Este é um post sobre trolls, uma recapitulação dos erros que cometi em relação ao fenómeno e do que fui aprendendo ao longo destes anos, e o que devemos fazer quando somos confrontados com a sua presença provocadora e mal cheirosa.
A maioria das pessoas defende uma solução racional que consiste em ignorá-lo («Não alimentes o troll»). Eu defendo uma solução muito mais radical e saudável: censurá-lo.
Quem tem um blogue com comentários abertos terá, mais tarde ou mais cedo, de lidar com um troll.
Para quem chegou agora de Marte, um troll pode ser definido como um anónimo que intervém para gerar confusão, atacar o autor do blogue e outros comentadores, ou manifestar discordância num tom duro, brejeiro, ordinário e mal educado, numa palavra: inconveniente.
É possível definir o troll como uma bombinha de mau cheiro da Internet.
Ou alguém que pensa sempre antes de comentar, como o cavalheiro aqui em baixo.
O típico troll sofre de uma maleita que um web-psicanalista poderia definir como psicose das maiúsculas.
Esta psicose caracteriza-se pela insistência em escrever o seu comentário com o caps lock do teclado ligado. É uma variante de troll que eu chamarei de caps lôcku dos cornos.
Não se sabe o que motiva o caps lôcku dos cornos a escrever sempre em maiúsculas, mas é possível estabelecer uma relação entre o crescimento do pénis, tantas vezes prometido pelos spammers, e o uso de letras grandes.
Se um spammer decidir criar produtos para o troll, é possível que lance uma frase do género «aumente a dimensão das suas ideias com o nosso teclado exclusivamente caps lock!»
Tanto se disseminou este termo que hoje em dia até um caps lôcku dos cornos é capaz de identificar a palavra troll como qualquer coisa pejorativa que tem a ver com ele de certeza absoluta – tal identificação provocará intensos sentimentos de injustiça que o farão martelar as teclas como se fossem nádegas mal comportadas da Jo Lopez.
(Está aqui em cima, não sei se conhecem)
(muito prazer)
Se até o troll sabe o que significa a palavra troll, estamos perante um problema generalizado.
Como lidar com o idiota? Esta é uma falsa questão. Antes de saber como lidar com um troll, deves primeiro aprender a lidar contigo próprio.
Sigmund Troll
Toda a gente que escreve para outras pessoas está preparada para a eventualidade de um comentador ou visitante não concordar com uma ideia exposta ou corrigir uma determinada informação – se a intervenção for correcta, plausível e bem intencionada, nada podemos fazer exceto aceitar pacificamente e com espírito democrático que também cometemos erros, não somos infalíveis e os outros podem ter razão. Há uma palavra gira que resume o que estou a dizer: maturidade.
De resto, não são os elogios e as palmadinhas nas costas que nos fazem crescer como bloggers, são as críticas; e não conheço nenhum exemplo de crítica certeira que não seja um bocadinho dolorosa para o criticado – tudo isto faz parte da vida, crescer implica sempre alguma dose de sofrimento. Finalmente, tudo se resume a uma conta de somar cujo resultado podemos sempre virar a nosso favor: crescimento+sofrimento+aprendizagem = experiência.
A ação de um troll é essencialmente psicológica: o ataque visa gerar uma reação. Para se assegurar de que esta é inevitável, são lançadas observações belicistas que colocam em causa a personalidade, o carácter, a coerência e consistência do autor.
É na correta reação a este ataque e na forma como lidamos com o que o ataque nos faz sentir que reside a melhor solução para lidar com um troll. É por isso que a reação mais aconselhada nestes casos é resumida pela velha expressão: «Don’t feed the troll», Não alimentes o troll.
Eu não concordo com esta abordagem, mas reconheço que é uma frase simples e sábia. Simples porque comunica a ideia de forma clara e direta; sábia porque assume, muito corretamente, que o verdadeiro objetivo do troll é desviar o foco da atenção do blogger para si próprio; privando-o disso, estamos a causar-lhe um sentimento de frustração que jamais admitirá sob outra forma que não seja lançando ainda mais insultos ou ataques. Finalmente, acabará por desaparecer, aborrecido e ainda mais frustrado, por não ter conseguido ser o centro das atenções.
Se achas que tudo isto faz sentido e que a máxima «Não alimentes o troll» deve ser seguida em todas as circunstâncias, é preciso fortaleceres-te psicologicamente.
Sempre que te sentires revoltado com o ataque de um troll, tem em conta o seguinte: quanto mais revolta e raiva sentires, mais necessidade tens de te manter longe do teclado. Enquanto te manténs longe e apanhas ar, considera esta questão: sabendo que o objetivo do troll é provocar a tua raiva, angústia, seja o que for, por que razão te deixarás manipular respondendo-lhe?
Mas é difícil resistir à tentação de responder: se imaginarmos um blogue como a nossa peça de roupa preferida, então o troll é o cabrãozinho que coloca as patas gordurentas e invejosas no tecido só para te deixar lá uma nódoa. E essa é uma nódoa que não podes remover: o post pode ir parar às catacumbas dos arquivos e ser esquecido pelos teus leitores e visitantes, mas tu sabes que em determinado dia a tua imagem foi posta em cheque. Tu sabes que o Google sabe.
Manter um blogue é manter uma presença, criar uma reputação. Certos domínios da nossa personalidade pertencem à vida privada, mas quando abrimos um blogue queremos colocar nele o que de melhor encontramos em nós próprios e até nos outros, quando os homenageamos com um link. Não queremos nódoas na nossa presença, sobretudo quando não fizemos nada para as merecer.
E mesmo se conseguirmos engolir o insulto do idiota, não podes garantir que um leitor ou visitante consiga resistir à tentação e não responda por ti, arrastando mais gente para a batalha com o monstro das bolachas. Nesse caso, todo o teu esforço de contenção terá ido por água abaixo: o troll continua a ter a atenção que desejava.
