NASA precisa de uma limpeza mais eficaz

O rover Curiosity foi enviado para Marte, como puderam ver aqui.
Mas uma das “limpezas” necessárias para protecção planetária – para não contaminar outros ambientes com vida terrestre – não foi feita. As ferramentas para fazer buracos não foram enviadas para essa limpeza final.
Sendo assim, a parte Marciana onde o rover irá estar poderá ser contaminada por material orgânico terrestre.

Se houver lá vida, pode afectar essa vida nativa. Se não houver, não afecta.
Além disso, pode dar falsos positivos: podemos pensar que se está a detectar material orgânico em Marte, e afinal é da Terra.

Leiam aqui, aqui, e aqui.

3 comentários

  1. Manel,

    Mas no carro não corres o risco de encontrar falsos positivos, por exemplo 😉

    Esta missão se encontrar algo “fora do normal”, a 1ª crítica que lhe vão fazer é precisamente isso.
    E mesmo que passe outros testes de “despistagem”, vai ficar sempre a dúvida, científica, de que não houve o cuidado com certas partes da análise como houve com o rover no seu todo 😉

    Certo? 😉

    abraços

    • Manel Rosa Martins on 04/12/2011 at 15:59
    • Responder

    Caro Paulo e leitores,

    Não foi esquecimento, foi um risco assumido através da literatura científica existente e foi devidamente reportado ao Controlo a Missão.

    Fez a descontaminação de Classe 100 e não fez a descontaminação de classe 1000.

    Não há perigo de replicação mas há uma possibilidade ínfima de um organismo sobreviver menos de 7 dias na superfície de Marte.

    Uma boa analogia, é atá mais do que um outro exemplo do mesmo fenómeno, é o carro que compramos novo e “cheira a novo.”

    Isto deve-se às moléculas que são de origem orgânica e que constituem os materiais. O “cheiro a novo” que sentimos são essas moléculas a libertarem-se.

    Teria sido preferível descontaminar com nível 1000?

    É possível, mas numa Missão há, para cada passo, Protocolos e Critérios.

    Nenhum destes protocolos foi ignorado ou esquecido, foi uma opção que, como todas as opções, comporta um risco. Esse risco foi avaliado e considerado muito abaixo da exigência do Protocolo.

    Convém desde já esclarecer que não houve incúria, esquecimento ou desprezo por protocolos.

    Fonte: Astrobiólogo Inge ten Kate,que trabalha na Missão MSL no centro Goddard.

  2. Que esquecimento desastroso! E quem foi o responsável? O Silva da “esterilização”…
    Se der falsos positivos, já tem uma justificação!

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