Exploração de Marte: retrato de família de todas as missões enviadas ao planeta vermelho
O autor do blog Astrosaur.us Jason Davies criou um bonito poster que junta num mesmo retrato todas as missões enviadas a Marte. Estão incluídas junto a cada representação das sondas as datas de lançamentos e um breve comentário aos respectivos destinos.
Retrato de família de todas as missões enviadas a Marte, incluindo a Curiosity lançada ontem (clicar na imagem para aumentar).
Crédito: Jason Davies.
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Sérgio Paulino
Sérgio Paulino licenciou-se em Análises Clínicas e Saúde Pública e, mais recentemente, em Biologia. Iniciou o seu percurso profissional por algumas áreas do diagnóstico clínico laboratorial, incluindo o diagnóstico de anomalias cromossómicas. Actualmente realiza numa instituição pública o estudo e monitorização de cianobactérias e toxinas associadas em albufeiras portuguesas. Interessa-se por diversas áreas da ciência, mas nutre uma paixão especial pela Astronomia. Tem um fascínio particular pela exploração do Sistema Solar, pela descoberta de outros sistemas planetários, e pela possibilidade de existência de vida extraterrestre.
10 comentários
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Uma ou outra pergunta de quem não percebe nada disto mas gostava de perceber mais:
Qual a razão de não ser tecnicamente possível enviar sondas mais pequenas da Terra para orbitar Marte ou a Lua? Ou seja, engenhos 4 ou 5 vezes mais pequenos, lançados em maior número para se aumentar as hipóteses de sucesso, e mantendo o mesmo orçamento financeiro…
Por exemplo, se quiséssemos lançar uma simples sonda com 3 Kg para o espaço com o simples objectivo de tirar umas fotografias digitais enquanto se afasta do nosso planeta e transmiti-las de volta à Terra, o que seria necessário? Certamente que não seria muito difícil colocar uma máquina fotográfica, um transmissor de rádio e um microPC dentro de um pequeno engenho… Acho que não seria necessário um foguetão gigante com milhares de toneladas de combustível para enviar esse engenho para o espaço… Certo?..
Sei que não deve ser fácil pois não conheço nenhuma experiência deste género, mas de qualquer modo gostava de saber mais sobre este assunto.
Falo nisto porque vivemos num mundo onde todos os gadgets parecem estar a ser miniaturizados e cada vez com mais poder de processamento… Já vi algumas experiências muito interessantes feitas por amadores que conseguem colocar pequenas máquinas fotográficas a altitudes incríveis para fotografar a curvatura da Terra, recorrendo a balões para elevar esses esses engenhos… E conseguem depois recuperá-los com recurso a GPS e obter as fotografias…
Muito obrigado, Paulo
Essas são realmente perguntas interessantes 😉
Eu não sou especialista em engenharia aeroespacial… mas é assim que vejo as respostas:
Nós enviamos coisas mais pequenas para Marte. Por exemplo, o rover Pathfinder, em 1997, era do tamanho de uma caixita pequena. mas agora precisamos de várias outras coisas, tentar encontrar respostas mais profundas (menos superficiais do que só ver se há Marcianos a dizer “olá” por exemplo), daí que é necessário enviar enormes laboratórios autónomos para lá. O Curiosity que enviamos há dias atrás é do tamanho de uma “van” (carro enorme).
As sondas ao redor de Marte são mais pequenas… mas se queremos estudar mais profundamente, precisamos de enviar labs para lá.
Independentemente do tamanho, é necessário sempre vencer a força da gravidade terrestre, e ter força necessária para ir até Marte… por isso, o primeiro “embalo” é essencial.
Se não me engano (já li isto há muito tempo e não tou certo), é preciso ter 14 vezes mais combustível que a massa da nave. E com o combustível, mais massa tem, e assim sucessivamente.
Note também que quando há envio de pequenas sondas para o espaço, normalmente juntam-se outras sondas. São várias sondas que vão fazer coisas diferentes 😉
Logo, isso é uma forma de “poupar”… 😉
Mas sim, certamente que a extrema miniaturização também vai chegar ao espaço… mas para já não se vê objectos do género de iphones a fazer tudo o que os iphones fazem – talvez até por motivos temporais, já que os projectos demoram vários anos a serem planeados e executados e quando chega a hora de os lançar, a tecnologia na Terra entretanto já evoluiu 😉
O progresso tecnológico na Terra por vezes faz com que projectos de décadas pareçam pre-históricos 😉
abraços
Não tinha ideia do número de missões fracassadas, lembrava-me apenas da que erraram os comandos por diferença de cálculo de sistema métrico e a mais recente, a dos russos.
É claro que a confiabilidade dos equipamentos têm aumentando exponencialmente, agora dá para arriscar mais “enviando” 2 bilhões de dólares para Marte e a coisa funcionar.
Quanto será que já foi gasto, por todas missões que chegaram lá, somadas as que não chegaram?
1 dia de guerra no Iraque dá para uma missão a Marte 😉
Tudo junto ainda é muito pouco pró que é gasto inutilmente na Terra 😉
Deixo aqui outro infograma de missões enviadas a Marte:
http://i45.servimg.com/u/f45/13/95/50/73/mars10.jpg
Peço desculpa desde já por colocar aqui esta dúvida mas fiquei curioso após ler este artigo:
http://tecmundo.com.br/astronomia/15663-o-homem-foi-ou-nao-a-lua-.htm
As explicações da NASA são mesmo viáveis? Nunca tinha visto a foto das sombras mas depois de ver realmente é difícil de acreditar.
Author
Olá Tiago,
Fez bem perguntar. Curiosamente, essa é uma questão frequentemente colocada no AstroPT. Aconselho-o a ler o artigo do Carlos Oliveira na revista on-line Boletim Em Órbita:
http://www.astropt.org/2009/07/25/boletim-em-orbita-n-%C2%BA-91-edicao-especial/
Author
Já agora, Tiago. Recomendo-lhe a exploração do registo fotográfico das missões Apollo (http://www.apolloarchive.com/apollo_gallery.html). É impressionante. 🙂
Penso que seria estúpido a NASA partilhar tamanho espólio se as imagens fossem falsas.
Muito obrigado!