O troll precisa de um escape, tadinho
Que fazer, então? É muito simples: bloqueias o comentário. Não o deixas passar, nunca. Não dás qualquer hipótese ao troll de usar o teu blogue para se manifestar publicamente.
Claro que poderás questionar: se essa solução é tão boa, por que razão não há mais gente a aplicá-la? A resposta também é simples: por causa da nossa consciência democrática.
Experimentem barrar um troll – eu sei do que estou a falar, porque já barrei dúzias deles – e a primeira reação que terá é acusar-vos de censura e fazer-se de vítima oprimida do regime ditatorial e fascista que impões no teu blogue.
Censura é uma palavra muito forte para qualquer povo cuja memória coletiva está marcada por tempos de ditadura durante os quais não existia liberdade para expressar opiniões. Uma acusação dessas é terrível de se ouvir, pois coloca em causa princípios sagrados que provavelmente somos os primeiros a defender para o nosso blogue.
Se aceitamos como válida uma acusação de censura feita por um troll, estamos a admitir uma inconsistência grave, a de que as nossas atitudes não estão de acordo com o que defendemos em teoria. Perante este dilema moral, muitos bloggers, sobretudo os que têm blogues de política, optam por não varrer o lixo, só para evitar esse tipo de conotações.
Mas isto é uma grande treta. Quando um troll vos acusa de «censura», está apenas a usar uma variação do comportamento anterior, isto é, está a manipular-vos.
A adrenalina do troll é o escândalo
Nada como uma analogia para colocar o troll no seu devido lugar. Se vocês tiverem diversos convidados em casa, aceitarão uma discussão com pontos de vista diferentes mas com certeza não aceitarão que um convidado seja malcriado, ordinário ou cuspa no chão da sala.
A atitude queixinhas de um troll barrado é o equivalente a dizer: «Não me deixas mandar uma escarreta na carpete da tua sala? Escândalo! Estou a ser censurado!»
Não te preocupes: a tua consciência democrática mantém-se intacta e não é por censurares trolls que será afetada.
Se optares por uma solução destas, poderás até criar um «disclaimer» com algumas regras de conduta para quem comenta – todos, incluindo o troll, saberão que não poderão violar essas regras ou serão barrados.
E assim farás do teu blogue um sítio limpo, arejado, frequentado por pessoas que sabem pensar pela própria cabeça, podem até discordar ou corrigir-te, mas sempre de uma forma saudável e correta.
Não há nada melhor do que um ambiente onde as pessoas sintam que podem falar livremente sem estar sujeitos aos idiotas de serviço – por isso, o que o troll chama «censura», eu chamo defender a liberdade de todos os que mantém uma postura correta.
34 comentários
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Passar directamente para o formulário dos comentários,
Artigo excelente sobre isto:
http://scienceornot.net/2014/05/20/ostensible-oppression-of-opposing-opinions-claims-of-rights-violated/
Senhores, não me confundi quanto a autoria do comentario, esta tudo bem, sério! Como já disse respeito o Carlos, já conheço sua personalidade, mas sempre o procuro quando tenho dúvidas. Como ele mesmo disse, muitas vezes é difícil não se deixar enganar por alguns posts que se utilizam de teorias sérias e fidedignas e no meio do caminho deturpam tudo com achismos ou teorias estapafurdias criadas por vigaristas ou alucinados. Novamente como o Carlos já explicitou, temos que estar atentos e dispostos a navegar de lá pra ca para encontrar as invencionisses no meio de teorias sérias. Quanto a editar o comentário e retirar meu nome não precisam se dar o trabalho. Não ligo. Mas de qualquer maneira obrigado por não me classificarem como Troll. Quanto ao comentário sobre a crença em Deus não me importo de confessar que apesar da minha doutrina católica não tenho nenhuma fé ou apego ao cristianismo. Acredito em Deus sim, porém de uma maneira diferente, acredito que existe uma consciência superior que está presente em todo o universo e principalmente em nós, que com isso nos dá a capacidade de moldar nossa vida e futuro de acordo com nossas vontades e desejos, sem julgamentos. Já tive diversas provas disso. Como projetista de máquinas e aventureiro inconsequente aprendi a transformar idéias e pensamentos em matéria ou situações. Aprendi e aplico diariamente que tudo que desejo e idealizo para minha vida acaba se concretizando cedo ou tarde. Tenho certeza que serei motivo de críticas mas confesso que já tive contato com algo que acredito ser Deus de uma maneira que até mesmo eu me questiono se não foi alucinação. Porém como nunca sofri deste disturbio, sou induzido a crer, mesmo com minha própria incredulidade, que aqueles breves momentos foram realmente a percepção e comunicação com algo muito superior e poderoso, uma consciência que se expressa através do mundo ao nosso redor, aves, plantas, nuvens, etc, basta estar aberto a isso no momento.
Porém para que o Carlos fique tranquilo, afirmo que não sou um pseudo, não acredito em fim do mundo ou professias sobre 2012, talvez alguns pontos sobre conspirações, mas nada que influencie minha vida ou pessoas ao meu redor.
Sem mais parabenizo a todos deste blog pelos ótimos posts disponíveis diariamente.
Gostaria de questionar se a culpa de todo esse alvoroço sobre fim do mundo não seria em grande parte consequência da mídia, como exemplo Discovery ou até mesmo o crsitianismo que pregam apocalipse, castigos e punições àqueles que não seguem suas regras. Os pseudos só acabam intensificando um temor já imposto em nossas vidas desde pequenos. Acredito que alguns, como exemplo a Ravena, tão conhecida nestas bandas, realmente acreditam no que pregam e estão procurando ajudar. Sem falar que mesmo que tenham induzido pessoas ao suícidio ou afins, não chegam nem perto das matanças e carnificinas induzidas por cristãos, muçulmanos, militares, ditadores, etc. Podem me contestar se estiver falando besteira.
Um grande abraço
Temos um troll de estimação 😉
http://www.astropt.org/2011/12/19/piramide-maia/comment-page-1/#comment-50491
É o Rodrigo Morais, que tem provado que a burrice dos pseudos não tem limites…
LOLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL 😀
Ephram, pois sou 🙂
E sim, percebo muito bem essa lógica.
