Curiosity pronto a partir

O rover Curiosity prepara-se para partir rumo a Marte.
A partida será este sábado, dia 26 de Novembro de 2011.

7 comentários

Passar directamente para o formulário dos comentários,

    • Dinis Ribeiro on 23/11/2011 at 05:24
    • Responder

    Neste link do Idaho National Laboratory, tem um video que dá para ver a dimensão do Rover relativamente aos humanos: http://www.inl.gov/marsrover/

    E uma boa imagem do “Multi-Mission Radioisotope Thermoelectric Generator”: http://www.inl.gov/research/mars-science-laboratory/

    E junto também uma citação deste link: http://www.marsdaily.com/reports/Reliable_nuclear_device_to_heat_power_Mars_Science_Lab_999.html

    NASA chose to use a nuclear power source because solar power alternatives did not meet the full range of the mission’s requirements.

    Only the radioisotope power system allows full-time communication with the rover during its atmospheric entry, descent and landing regardless of the landing site.

    And the nuclear powered rover can go farther, travel to more places, last longer, and power and heat a larger and more capable scientific payload compared to the solar power alternative NASA studied.

    “You can operate with solar panels on Mars, you just can’t operate everywhere,” said Johnson. “This gives you an opportunity to go anywhere you want on the planet, not be limited to the areas that have sunlight and not have to put the rover to sleep at night.”

    Para aprofundar o tema, sugiro:

    1) http://pt.wikipedia.org/wiki/Gerador_termoel%C3%A9trico_de_radiois%C3%B3topos (artigo em Português está ainda relativamente incompleto)

    2) http://en.wikipedia.org/wiki/Radioisotope_thermoelectric_generator (este artigo em Inglês está bastante bom)

  1. Grande Manoel, escreveu um tratado! Muito bom!

    Um fato acontecido no passado, ainda no tempo da Guerra Fria: caiu um satélite da série Kosmos (dos soviéticos), e como era movido a energia nuclear, causou uma certa preocupação no mundo todo. O que lembro é que depois desse evento, e com a repercussão, teria havido uma mudança nos projetos dos geradores de energia dos satélites e de outros artefatos que iriam para o espaço dali em diante, para evitar problemas com contaminação, seja com um problema no lançamento, seja no fim da vida útil. Sinceramente já dos detalhes não lembro, se teria havido ou não um tratado ou decisão própria das duas agências espaciais, por isso minha questão.

    Quando falei em “monstro” foi comparando esse artefato que agora vai para Marte com os dois simpáticos rovers que já estão lá há anos, que são “coisas pequenas”, de 180 kg, aproximadamente, alimentados só com paineis solares e baterias.

    Sim, entendi que a energia solar pode dar conta também desse “grandão”, dependendo dos objetivos e tempo da missão, errei pelo antecipado “obviamente”. Abrs e obrigado!

    • Manel Rosa Martins on 22/11/2011 at 04:16
    • Responder

    Caro Jonas,

    Li agora na página das Nações Unidas o Outer Space Treaty, de que a antiga URSS, actual Federação Russa e os EUA são signatários.

    Pode verificar em

    http://www.oosa.unvienna.org/oosa/SpaceLaw/outerspt.html

    “States shall not place nuclear weapons or other weapons of mass destruction in orbit or on celestial bodies or station them in outer space in any other manner;”

    Pois é um tratado de não proliferação de amas nucleares ou de destruição massiva.

    O espaço é extremamente radioactivo. A nossa atmosfera é que nos protege dessas radiações.

    • Manel Rosa Martins on 22/11/2011 at 03:41
    • Responder

    Olá Jonas, um pequeno SUV não é um monstro e o peso total da curiosity são 900 quilogramas, o similar a um carro bastante pequeno. Como sabemos que a EEI funciona com energia solar (embora seja recolada em atitude orbital pelos motores dos veículos que nela acoplam) e tem centenas de toneladas não há qualquer problema na energia solar reconvertida em energia mecânica fazer deslocar um carro com 800 kg, até se necessário fosse, numa pista, bem depressa. Ou a deslocar uma enorme massa, com um comboio com milhares de toneladas na Bélgica nalguns troços experimentais.

    A questão de ser a energia nuclear (Plutónio, como bem referiu) prende-se com o facto de não haver energia solar, de não haver luz do sol durante grande parte da missão, da necessidade dos instrumentos estarem aquecidos para funcionaram, dando-se muito mal com diferenças de temperatura após serem ligados pela primeira vez e pelas grande distâncias, incluindo a locais com pouca iluminação durante toda a missão.

    Na fase de lançamento até se chegar ao ponto de entrada, no ângulo correcto, na atmosfera de Marte, pois essa é uma questão que pode ser vista com esta analogia: é o mesmo que encestar uma bola de basquetebol atirada da Califórnia para um cesto em Nova Iorque.

    Na fase de exploração de Marte é bom termos a noção que a superfície sólida de Marte é idêntica à da Terra, portanto é bastante grande para uma exploração à nossa escala, a humana, que está bastante reflectida nas dimensões e até no formato da Curiosity (até no nome).

    A questão que infere mas que não colocou da segurança dum motor deste tipo. Pois caso haja um dessastre total no lançamento, a quantidade de plutónio lançado na nossa atmosfera, caso este não ficasse totalmente destruído, é de 4.8 quilogramas de dióxido de plutónio, bastante menos (residual mesmo quando em comparação) do que qualquer submarino ou vaso de guerra a navegar nos Oceanos.

    No entanto, a segurança dos RTG (Radioisotope Thermoelectric Generator) é com a filosofia de “pouco plutónio – muita blindagem” pelo que nos três acidentes ocorridos, com um satélite meteorológico e outro de navegação em 1968 e com o módulo lunar da Apollo 13 no Pacífico, as blindagens dos contentores de dióxido de plutónio funcionaram sem que ocorre qualquer derrame.

    Quanto a tratados bilaterais entre os EUA e a Federação Russa pois não sei que tratados foram firmados e estão em vigor.

    Os RTG’s foram usados 45 vezes pelos EUA sendo o caso mais recente o do lançamento da New Horizons. O dióxido de Plutónio está entretanto a escassear nos EUA, segundo o Cientista Chefe da New Horizons. Relatou que teve que obter centenas de autorizações e que foi alvo de dezenas de inspecções para poder ter luz verde para o lançamento da New Horizons, a missão que decorre ao sistema de Plutão.

  2. Obviamente que paineis solares não seriam suficientes para alimentar de energia tamanho “monstro”, então pelo link que você passou, Manoel, li que a fonte é uma miniusina nuclear com plutônio. Interessante.
    Mas não havia um antigo acordo entre os (então) soviéticos e norte-americanos de não enviar material radioativo para o espaço?

  3. que interessante..
    pena que não esteja um homem na fotografia para sentirmos a escala do ‘brinquedo’
    apetece pegar e levar para as dunas do guincho!

      • Manel Rosa Martins on 22/11/2011 at 02:22
      • Responder

      Olá Ana tem aqui as dimensões do rover curiosity.

      É do tamanho dum pequeno SUV- 10pés x 9 x 7 de comprimento x largura x altura.

      Pela conversão dão 3,048m x 2,7432 m x 2,1336 metros.

      http://marsprogram.jpl.nasa.gov/msl/mission/rover/

      Pelos vídeos vimos que a missão vai perdendo peso e volume à medida que se aproxima e depois aterra em Marte, o foguetão de lançamento é o mais poderoso do mundo, é o Atlas V-541, que tem 58 metros de altura.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado.

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.