Teoricamente, devido à proximidade ao Sol, tende-se a assumir que Mercúrio deveria estar “preso gravitacionalmente” ao Sol, tendo um tempo de rotação igual ao da translação, mostrando sempre a mesma face Mercuriana para o Sol. (tal como acontece com a Lua em relação à Terra, como as luas grandes de Júpiter em relação a esse planeta, como outras luas no nosso sistema solar, e como vários exoplanetas que temos detectado)
Mas Mercúrio roda 3 vezes por cada 2 órbitas.
Como se explica a discrepância entre o que a teoria prediz e o que se vê na prática?
Simulações em computador sugerem que Mercúrio no passado estava realmente “agarrado” ao Sol, tendo uma rotação por cada órbita, e essa rotação até seria no sentido contrário ao actual.
E o que aconteceu então?
Parece ter sido uma colisão com um asteróide de 70 kms, que fez com que Mercúrio tivesse ficado com uma valente “dôr de cabeça” e ter começado a rodar de forma diferente.
A evidência deste impacto poderá ser Caloris Basin, que é uma cratera de impacto que está de acordo com as previsões.
Leiam aqui.
4 comentários
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Isso prova que, se todos nós pularmos ao mesmo tempo, de maneira coordenada, podemos mudar o sentido de rotação da Terra! 😛
Tem certeza? XD
Carlos, surgiu-me um questionamento.
A partir dessa colisão que, supostamente, teria alterado o movimento de rotação de Mercúrio, também poderá ter o “afastado” do Astro-Rei?
Explico a origem da minha dúvida: “Simulações em computador sugerem que Mercúrio no passado estava realmente “agarrado” ao Sol (…)”
Abraços.
Author
agarrado gravitacionalmente 😉
ou seja, tempo de rotação = tempo de translação 😉