Que complicadinho que és Marco 😛
Eu também tenho um blog, e trato do assunto da mesma maneira que tu, mas com uma lógica diferente. A política da casa é algo do género: Isto é um blog pessoal, não é uma democracia. Aqui quem manda sou eu, o blog é meu, e os visitantes são convidados muito bem vindos. Mas quem não se comporta, não tem direito a mandar bitaites.
Se é anti democrático? Provavelmente. Mas nada me obriga a ser democrático em minha casa.
Olá Carlos, lá vamos nós de novo.
Antes de mais nada gostaria de parabeniza-lo pelo post “Ciência-vs-Pseudociencia” do dia 15/12. Seus comentários também foram ótimos, você conteve sua revolta pelos pseudos que costumeiramente transbordam de seus textos, também não ofende ou ataca ninguém e não transmite a prepotência ou arrogância que geralmente se percebe em seus argumentos. Foi excelente e mostra uma postura bem diferente da sua parte. Novamente parabéns!
Agora voltemos ao assunto acima.
Ponto 7 – eu falei que vc interpretou erroneamente meu comentário e vc diz que não!
Vejamos:
EU: “…E o que me diz das situações em que uma descoberta cientifica esclarece e comprova fenomenos que até então eram tidos como sobrenaturais ou alucinações?…”
* Repare que estou defendendo a ciência.
CARLOS: “…Quais os fenómenos sobrenaturais que levaram a descobertas científicas?…”
Onde afirmei que fenômenos paranormais levaram a descobertas científicas? So vc viu isso, ou não? Afirmei sim que a ciência por diversas vezes esclareceu fenômenos supostamente paranormais. Leia novamente com atenção.
Onde também fiz qualquer afirmação sobre Elenin? Pelo contrário, relatei o que andava se discutindo na Net sobre alinhamentos planetários, terremotos e a teoria desse Mensur e imediatamente solicitei sua opinião. Onde “afirmei” algo sobre Elenin ou Mensur?
Quanto aos exemplos que dei sobre Bruno e Galileu você mesmo afirmou:
“3 – Ambos os casos que deu são MENTIRA.
São mitos muitas vezes divulgados, mas são MENTIRA.”
Ou seja, apenas relatei o que “muitas vezes se divulga” e se ensina sobre estas pessoas. Dei até links com publicações a respeito. Na sequência vc foi ótimo em esclarecer os fatos e como se pode ver nos comentários eu nem questionei, acreditei em vc e fiquei p… da vida por ser enganado por publicações supostamente sérias. Estou mentindo?
Acredito que meu único comportamento trolleniano ( inventei isso agora), ou rude, foi quando disse não respeitar mais seu trabalho, porém no comentário seguinte assumi minha grosseria e lhe pedi desculpas, ou não?
Resumindo: em nenhum momento fiz afirmações, em nenhum momento falei sobre Elenin, em nenhum momento afirmei que fenomenos sobrenaturais levaram a descobertas ciêntificas, vc que entendeu isso, em nenhum momento afirmei que a ciência é intolerante, falei sim que vc é intolerante. Esta tudo registrado é só conferir.
Por fim ainda deixei claro que apesar de tudo eu ainda gostaria de continuar lhe consultando se vc não se importasse. Como vc mesmo relatou acima existem outros 12 comentários meus completamente corretos.
Carlão, acompanho este blog todos os dias e adoro.
Vc já me ensinou muita coisa, obrigado!
Esqueçamos as divergências e sigamos em frente.
Fui…
1 – Esse post não foi escrito por mim, e você sabe-o, mas está-se a fazer passar por engraçado…
http://www.astropt.org/2011/12/15/ciencia-vs-pseudociencia/
2 – Já o tenho dito por várias vezes neste blog que a minha personalidade é similar à de T. H. Huxley, o buldogue de Darwin, que defendia com unhas e dentes e violentamente as ideias científicas, neste caso de Darwin.
Sem ele, Darwin não seria a “estrela” que é hoje.
Se alguém não gosta deste tipo de personalidade tem bom remédio: não se atravesse à frente.
3 – Não existem fenómenos paranormais. Não está comprovada a sua existência.
4 – Estas foram as suas palavras:
“Item 3 – Procure por Giordano Bruno que em 1600 foi queimado vivo por defender a teoria do heliocentrismo de Copérnico. Alias Galileu só não sofreu o mesmo destino por ter se retratado junto a igreja.
Portanto me parece que vc não tem lido bons livros de história ou então como se referiu a mim você é que esta mentindo.”
Não perguntou. Não quiz saber mais. Não quiz aprender com quem sabe mais desses assuntos.
O Alexandre resolveu com arrogância e sobranceria, AFIRMAR algo sobre Galileu e Bruno que é mentira, como se soubesse mais do que a pessoa com quem está a dialogar.
As suas palavras sobre a Terra Plana foram exactamente a mesma coisa. Com arrogância e sobranceria lembrou-se de dizer mentiras sobre a história da ciência.
“a história nos mostra que em diversas ocasiões a teoria vigente da epóca e tida como verdadeira e absoluta foi contestada e reformulada por homens tidos como loucos, hereges, bruxos e por aí vai. Lembra-se de quando a Terra era chata como uma pizza e não redonda? Lembra-se que o maluco que ousou dizer o contrário quase foi executado?”
Isto é mentira.
Eu não tenho culpa que o Alexandre se tenha mostrado dessa forma.
5 – Tem toda a razão. Eu sou intolerante para com a intolerância.
E parece-me um comportamento deveras intolerante entrar-se por um local de conhecimento cheio de certezas, sendo essas certezas totalmente contrárias ao conhecimento dos assuntos.
Eu comparo o seu comportamento que referi nos pontos anteriores, a alguém entrar por um hospital dentro a afirmar que o sangue é verde.
