Um novo conceito de lançamento orbital foi apresentado no dia 13 de Dezembro pela Stratolaunch Systems, juntando três empresas espaciais e tirando partido dos sistemas por elas desenvolvidas.
De facto, o Stratolaunch utiliza uma aproximação ao lançamento orbital que na sua essência não é nova. A ideia de se utilizar um foguetão lançado desde um avião em voo, não é nova nem inovadora. Para além de já terem existido outros projectos, na actualidade o foguetão Pegasus-XL é lançado já em pleno voo a partir de um avião L-1011 Stargazer.
A novidade deste projecto é que junta no mesmo sistema a possibilidade de efectuar lançamento não tripulados e (no futuro) lançamentos tripulados.
A ideia para o desenvolvimento do Stratolaunch surge em 2004 com os voos bem sucedidos da SpaceShipOne construída pela equipa da Scaled Composites de Burt Rutan e fundada por Paul Allen. Após os voos do SpaceShipOne, Burt Rutan e Michael Griffin começam a analisar um potencial projecto de continuação, um sistema orbital. Por seu lado, Paul Allen expressou desde logo o seu interesseem financiar o desenvolvimento de tal sistema como meio de restabelecer a liderança dos Estados Unidos no campo espacial, continuando o seu legado de financiamento privado do voo espacial. Contactaram com David King e Gary Wentz (da NASA) e Gwynne Shotwell (da SpaceX), e o grupo começou a formular opções para a execução do programa em 2010.
Estando nos estágios iniciais de desenvolvimento, o primeiro voo de ensaio deverá ter lugar em 2016.
O conceito Stratolaunch junta três sistemas de três empresas distintas. O avião de transporte será construído pela Scaled Composites, pesará mais de 522,4 toneladas e terá uma envergadura de asas de mais de 117 metros. Utilizando seis motores de 747, será o maior avião jamais construído. O sistema irá requerer uma pista de aterragem que terá, no mínimo, um comprimento de 3,66 km. O avião poderá voar cerca de 2.400 km para atingir o ponto ideal para o lançamento. O foguetão lançador será derivado do foguetão Falcon-9 da SpaceX. Com um comprimento aproximado de 36,6 metros, o lançador irá transportar a carga até à órbita terrestre. Após a separação do avião de transporte a cerca de 9,1 km de altitude, o motor do primeiro estágio entra em ignição e o veículo inicia a sua viagem para o espaço. Após a queima do primeiro estágio e de uma fase de voo não propulsionado, o segundo estágio entrará em ignição e a carga orbital procede para a sua missão. O estado do lançador é monitorizado a partir do avião de transporte e a partir do solo. O sistema junção e de integração (MIS) no solo será desenvolvido pela Dynetics e proporcionará uma interface única entre o avião de transporte e o foguetão lançador. O MIS inclui todosos sistemas necessários para criar a interface do lançador com o avião de transporte, incluindo sistemas mecânicos, eléctricos, térmicos, fluídos e gases. O MIS é desenhado de forma a proporcionar segurança e transportar de forma segura o lançador de cerca de 227 toneladas, segurando o lançador desde a descolagem até às manobras em voo e à sua separação. No caso de abortagem da missão, o MIS irá manter o foguetão seguro durante o regresso à base e aterragem.
Imagem: Stratolaunch – Systems
2 comentários
Só espero que este protótipo não tenha sido projetado por esse brilhante cientista:
http://www.youtube.com/watch?v=GK2wTOANv2c
Ou por esse “gênio”:
http://demolixansboy.files.wordpress.com/2011/04/soltando-fogos-fail.gif
Ou ainda, pelo exército colombiano:
http://www.youtube.com/watch?v=H6-f2vCW8m4
LOLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL 😀