-Doo.
Gostava da aventura de andar a tentar descobrir qual era a explicação para os fenómenos.
Mas era mero entretenimento. Nem sequer me passava pela cabeça que tivesse mensagens subliminares.

No entanto, no outro dia estava a fazer zapping pelos canais de televisão, e no Cartoon Network estava a dar este desenho animado.
Foi aí que percebi a mensagem subliminar no show: utilizando o cepticismo e tentando descobrir a razão para os fenómenos, chega-se à conclusão em todos os episódios que: não existem fantasmas, vampiros, e muitas outras personagens sobrenaturais; o que existe sim é sempre uma explicação natural para os fenómenos, que passa sempre por algum vigarista se aproveitar das crenças sobrenaturais para manipular os crentes.

Shaggy e Scooby são normalmente os crentes, que dizem logo: “Oh, é um fantasma”.
Enquanto Velma e Fred são os cépticos, aqueles que realmente buscam explicações racionais para os fenómenos, e que olham para o fenómeno dizendo: “Vamos procurar uma explicação racional para o fenómeno”.
E a verdade é que, no fim, a explicação lógica racional é dada, mostrando, passo a passo, a vigarice da explicação sobrenatural.

É um programa que faz lembrar, em parte, os X-Files, com o crente Mulder e a cientista Scully. Se bem que este programa tendia para deixar os mistérios insolúveis.
Também faz lembrar os MythBusters, Caçadores de Mitos.
E a Velma e o Fred fazem lembrar o James Randi, expondo todos os esquemas dos vigaristas.

9 comentários

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  1. Um dos meus favoritos, vá-se lá saber porquê 😛
    Também gostei muito do filme do Sherlock Holmes, foi bom para quebrar a rotina de filmes em que os cépticos são sempre “humilhados”. Não deixa de ser irónico que o Arthur Conan Doyle acreditasse em mediunidade e até em fadas.

    • Ana Guerreiro Pereira on 06/10/2011 at 16:38
    • Responder

    Daqui a pouco estamos a relembrar o Sítio do Pica Pau Amarelo 😀 ihihihih Por acaso, eu adorava.

    Tenho aqui a confessar que não gostava do Scooby Doo 😀 por uma simples razão: achava-o tão estúpido, tão burro e tão parvo que não o suportava nem ao Shaggy LOOOOOOOOL! Por outro lado, gostava da Velma e do Fred mas já nessa altura eu achava que, para mim, entretenimento tinha de me levar para longe do real e da realidade. 😀 Para uma pessoa que se move pela lógica e que é tão céptica quanto eu me tornei, a necessidade de sobrenatural sob a forma de entretenimento é uma forma de equilibrar as coisas e manter a sanidade mental. Porque, sim, eu sou daquelas que queriam que as fadas e os ets existissem 😀 Com muita força, mesmo. 😀 Ao mesmo tempo que tenho demasiada noção da realidade. De modo que, não só o Scooby Doo me irritava por ser burro e totó como a série não me dava a minha dose de sobrenatural diária … 😀 LOOOOL

  2. Falta referir também o Sherlock Holmes. Não se nota tanto nos livros, mas no filme que saiu em 2009 ou 2010 também fica a sensação durante o filme todo que uma sociedade secreta que pratica magia é que está a controlar tudo de um modo “sobrenatural”, até que no final do filme o Sherlock consegue explicar todos os fenómenos tais como a “ressurreição” do vilão.

  3. Segundo a fonte que você citou, a série “Dora” é reprisada também no Brasil, através da TV Cultura – uma boa emissora, diga-se de passagem. Infelizmente, devido à nossa atual cultura, não é muito “popular” por estas terras tupiniquins 🙁

    Abraço.

  4. O apelido que dei pro meu cunhado foi justamente esse: Scooby-Doo – devido às semelhanças um tanto quanto “físicas” 😉 entre ele e o desenho animado. Quando o chamo assim nas reuniões-de-família, o cara fica uma fera!!! (risos)

    Realmente, Carlos, eu também não tinha percebido essas mensagens subliminares. Dar-se-á, talvez, pelo fato de sermos oriundos de uma geração, digamos, mais “ingênua”?

    Abraço.

    P.S.: Não sei se passava em Portugal, mas aqui tínhamos um programa pra lá de educativo chamado “O Mundo de Beakman”, estrelado pelo saudoso Paul Zaloom, acompanhado por aquele rato horroroso chamado Lester (interpretado pelo incrível Mark Ritts, que faleceu em 2009), dentre outros que participavam do elenco. Lembro-me que passava na televisão à noite e não perdia um episódio 😀

    Não sei se é tendência mundial, mas aqui no Brasil não se fazem mais programas e desenhos destinados ao público infantil como antigamente 🙁

    1. Nunca vi esse em Portugal 🙁
      http://pt.wikipedia.org/wiki/Beakman%27s_World

      Também tenho a mesma ideia: que os desenhos animados antigos eram mais educativos.

      Mas, por outro lado, isso pode ser devido a agora não ver desenhos animados 🙂
      Por exemplo, um desenho animado com muito sucesso por aqui, é a Dora:
      http://pt.wikipedia.org/wiki/Dora_the_Explorer
      E, pelo que ouço dizer, esta exploradora é muito educativa 😉

        • Sydnei on 23/05/2017 at 04:06

        Aqui no Brasil há também o “Show da Luna”, é uma menina cientista. Seu bordão é “Eu quero saber! Eu preciso saber!”.

        Uma curiosidade: No Brasil, Shaggy se chama “Salsicha” 🙂

  5. Mas tinha o Scooby Doo e os 13 Fantasmas em que haviam assombrações reais.
    http://www.imdb.com/title/tt0088628/
    ———–

    No primeiro longa live action do Scooby Doo também há elementos sobrenaturais.
    http://www.imdb.com/title/tt0267913/
    ———–

    []s,

    Roberto Takata

    1. Sim, isso foram versões posteriores que perderam o sentido da série original.
      Aliás, a Velma e o Fred não aparecem… porque a ideia era perder a parte racional. 🙁
      http://pt.wikipedia.org/wiki/The_13_Ghosts_of_Scooby-Doo

  1. […] deste filme aqui no blog. Eu trouxe o filme aqui ao blog porque me fez lembrar as histórias do Scooby-Doo. Ao longo do filme é explicado o mito de Himiko, a rainha que supostamente tinha poder sobre a […]

  2. […] racionalidade, mostrando claramente que não existe nada sobrenatural ou paranormal. Tal como no Scooby-doo, a vencedora é sempre a explicação lógica e racional, desmascarando-se assim as iniciais […]

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