“Uma expedição científica ao Suriname embrenhou-se numa das últimas florestas tropicais virgens do planeta e identificou 1300 espécies, das quais 46 ainda não constavam da lista da biodiversidade mundial. (…)
Um peixe-gato (Pseudacanthicus sp.), coberto de espinhos para se proteger das piranhas, estava prestes a ser comido como um snack por um dos guias locais quando os cientistas repararam que esta era uma espécie ainda desconhecida e o preservaram como um espécime.
Ainda nesta floresta muito pouco estudada, os investigadores encontraram o sapo cowboy (Hypsiboas sp.), que parece ter esporas nas patas (…)
Além das 46 novas espécies, a expedição identificou 1300 já documentadas, incluindo o sapo Pac-Man (Ceratophrys cornuta), predador voraz que consegue comer presas quase do seu tamanho, incluindo aves, ratos e outros anfíbios. (…)
O grande besouro cornudo (Coprophanaeus lancifer) tem o tamanho de uma tangerina e pesa mais de seis gramas. Este animal, de cor metálica e púrpura, tem um corno na cabeça que usa como arma contra outros besouros. (…)”
Leiam a notícia no Público.
Tantos animais “estranhos” na Terra, que me leva a 2 considerações:
– se víssemos estes animais noutros planetas, acharíamos fantasticamente “extraterrestres”. Sendo na Terra, nem lhes damos importância 🙁
– porque raio os pseudos e alguns cientistas só pensam em extraterrestres humanóides e sem qualquer imaginação?
Este animal (besouro cornudo) é mais “extraterrestre” que 90% dos seres que vemos na ficção científica.
6 comentários
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Se calhar são mesmo E.T’s que por alguma razão, que não me interessa mencionar, sobreviveram a uma viagem até à Terra e aqui estão a construir o seu pequeno império. LOL.
Ah…nós tínhamos um pacman frog na exposição de Darwin no Porto! 🙂
Tem uma boca enorme e pode comer presas bem maiores que ele próprio…e não é esquisito: no meio natural, come de tudo, chegando a morrer por tentar comer presas grandes demais!!
Darwin ficou fascinado com esta espécie quando a viu pela primeira vez na América do Sul e foi dos poucos (senão mesmo o único) animais que enviou vivo para Inglaterra.
Também lhe chamam “boca com pernas” devido ao desproporcional tamanho da mesma 🙂
Ao contrário do que se possa pensar, a biodiversidade deste planeta ainda está longe de ser descrita. Cada vez que se faz uma expedição a um novo local, particularmente em zonas tropicais, mas não só, inevitavelmente descobrem-se novas espécies. Isto só realça a importância da conservação: estamos a perder biodiversidade que nem sequer conhecemos!! E, para quem quiser ver alguma utilidade nisso, relembro só que nestas espécies desconhecidas podem estar respostas para muitos problemas da medicina!
Correndo o risco de me repetir, ao contrário do que muita gente pensa (principalmente “pseudos”) a principal fonte dos medicamentos é o mundo natural! É lá que os cientistas vao procurar as moléculas que podem ajudar na cura de muitas maleitas. O que os defensores das “naturopatias” também desconhecem é que muitas vezes essas moléculas não podem ser usadas diretamente! Às vezes pelo simples facto de que o ácido do nosso estômago as destrói, ou nao podem ser assimiladas no nosso intestino, etc. Daí que seja necessário sintetizar formulas químicas semelhantes, mas que sejam efetivamente utilizáveis pelo nosso corpo.
Mas , já agora, deixo só uma pequena ressalva: em português de Portugal, os insetos da ordem Coleóptera, como esse belo exemplar cornudo, são geralmente chamados de escaravelhos (besouro é mais usado pelos irmãos brasileiros) 🙂
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Diana, excelente comentário!! 🙂
O termo besouro foi utilizado pelo jornal português Público, mas sinceramente eu também pensei que fosse assim ;). Obrigado pela explicação 😉
De nada 😉
Eu vi que estava na notícia do Público…eles devem ter ido buscar o nome a algum site de origem brasileira…
“(…) se víssemos estes animais noutros planetas, acharíamos fantasticamente “extraterrestres”. Sendo na Terra, nem lhes damos importância.”
Excelente perspicácia.
Todavia, mesmo sendo totalmente “oriundos” (com aspas) do planeta Terra, há de se imaginar o que algumas pessoas (sim, aquelas da blogosfera e Facebook que gostam de chamar aqueles que estão ao lado do verdadeiro conhecimento científico de “céticos”) irão dizer quando se depararem com essa notícia…
[…] de invisibilidade, aqui, aqui, e aqui. Também já falamos de animais estranhos, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, e nesta […]