Não será mais inteligente entrar nesses locais com dúvidas que possam ser respondidas (ou não) por quem tem conhecimento desses assuntos específicos?
Mas pronto, isto é a forma como eu vejo os assuntos dos quais não sei. Mas posso estar enganado.
Novamente lhe digo uma frase que já repeti não sei quantas vezes:
“Se o Alexandre quiser fazer perguntas porque não sabe, posso perder o meu tempo para lhe dar conhecimento gratuito.
Se o Alexandre quiser fazer afirmações completamente disparatadas como se tivesse alguma razão no que diz… então não vou perder mais tempo consigo.”
Penso que mais claro que isto, não conseguiria ser.
Mais, as pessoas não precisam entrar aqui para fazer perguntas.
Podem simplesmente divagar… logo que seja dentro daquilo que não saia da verdade.
Exemplo:
http://www.astropt.org/2010/04/24/sera-que-vivemos-dentro-de-um-buraco-negro-de-outro-universo/
Não faltam divagações nos comentários… e perguntas minhas, próprias de quem nem sabe bem do que está a falar, porque o tema é complexo.
Mas se alguém lá entrar cheio de certezas que buracos negros não existem ou que são unicórnios escondidos… obviamente que aí deixa de ser especulação para se entrar na área da falsidade.
abraços
P.S.: se quiser, eu edito o meu comentário anterior, retirando-o como troll… porque o resto dos seus comentários provam que não o é 😉
Alexandre,
Quem escreveu o artigo “Ciência vs. Pseudociência” fui eu, Cavalcanti, leitor do AstroPT.
Esse post foi originado de um comentário de quem vos escreve neste exato momento num outro artigo e, a partir da ideia do Marco Santos e da Ana Guerreiro, foi sugerido um “guest-post” neste sítio pelo Carlos Oliveira.
Acredito eu que, como se trata de um “guest-post” e não de um post, o Carlos coloca seu próprio nome ao final do artigo – podendo ter gerado alguma “confusão” de sua parte, Alexandre. 😉
Abraços.
Já agora, Alexandre, muito provavelmente, não veremos nos artigos do Carlos, frases ou expressões com traços de religiosidade:
” (…) Foi dito que seu excelente livro “O Mundo Assombrado pelos Demônios” era a bíblia dos céticos. Erraram na afirmativa. Para mim, pelo menos, primeiro vem o Novo Testamento da Bíblia Sagrada Católica.”
Se percebestes bem, não existe ironia na frase acima – portanto, trata-se de um católico a escrever.
O Carlos, pelo que já percebi em nossas discussões anteriores, não acredita em um Deus-Criador – e não sei se o mesmo, de modo particular, faz uma alusão ao Universo como sendo o próprio “Deus” (alusão esta mostrada, nas entrelinhas, no livro “O Segredo”). Pode ser que sim, pode ser que não 😉
Está explícito no seu post a autoria do mesmo:
“Guest-Post de Cavalcanti – ” e a seguir tem a dizer o que faz o Cavalcanti.
abraços
P.S.: quanto às minhas crenças pessoais, só a mim dizem respeito ;). Eu nem das minhas crenças científicas falo, quanto mais das religiosas 😛
“quanto às minhas crenças pessoais, só a mim dizem respeito 😉 . Eu nem das minhas crenças científicas falo (…)”
SIm, esperamos a festa da cerveja 😉
Tornar-se-á reveladora… 😛
(bazinga!)
Abraços 😀
“Está explícito no seu post a autoria do mesmo:
“Guest-Post de Cavalcanti – ” e a seguir tem a dizer o que faz o Cavalcanti.”
Note que eu não estou a reinvidicar. Como o Carlos explicou bem, lá está a autoria pra aqueles que leram bem e não somente o título para depois começar a trollagem aqui no AstroPT 😉
Inseri o comentário partindo-se do pressuposto de que o Alexandre estaria pensando que o Carlos pudesse, a princípio, ter usado algum pseudônimo para escrever tal artigo…
É uma chatice, mas vai ter de ser: testamento!
Há abjeções que eu não posso deixar passar em claro. Uma coisa é um troll acusar-me de censura porque me quer deixar desconfortável ao facto de ter decidido varrer o lixo que deixou no MEU blogue; outra são pessoas por quem tenho consideração e respeito não conseguirem perceber que a minha intenção não é defender a censura per se.
Aceito perfeitamente que um título «Eu defendo a censura» seja abjecto.
O que eu não aceito é que um título «Eu defendo a censura do troll» seja tratado como se tivesse o mesmo significado. Não tem – e o post fala por si, escuso de me repetir.
Existe um acordo tácito entre mim e um dos coordenadores do AstroPT, o Carlos Oliveira. O acordo é o seguinte: o AstroPT pode usar os textos do Bitaites que desejar sem sequer me pedir autorização.
O Carlos decidiu-se por este – eu compreendo e aceito as suas razões. Até me sinto lisonjeado.
Se fosse eu a escolher, nunca o teria colocado aqui.
Não é por o considerar mau ou porque tenha alguma coisa a retirar.
É porque o AstroPT é um blogue coletivo com ambições de se tornar uma entidade, uma presença online que está para além da personalidade dos seus colaboradores. Como os jornais, que têm uma determinada linha editorial. Está a meio caminho: tornar-se-á um portal, perderá parte da espontaneidade mas ganhará em profissionalismo. É uma transição normal.
Tendo esta vocação, a personalidade dos que aqui escrevem não pode sobrepor-se à personalidade colectiva ou institucional que os coordenadores decidirem ter no AstroPT. Podem não ter ainda pensado no assunto, mas garanto-vos que se quiserem dar o passo em frente não podem ser apenas o resultado da soma dos seus colaboradores. Para isso existem os blogues colectivos, onde tudo é colocado ao granel.
Enquanto forem larachas, está tudo bem; se nos atiramos de cabeça ao domínio das ideias e de posições mais subjetivas, já estamos a pisar terreno mais escorregadio. A personalidade e formação do Carlos pode ter-se identificado mais com a minha abordagem; a personalidade e formação do Manel levaram-no a repudiá-la.
