Arthur C. Doyle foi um escritor do início do século XX. Apesar de ter sido médico caíra nas demonstrações espiritas da época. Chegou até a participar em sessões para contacto com familiares mortos na Primeira Guerra Mundial.
O médico e escritor, em 1922, fez uma visita a Houdini, sim o grande mágico. Houdini “preparou uma encenação para demonstrar que a escrita mediúnica na ardósica poderia ser feita de maneira perfeitamente prosaica.”. Este era um método popular de contacto com os espíritos. Os mortos poderiam enviar mensagens aos vivos movendo um pedaço de giz por cima de um quadro de ardósia.
O mágico ensinou a Doyle a lição:
“Devotei muito tempo e ideias para criar esta ilusão… Não lhe vou contar como foi feita, mas posso-lhe assegurar que se trata de puro truque. Fiz este truque usando meios perfeitamente normais. Planeei-o para demonstrar ao senhor o que pode ser feito nesse sentido. Agora, imploro-lhe, não conclua que certas coisas que vê sejam necessariamente “sobrenaturais” só porque não consegue explica-las”
Infelizmente Arthur Doyle continuou a acreditar que Houdini era possuidor de poderes sobrenaturais. Doyle afundou-se em dois argumentos falaciosos:
1 –Argumento da ignorância – “isto deve ser verdade porque não foi provado ser falso”
2 – Argumento da incredulidade pessoal – “como não consigo explica-lo de forma natural, então não deve haver uma explicação natural”
O artigo da Scientific American termina com uma frase magnifica. Michael Shermer conclui que “Antes de afirmar que algo não é deste mundo, certifique-se primeiro de que não pertence a este mundo, uma vez que a ciência se fundamenta no naturalismo e não no sobrenaturalismo, paranormalidade ou quaisquer outras explicações desnecessariamente complicadas.”
O texto completo está aqui
6 comentários
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Já corrigi. O texto traduzido enganou-me. Li na versão brasileira. :op
O Houdini até foi um tipo porreiro e deu a entender que: “Nem tudo o que brilha é ouro!”
Um bom 2012 e lembrem-se que o nascimento de J.C. é mais provável ter sido a 6 de Janeiro!
Inté
Physicist = físico 😉
“the Scottish physician-turned-writer”
physician = médico 😉
Author
O texto original refere que foi um físico escocês
Adoro os livros do Sherlock Holmes, e é curioso como o autor criou uma personagem cuja personalidade, neste aspeto, é completamente diferente da sua.
Uma característica bastante atraente no Sherlock Holmes é precisamente ele evitar a todo o custo usar argumentos sobrenaturais enquanto não se esgotarem todos os argumentos físicos. É caso para dizer que o autor precisa de aprender com a personagem que criou.
Só uma coisa: tens a certeza que ele era físico? Eu tinha a ideia de que ele era médico, e na wikipedia diz isso, também.