Vida desenvolveu-se em reactores nucleares?
Quando pensamos em centrais nucleares, pensamos naquelas que são feitas por humanos (como na imagem), mas existem reactores nucleares naturais, como este na mina Oklo, no Gabão, que terá se ligado há 2 mil milhões de anos e durou 150.000 anos.
É certo que a radiação poderia aniquilar muita da vida que pudesse estar a tentar surgir, mas vida na periferia poderia não só não receber doses mortais, mas até beneficiar com algumas mutações que essa radiação lhe produzisse. Este poderia ser um factor causador de diversidade de vida.
Alguns cientistas até pensam que a vida poderia-se ter originado desta forma, perto de reactores nucleares naturais…
E se começou dessa forma aqui na Terra, quiçá poderá começar noutros lados de forma semelhante…
Podem ler estas interessantes especulações científicas, aqui e aqui.
Related
Carlos Oliveira
Carlos F. Oliveira é astrónomo e educador científico.
Licenciatura em Gestão de Empresas.
Licenciatura em Astronomia, Ficção Científica e Comunicação Científica.
Doutoramento em Educação Científica com especialização em Astrobiologia, na Universidade do Texas.
Foi Research Affiliate-Fellow em Astrobiology Education na Universidade do Texas em Austin, EUA.
Trabalhou no Maryland Science Center, EUA, e no Astronomy Outreach Project, UK.
Recebeu dois prémios da ESA (Agência Espacial Europeia).
Realizou várias entrevistas na comunicação social Portuguesa, Britânica e Americana, e fez inúmeras palestras e actividades nos três países citados.
Criou e leccionou durante vários anos um inovador curso de Astrobiologia na Universidade do Texas, que visou transmitir conhecimento multidisciplinar de astrobiologia e desenvolver o pensamento crítico dos alunos.
2 comentários
Num documentário há muitos anos atrás ouvi esta frase que resume tudo: “Life finds its way!” Se o carbono é imprescindível para que a vida se desenvolva, já o oxigénio é substituído por outros elementos/iões: nitrato, Fe (III), arsenato, sulfato, etc. Que mais surpresas estarão escondidas?
Carlos, parabéns pelo Astro Pt! Nem imagino o trabalho que isto lhe dá e gabo-lhe a paciência para aturar os loucos que por aqui passam!
O bom de acessar o astropt é que sempre se aprende mais, mais, mais,… 😉