Penso que estão a perceber o que eu quero dizer.
Embora tenha um co-autor que é formidável e convidados também formidáveis, o Bitaites é o típico blogue pessoal cuja personalidade é a do seu fundador e autor. Eu dou a cara pelo que escrevo e, tal como vocês, não escondo quem sou e o que faço – e isso é suficiente. Só me comprometo a mim próprio.
Um texto destes faz todo o sentido no Bitaites porque o estilo faz parte da própria personalidade e estilo do blogue. No AstroPT pode criar alguns anti-corpos. Por alguma razão o meu projeto é o Bitaites e o meu «segundo clube» é o AstroPT.
De futuro talvez seja melhor correr menos riscos.
Notem que tudo isto que eu estou a dizer é dito com toda a serenidade. Se estivéssemos numa esplanada a discutir este assunto, estaria a falar com o Manel ou qualquer pessoa que concorde com ele com a maior das amabilidades.
Mas eu defender a censura é que não, ok?
O post é sobre a «censura dos trolls».
Sinceramente, eu acho bem, este post aqui.
O que tenho dito por várias vezes em comentários, está neste post.
E fica muito melhor em post, do que andar a dizer 20 vezes que nós damos conhecimento às pessoas, e que não temos tempo para perder com quem decide pura e simplesmente avacalhar o local. 😉
Mas aceito opiniões contrárias, claro.
Mas sinceramente penso que neste caso o Manel não percebeu que “censura” não é realmente a “censura” de que se fala popularmente. Foi a impressão com que fiquei. Que foi simplesmente um mal-entendido.
abraços
Manel, em relação ao critério… é muito simples: respeitinho é muito bonito.
Manel, a minha consciência democrática está bem e recomenda-se. Sou um filho do 25 de Abril.
A minha formação é de esquerda – sempre foi e sempre será. Não é fácil definir o que é ser de esquerda no mundo atual nem é este o espaço ideal para um debate deste tipo, creio. Mas posso dizer que por esquerda significa ser alguém que prefere a solidariedade à caridade. Isto é só um começo de conversa, mas fico-me por aqui. Este é um espaço de Ciência.
Ser tudo isso não significa ter medo das palavras.
Eu não defendo a censura que tu repudias. Eu viro uma acusação demagógica e manipuladora de censura contra os próprios acusadores. E continuarei a dizer a esses trolls que me acusaram de censura que sim, estou a censurá-los. Já lá vai o tempo em que me deixava manipular em nome do politicamente correto.
Tenho mais um motivo, subjectivo, emocional e histórico.
É o título deste Post.
Começo a ler “Eu defendo a censura….”
E já nem quero ler mais deste título, rejeito-o por me ser abjecto.
Não é por isso que deixe de ler o post na integra e com toda a serenidade, que aliás mantenho neste comentário emocional. Não há aqui qualquer assunto que não seja, e isso é objectivo, o título, a frase que está citada.
Manel, lê lá o post sobre o que é a censura na asserção do Marco.
Supõe que tens um filho que não tem educação, e que chega a uma museu (local de conhecimento) e começa a escarrar para o chão, e a dizer que os responsáveis do Museu são X e Y que não sabem nada daquilo e que ele é que era o maior.
O objectivo do teu filho é claramente criar “peixeiradas” e não deixar que ninguém aprenda sossegadamente naquele local de conhecimento.
Tens o resto das pessoas que estão a visitar o Museu e que querem calma para apreciar todo o conhecimento que lá consta.
Vêm os seguranças do Museu e dizem ao teu filho que não pode ser assim, que ele não se pode comportar dessa forma num local público, que até é um local grátis de conhecimento.
Será que os seguranças estão a censurar o teu filho?
Será que a liberdade de expressão dele abrange fazer o que quer onde quer sem quaisquer consequências para os seus actos? Não me parece, e também não me parece que tu entendesses isso como uma forma de censura… mas sim de ensino de respeito e boa educação quando se está na casa dos outros. 😉
Essa é a “censura” a que o Marco se referiu 😉
Quem pretende somente armar confusões e peixeiradas, depois vai-se queixar que foi censurado. Daí a palavra censura – que é do que eles se queixam.
Mas quem vê “de fora”, percebe que é tudo uma questão de falta de respeito e falta de bom senso da parte dos trolls 😉
abraço 😉
Marco, estás a advogr uma tese e eu outra, nada mais.
Também considero esta tua tese, passe a palavra, erróneo na questão dos valores fundamentais da Democracia. Péricles disse que a Democracia é para ser exigente, não disse que era para ser fácil e o desconforto intelectual e emocional não é razão suficiente para, à priori, censurar qualquer comentário, salvo os casos que referi.
Qual é o critério que vais adoptar para ser um comentário troll? Como sabes que não é alguém a citar, vítima dum troll ou dum ambiente socio-cultural troll e apenas a perguntar de forma desastrada isto ou aquilo. É um caso em que esse “regulamento” falha.
É precismanete aí que a tua proposta falha, no meio-terreno.
E é exctamnete aí Carlos que não há nem estou a fazer comparações. Uma coisa são as vítimas da vigarice que é praticada e que aqui é denunciada à luz das Ciências.
Retnnho esse ponto de comparação e toda a proposta por não convicentes.
Até tem o condão de mostar uma divergência de Valores onde os leitores podem verificar a ausência de ataques pessoais, de insultos ou até somente dum tom menos cordial.:))
Abraço ao dois, tenho que este debate é muito válido, muito actual e pertinente.
Olá Manel,
Os critérios passam um bocado por aquilo que exemplifiquei em cima, com situações concretas, do que é o comportamento troll.
