“(…) Na Fossa das Marianas, o local mais profundo dos oceanos, foram encontradas pela primeira vez a dez mil metros de profundidade Xenophyophoreas, animais unicelulares parecidos com amebas mas que medem mais de 10 centímetros de diâmetro.
À volta destas que são as maiores criaturas unicelulares que existem, existia uma série de outras formas de vida que, em grande parte depende delas. (…)
Sabe-se que as Xenophyophoreas são abundantes no fundo do mar, havendo mesmo sítios que estão literalmente forrados com elas. No entanto, não se tinham encontrado até agora a mais de sete mil metros de profundidade. A National Geographic filmou-as a 10 641 metros. (…)
(…) estes seres vivos podem concentrar no seu organismo altos níveis de chumbo, urânio, mercúrio e suportam também uma quantidade muito elevada de metais pesados. Estão perfeitamente adaptados a viver na escuridão, a baixíssimas temperaturas e debaixo de uma pressão que poucos seres vivos podem suportar.
(…) estes organismos podem dar abrigo a um grande número de seres multicelulares. A identificação destas células gigantes nos ambientes marinhos mais profundos da Terra abre novas vias para o estudo da biodiversidade, do potencial biotecnológico e da adaptação a ambientes extremos.”
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