Carlos Oliveira
Carlos F. Oliveira é astrónomo e educador científico.
Licenciatura em Gestão de Empresas.
Licenciatura em Astronomia, Ficção Científica e Comunicação Científica.
Doutoramento em Educação Científica com especialização em Astrobiologia, na Universidade do Texas.
Foi Research Affiliate-Fellow em Astrobiology Education na Universidade do Texas em Austin, EUA.
Trabalhou no Maryland Science Center, EUA, e no Astronomy Outreach Project, UK.
Recebeu dois prémios da ESA (Agência Espacial Europeia).
Realizou várias entrevistas na comunicação social Portuguesa, Britânica e Americana, e fez inúmeras palestras e actividades nos três países citados.
Criou e leccionou durante vários anos um inovador curso de Astrobiologia na Universidade do Texas, que visou transmitir conhecimento multidisciplinar de astrobiologia e desenvolver o pensamento crítico dos alunos.
7 comentários
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Sinceramente não me convence muito esta ideia de J. Marvin Herndon de que as depressões observadas pela MESSENGER em Mercúrio poderão ter sido formadas por geysers de hidrogénio aprisionado no núcleo do planeta durante a sua formação. Segundo ele, o núcleo de ferro de Mercúrio, depois de solidificar (?), expulsaria grandes quantidades de hidrogénio para a superfície que reagiriam com os sulfuretos de ferro aí abundantes, libertando o ferro metálico que se acumularia nas depressões. Enfim…
Na verdade, Herndon não é lá muito bem visto entre os seus pares. Já publicou alguns trabalhos controversos, geralmente sem co-autores. Vejam aqui: http://arxiv.org/find/physics/1/au:+Herndon_J/0/1/0/all/0/1.
Author
Eu também fiquei de pé atrás… acho que tem demasiada especulação para poucas evidências…
Oi Sérgio, a ideia do cara é interessante mas acho que ele errou de gás!!! Não seria o hidrogênio mas sim o gás carbônico!!! Na verdade o Ferro ao se esfriar expulsa o carbono dissolvido (vide os nódulos de grafite tão comuns em meteoritos ferrosos) e este ainda muito quente reage com silicatos e outros minerais ricos em oxigênio na fronteira entre o nucleo e o manto do planeta, produzindo grandes quantidades de CO2 que acaba encontrando passagem pela crosta planetária, permitiando a passagem do ferro fundido pelas frestas até a superfície, produzindo estas estruturas observadas. Muito mais plausível, você não acha??? Aqui na Terra esta pode ser a mesma explicação da grande quantidade de CO2 presente nas emanações vulcânicas durante as erupções. A geração deste CO2 em grandes quantidades acaba levando à ruptura da crosta e ao vulcanismo.
Olá Giancarlo
Concordo contigo. Aliás, a própria equipa da MESSENGER sugere que estas estruturas poderão resultar da expulsão violenta de compostos voláteis aprisionados no interior de Mercúrio.
Relativamente ao trabalho de Herndon, a minha questão não é só o hidrogénio. É todo processo descrito por ele no artigo. Acho-o demasiado rebuscado, tendo em conta o pouco que se sabe acerca da geologia de Mercúrio.
Oi Sérgio, como a própria Navalha de Occan diz: “a explicação mais simples é sempre a preferível”. Coisas muito rebuscadas costumam carecer de bases sustentáveis, vide a teoria dos epiciclos para explicar as órbitas planetárias, ao invés da elipse, figura muito mais simples e, portanto, com realidade física comprovável.
Já tínhamos falado destas depressões aqui: http://www.astropt.org/2011/10/01/messenger-observa-surpreendentes-evidencias-de-actividade-geologica-recente-em-mercurio/. 😉
Author
ahhh pois… não reparei :S