O exemplo que tu deste não foi de alguém troll. Foi sim de alguém que entrou aqui em busca de conhecimento, perguntou e teve respostas.
abraços
P.S.: só de ontem para hoje censurei mais de 10 comentários que considerei como sendo troll. Não há qualquer intenção de aprenderem, mas simplesmente o intuito de afirmarem idiotices pelo prazer de promoverem as suas próprias crenças. O objectivo é claro de provocarem “guerras”. Daí que não têm qualquer respeito por quem lhes dá conhecimento. E por isso esses autores passaram a ir direitinhos para SPAM, porque nem eu nem tu nem ninguém do astroPT tem como emprego perder tempo com trolls (o que seria um trabalho infrutífero, porque eles não estão interessados em conhecimento ou em explicações racionais).
Eu tb percebo o teu ponto de vista, mas há trolls e há trolls. Há os que podem aprender e há os que não podem. E infelizmente ninguém aqui pode passar o dia inteiro a responder a todos, argumentar, contra argumentar e etc – pura e simplesmente pq fora daqui temos vidas, trabalhos que pagam as contas e tempo a ser preenchido com quem realmente quer aprender, não com idiotas que não merecem abrir a boca. 😛
Eu tb defendo a censura, mas com um meio termo. Se alguém vem para aqui somente insultar, como já me fez aqui uma certa pessoa, é natural que, se o espaço fosse meu, eu censurasse de imediato esse tipo de intervenções totalmente feias, ignorantes, idiotas, destrambelhadas, e que só nos fazem perder tempo e paciência.
Sou mais pelo nem tanto ao mar nem tanto à terra.
Democracia, sim, mas há limites. Quem os passa, tem de sofrer as consequências da sua falta de chá. A democracia é grande mas exige trabalho dos dois lados. Qd um dos lados não a respeita, o outro faz o quê? dá a cara? perde tempo? atura gente má, fraca, revoltante, arrogante, ignorante, que só quer insultar e trollar? e quem é que nos paga isso? quem é que nos paga as contas da casa por passarmos o tempo todo agarrados ao computador a responder a todos e mais alguns? isso é humanamente impossivel.
De modo q, em todos os locais há determinadas posturas a adoptar. Quem as infringe descaradamente, não merece ser considerado. Há que fazer triagem.
Nem tanto ao mar nem tanto à terra 🙂
Concordo contigo, totalmente, mas também concordo com o Marco 😀 há que fazer triagem.
Eu não, apesar da quase infinita paciência que é necessária, o Astro PT não faz censura, reponde a todos os falsos argumentos expondo abertamente as asneiras e as vigarices, que o são à luz da Ciência e do Conhecimento.
Acontece que muitas pessoas que nos lêem desfazem as dúvidas – este teu raciocínio não pondera que a táctica principal dos pseudos é misturar “copy pastes” de frases da ciência, citar com falsidade os cientistas e sobretudo deturpar e retirar do contexto as suas palavras.
Também temos verificado que estes trolls partem logo para a gritaria, para a ameaça física, para o ataque pessoal e, também notamos, para um estado de descontrolo emocional que os leva a revelar os seus objectivos mercantilistas.
Que me lembre já salvámos uma vida, ou pelo menos ajudámos a evitar que uma pessoa cometesse uma tentativa de suicídio, pois estava extremamente transtornado com os anúncios sucessivos dos “fim-do-mundo.”
Quando os trolls, ou seja quem for, ultrapassa os limites da boa educação e da civilidade, caso a caso, o Astro Pt tem enviado para Spam esse género de comentário improdutivo.
E o critério é muito simples, é o do bom-senso. Como tem tido resultados objectivos positivos, por mim é de manter.
Cavalcanti
Parece-me que é uma obra da Mãe Natureza e não do Tio Photoshop 😉
Manel, esse post foi repescado do meu blogue para aqui porque o Carlos considerou que talvez contivesse algo útil para os leitores do AstroPT. Ou então pelo seu valor como mero entretenimento… Ele lá sabe.
Para mim é sempre um prazer ser aqui publicado em tão boa companhia, mas desejo ressalvar que este post é uma súmula da minha experiência enquanto blogger do Bitaites; é um post muitíssimo pessoal… não é uma tese sobre trolls nem tão-pouco um guia para ser aplicado neste contexto muito específico e completamente diferente que é o AstroPT.
Achei que devia fazer esta ressalva. 🙂
Lembremo-nos que aqui no astroPT não existe ninguém com o trabalho de responder a trolls…
É realmente uma perda de tempo, porque os trolls não querem saber da razão para nada nem sequer do conhecimento, mas querem somente “javardar”…
Quanto à pessoa de que falas, Manel, essa pessoa veio ter connosco, fazendo perguntas e querendo aprender. Não veio com atitude de troll. Logo, não há comparação possível.
abraços 😉
Eu posso responder-lhes…. 😛 😛 😛 mas depois, aguentem-se à bronca :D:D
Clap clap clap clap!
Esta é a parte em q sou trollada por um transeunte q me odeia por clapclapzar-te?
Se um troll é um individuo que argumenta de forma dura, prepotente, ofensiva e sem nem interpretar o que esta lendo então nosso amigo Carlos leva o troféu, basta ver as diversas reclamações neste blog a sua pessoa, no meu caso, “Alexandre”, todo nosso debate foi baseado numa má interpretação por parte dele do que eu escrevi, pois como podem ver no link acima postado por ele, eu estava em duvida, fiz meu comentário e pedi respeitosamente sua opnião. A resposta ofensiva, irritada e mal educada qualquer um pode ver.
Portanto Carlão, parabéns pelo troféu “Troll cientifico do ano”!
Ps.: agora aguenta que ele vai vir chutando tudo. rsss
Mas continuo a favor do Carlos, só acho que tem que ter outra postura.
Alexandre,
Você pode interpretar da forma errónea que quiser, que o debate é público.
O meu ponto 7 num dos comentários foi claro (e isto foi após eu responder pacientemente aos seus comentários, dando-lhe conhecimento que o Alexandre não tinha):
“7 – “Você mesmo provos que errou até em interpretação de texto,”
Eu provei que não errei em qualquer interpretação de texto.
