Marte não húmido
Um novo estudo sugere que a superfície de Marte foi mais fria e mais árida no passado, impossibilitando a vida tal como conhecemos. Só durante alguns breves períodos teve condições boas.
A boa notícia é que ao estudar a argila, percebeu-se que sob a superfície do planeta poderão ter existido condições excelentes para a vida durante longos períodos de tempo, com a sempre importante água no estado líquido.
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Carlos Oliveira
Carlos F. Oliveira é astrónomo e educador científico.
Licenciatura em Gestão de Empresas.
Licenciatura em Astronomia, Ficção Científica e Comunicação Científica.
Doutoramento em Educação Científica com especialização em Astrobiologia, na Universidade do Texas.
Foi Research Affiliate-Fellow em Astrobiology Education na Universidade do Texas em Austin, EUA.
Trabalhou no Maryland Science Center, EUA, e no Astronomy Outreach Project, UK.
Recebeu dois prémios da ESA (Agência Espacial Europeia).
Realizou várias entrevistas na comunicação social Portuguesa, Britânica e Americana, e fez inúmeras palestras e actividades nos três países citados.
Criou e leccionou durante vários anos um inovador curso de Astrobiologia na Universidade do Texas, que visou transmitir conhecimento multidisciplinar de astrobiologia e desenvolver o pensamento crítico dos alunos.
1 comentário
Imagens fantásticas, e um estudo a sugerir uma exploração mais metódica e demorada de Marte. A ESA calcula a viagem tripulada para 2040, com mais missões robóticas em fase de definição final para 2017 e 2018. A partida do Mars lab é o arranque da 3ª fase da exploração de Marte. Podemos combinar para daqui a 30 anos debatermos as questões da missão tripulada. O ritmo da exploração espacial vai aumentar, embora o lado visível do vaivém shuttle, um veículo de órbita baixa, termine.
Marte é a próxima escala. É bom saber-se que grande parte das tecnologias empregues na exploração de Marte já estão a trazer grandes benefícios para a óptica em geral e para a imagiologia médica em particular, sobretudo na Imagens de Ressonância Magnética. Hoje em dia o estudo de técnicas e protocolos de MRI implica o estudo de imagens de Marte, para aferição e calibragem dos CCD’s, os micro-processadores, captadores de imagem (de fotões, em pixéis) que imitam por sua vez o sistema digestivo dos mamíferos na sua arquitectura de tratamento dos pacotes das imagens captadas. A Astrofísica está a levar ao mundo dos aparelhos de diagnóstico de saúde a revolução outrora trazida aos computadores. A MRI e a PET (imagens por positrões, ou anti-matéria) são, para já, os grandes beneficiados. :))