A Cassini assistiu na semana passada a uma fenomenal sequência de trânsitos envolvendo quatro das cinco maiores luas de Saturno. Durante a actual fase equatorial da missão, a Cassini beneficia de uma posição privilegiada para observar as luas mais interiores do sistema sem a interferência dos anéis. No entanto, é relativamente raro alinharem-se duas ou mais luas no seu campo de visão, pelo que os cinco trânsitos registados na semana passada foram um verdadeiro festim.
Deixo-vos aqui quatro composições em cores naturais e uma animação, cada uma a retratar um dos cinco eventos.
Dione e Reia vistos pela Cassini a 07 de Dezembro de 2011. Reia encontrava-se a 1,67 milhões de quilómetros. Dione estava mais distante, a 1,95 milhões de quilómetros. Reia exibe nesta imagem a grande cratera Tirawa (a norte), enquanto que na superfície de Dione são visíveis, de sul para norte, a grande bacia de impacto Evander e as três crateras Erulus, Lagus e Sagalis.
Crédito: NASA/JPL/Space Science Institute/composição a cores de Sérgio Paulino.
Dione pouco antes de realizar um trânsito sobre a face de Titã. Imagem obtida pela sonda Cassini a 07 de Dezembro de 2011. Dione encontrava-se a 1,61 milhões de quilómetros, enquanto que Titã encontrava-se quase ao dobro da distância.
Crédito: NASA/JPL/Space Science Institute/composição a cores de Sérgio Paulino.
Tétis passando entre os anéis de Saturno e a sua maior lua, Titã. Imagem obtida pela sonda Cassini a 08 de Dezembro de 2011. Tétis encontrava-se a 2,19 milhões de quilómetros, enquanto que Titã pousava mais distante, a cerca de 3,14 milhões de quilómetros.
Crédito: NASA/JPL/Space Science Institute/composição a cores de Sérgio Paulino.
Tétis passando acima do hemisfério norte de Titã. Animação composta por 25 imagens obtidas a 10 de Dezembro de 2011. Destaca-se na superfície de Tétis a grande bacia de impacto Odysseus.
Crédito: NASA/JPL/Space Science Institute/animação de Sérgio Paulino.
Reia pairando sobre o hemisfério norte de Titã. Imagem obtida a 10 de Dezembro de 2011. Nesta imagem, Reia encontrava-se muito mais próxima da sonda Cassini que a lua Titã.
Crédito: NASA/JPL/Space Science Institute/composição a cores de Sérgio Paulino.
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