Já o Alexandre provou não saber sobre o processo da ciência (ex: erros) ou sobre história da ciência (ex: terra plana), e no entanto de forma arrogante e totalmente estapafúrdica afirma coisas que são totalmente erradas como se fossem verdade.”
O meu ponto 9 diz isto:
“9 – “Continue com sua intolerância, sua perfeição em não errar, todos erram menos você e a ciência.”
Não sei onde está a minha intolerância.
Um aluno diz que 2 + 2 = 7.
O professor diz-lhe que 2 + 2 = 4.
O professor está a ser intolerante?
Será que para si a tolerância é quem sabe mais não dar as respostas certas?
Será que para si a tolerância será o aluno fazer birra, e continuar a afirmar coisas totalmente falsas?? Isso é que é tolerância para si???
Enfim… que tristeza…
Em relação à ciência, quem raio é que é intolerante?
A ciência que vai acumulando conhecimento e adaptando-se aos resultados da experiência, OU os fundamentalistas religiosos e pseudo que não interessa o que diz as experiências que eles vão sempre continuar a pensar as mesmas falsidades? Onde está a intolerância? Quem raio são os intolerantes perante os factos?”
Mais abaixo digo-lhe isto:
“3 – Ambos os casos que deu são MENTIRA.
São mitos muitas vezes divulgados, mas são MENTIRA.”
Mais abaixo digo-lhe isto:
“Você pode fazer a demagogia que quiser que toda a gente percebe o que o Alexandre tem feito.
Eu quando não sei, pergunto. O Alexandre quando não sabe, afirma disparates.”
E mais abaixo, isto:
“Questionar é diferente de afirmar mentiras, seja sobre Bruno, seja sobre Galileu, sobre sobre o geocentrismo, seja sobre a terra plana.”
E de resto, disse-lhe dezenas de vezes:
http://www.astropt.org/2011/08/09/nasa-fotografa-cometa-elenin/comment-page-1/#comment-45465
“Se o Alexandre quiser fazer perguntas porque não sabe, posso perder o meu tempo para lhe dar conhecimento gratuito.
Se o Alexandre quiser fazer afirmações completamente disparatadas como se tivesse alguma razão no que diz… então não vou perder mais tempo consigo.”
Isto é uma frase dita por alguém que, para si, é troll? LOL enfim…
Como o Alexandre optou por seguir de forma fundamentalista a 2ª estratégia, NÃO querendo saber das respostas científicas (de conhecimento), então sim, isso faz de si um troll.
Até posso acreditar que não teve essa intenção, mas foi assim que se portou.
P.S.: pensei que tivesse ido com o cometa Elenin. Onde anda o seu amigo Mensur? Afinal eu é que tinha razão? Afinal tudo o que eu disse sobre o cometa Elenin estava correcto, e o que o Alexandre andava a dizer quer sobre o Elenin quer sobre a ciência não fazia sentido… mas mesmo assim, isso não o levou a “pensar 2 vezes” sobre fazer afirmações contrárias ao conhecimento e sobre não querer saber das justificações que eu lhe dava.
P.S.2: tenho 12 outros comentários seus aqui no astroPT, noutros posts, em que o Alexandre foi ABSOLUTAMENTE CORRECTO (sim, em caps lock para se perceber bem que eu não olho só para um lado). O Alexandre, correctamente, fez perguntas sobre o que leu noutros sites, e eu respondi-lhe correctamente. O meu comentário em cima em que o coloquei nessa categoria de “troll” foi SÓ devido aos seus comentários no post em causa, que, como qualquer pessoa pode ler, o Alexandre fartou-se de afirmar (não foi questionar) coisas contrárias ao conhecimento que se tem dos assuntos.
Hm, pois..
Eu só não gosto é quando é quando um conjunto de utilizadores de um programa refila com um bug, torna isto um tópico recorrente, quem faz o software não concorda porque não encontra o bug, ambos os lados apresentam provas que o bug existe e que não existe, mas como esta discussão é incómoda, pensam que essas pessoas todas são trolls, e censuram-nas. Depois eu descubro que os censurados usam windows, e os moderadores usam mac, pelo que naturalmente não conseguem replicar o bug. Simplesmente perdem a paciência antes de pensarem e tentar dar ouvidos aos utilizadores…
Claro que há aqui vários problemas, estamos a falar de utilizadores que não dominam o inglês, e estamos a falar de programadores já com alguma idade que lá se lhes vai passar pela cabeça que existam diferenças entre mac e windows cujos sintomas sejam idênticos ao que os utilizadores pensam que está a “ser feito de propósito” 😛
Portanto, sistemas operativos diferentes, falta de ginástica mental de programador, e má forma de descrever o problema do lado do utilizador gera mal-entendidos…
Dito isto, censurar convenientemente também dá trabalho! Tanto ou mais que ignorar, mas tem a vantagem que restringe o contágio. É o que se chama Bom-Senso.
Já agora, tiveste excelentes comentários a isto, no teu site 😉
http://www.bitaites.org/geekosfera/eu-defendo-a-censura-ao-troll/
Desses comentários, relevo estas frases:
Rui Silva:
“(…) quando o troll chegar vai fazer scroll rapidamente e dizer k o texto não faz sentido. Está na sua natureza, embora não tenha de todo lido o texto é algo genético ter de escrever. (…)”
Mr. Andersen:
“(…) Eu uso o botão “SPAM” frequentemente para ocultar disparates! Concordo plenamente com a censura, nem todos os disparates merecem ser escutados! (…)”
Rafael Avelino:
“os troll (…) só quer trollar quando sabe que será visto por dezenas de leitores. Vamos dizer que o troll também gosta de aparecer (…)”
Giovana:
“criei uma equação que, a meu ver, reflete a atitude de muita gente que fala o que quer, da forma que quer, no lugar que quiser: liberdade de expressão + ignorância = estupidez.
(…)
Sou totalmente adepta em barrar ou deletar comentários insultosos ou críticas mal feitas, uma vez que ninguém é obrigado a aceitar qualquer coisa em nome da tão desfasada “liberdade de expressão”. Pois, se eu tenho cuidado com as palavras e me esforço em construir uma crítica decente, por que eu haveria de aceitar o oposto disso? Não mesmo!”
