Estrela Vampira Revela os Seus Segredos

Astrónomos obtiveram as melhores imagens de sempre de uma estrela que perdeu a maior parte da sua matéria devido a uma companheira vampira. Ao combinar a luz captada por quatro telescópios instalados no Observatório do Paranal do ESO, os astrónomos criaram um telescópio virtual de 130 metros de diâmetro, capaz de observar com uma nitidez 50 vezes superior ao Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA. Surpreendentemente, os novos resultados mostram que a transferência de matéria de uma estrela para a outra neste sistema duplo é mais suave do que o que seria de esperar.

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Os astrónomos observaram o invulgar sistema SS Leporis na constelação da Lebre, que contém duas estrelas que orbitam em torno uma da outra em 260 dias. As estrelas estão separadas de uma distância apenas um pouco maior do que a distância entre o Sol e a Terra, sendo que a maior e mais fria das duas estrelas se estende até um quarto desta distância – o que corresponde mais ou menos à órbita de Mercúrio. Devido a esta proximidade, a estrela mais quente já canibalizou cerca de metade da massa da estrela maior.

“Sabíamos que esta estrela dupla era invulgar e que material estava a fluir de uma estrela para a outra,” diz o co-autor Henri Boffin, do ESO. “O que descobrimos no entanto, foi que o modo como a transferência de massa se processa é completamente diferente do previsto por modelos anteriores. A “mordedura” da estrela vampira é muito mais suave mas altamente eficaz.”

As novas observações são suficientemente nítidas para vermos que a estrela gigante é mais pequena do que o que se pensava anteriormente, o que torna mais difícil explicar como é que a gigante vermelha perdeu massa para a sua companheira. Os astrónomos pensam agora que, em vez de fluir de uma estrela para a outra, a matéria deve ser expelida pela estrela gigante sob a forma de um vento estelar e capturada deste modo pela companheira mais quente.

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Podem ler o artigo completo, na página do ESO.

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