E nós já temos tido imensos trolls…
Fora todos os insultos que nem deixo passar… cá ficam alguns exemplos que deixei passar:
Anónimos:
http://www.astropt.org/2011/08/18/a-materia-escura-podera-ser-uma-ilusao-criada-pelo-vacuo-quantico/comment-page-1/#comment-44791
Com identidades falsas:
http://www.astropt.org/2011/12/04/agencia-para-a-proteccao-da-saude-adverte-os-vigaristas-matam/comment-page-1/#comment-50242
Os que escrevem com caps lock (letra grande), denotando uma total falta de educação:
http://www.astropt.org/2011/06/26/venus-ira-explodir-a-11-de-dezembro-de-2012/comment-page-1/#comment-50252
Fundamentalistas religiosos:
http://www.astropt.org/2011/05/13/halo-em-fatima/
Fundamentalistas New Age:
http://www.astropt.org/2008/08/22/2012/
Doug e a implosão da 3ª dimensão:
http://www.astropt.org/2011/09/09/fantasia-planetaria-nibiru/comment-page-1/#comment-46066
Rui Palmela e a terra ôca:
http://www.astropt.org/2011/02/20/contra-capa-terra-oca-o-que-ha-debaixo-de-nos/#comment-50106
Alexandre e o cometa Elenin com alinhamentos e terramotos que nunca aconteceram:
http://www.astropt.org/2011/08/09/nasa-fotografa-cometa-elenin/comment-page-1/#comment-44587
Rodrigo Morais e a defesa apalermada de blogs que divulgam mentiras:
http://www.astropt.org/2011/10/25/evoluindo-sempre-so-se-for-em-burrice/comment-page-1/#comment-47653
E muitos mais exemplos existem… eu é que já nem me lembro deles… estão perdidos pela zona de comentários do blog.
Mas realmente é melhor fazer o que dizes: deve-se barrar estes trolls, e deixar passar aqueles que entrarem com educação e com vontade de aprender.
Marco,
Estou %$# escrevendo *&¨%$ esse @#$% comentário ><*& com uma mão #$% só. Por isso *&% sai tudo %$@ errado. *&%¨ Essa foto *&¨% da Jenifer Lopez @#$ é real *&¨% ou é *&#$ photoshop?
Eu tinha escrito um post com um assunto similar, aqui:
http://www.astropt.org/2011/08/23/comentarios-no-astropt/
E começo assim esse post:
“Eu tenho dificuldade em compreender como é que as pessoas entram em sítios científicos, cheios de certezas nas suas concepções, e com arrogância dizem X e Y, que se prova ser completamente falso.
Alguém acha correcto entrar-se por um hospital dentro, a afirmar que o sangue é verde e que os médicos não sabem o que dizem? Claro que não.
Então porque há quem entre no astroPT com a prepotência que sabe mais que os especialistas?
(…)
É uma atitude que denota intolerância para com os factos, prepotência, arrogância, e incapacidade de aprender.
É uma atitude fundamentalista de quem quer continuar a acreditar em disparates.
É, decididamente, uma atitude irracional de quem está contra o conhecimento!
Não é, decididamente, uma atitude de quem queira aprender seja o que fôr.
(…)
Eu não entro por um hospital assumindo que sei mais de medicina que um médico. Seria um erro e uma parvoíce.
Daí que quando quero saber alguma coisa sobre assuntos que não são os meus, pergunto a quem sabe mais. (…)”
Penso sobretudo que é uma questão de respeito e de boas maneiras.
Se as pessoas não entram por hospitais, museus, etc, aos berros, a dizerem que eles é que sabem X, Y e Z, também não deviam entrar neste espaço de conhecimento dessa forma.
O mais incrível é que após “cuspirem para o chão”, e se levarem resposta ao mesmo nível, depois fazem-se de vítimas dizendo que não foram respeitados… enfim… não respeitam mas querem ser respeitados… são os normais paradoxos de quem não pensa.
[…] – Temos uma posição clara em face aos comentários: promovemos a moderação de comentários. Tentamos responder a todos os comentários aprovados e agradecemos todos os comentários positivos (perguntar é positivo, por exemplo). No entanto, a ciência, o conhecimento, não é uma democracia. Temos uma categoria com mais de 300 artigos dedicados à Literacia Funcional. As pessoas podem perguntar, podem brincar, podem ser positivas, mas não podem afirmar de forma ignorante, nem insultar, nem sequer opinar de forma contrária aos factos. Este é um local de conhecimento, de ciência (que se traduz por conhecimento acumulado), e não toleramos faltas de respeito ao conhecimento ou à ciência. Este é um local de combate às vigarices da pseudociência. Este local combate as mentiras. Não admitimos trolls. […]
[…] a mais um troll crente em parvoíces, deixem-me relembrar: aqui no AstroPT damos sempre o comprimido vermelho, […]
[…] – Temos uma posição clara em face aos comentários: promovemos a moderação de comentários. Tentamos responder a todos os comentários aprovados e agradecemos todos os comentários positivos (perguntar é positivo, por exemplo). No entanto, a ciência, o conhecimento, não é uma democracia. Temos uma categoria com mais de 300 artigos dedicados à Literacia Funcional. As pessoas podem perguntar, podem brincar, podem ser positivas, mas não podem afirmar de forma ignorante, nem insultar, nem sequer opinar de forma contrária aos factos. Este é um local de conhecimento, de ciência (que se traduz por conhecimento acumulado), e não toleramos faltas de respeito ao conhecimento ou à ciência. Este é um local de combate às vigarices da pseudociência. Este local combate as mentiras. Não admitimos trolls. […]
[…] dos outros parece-me… paradoxal. Sobretudo se a casa é… dos outros. Como foi dito neste post, se uma pessoa entra na casa de outra e decide cuspir para o chão, não pode esperar que seja […]