Futebol Irracional

Muitos pensam que o futebol é sobretudo uma “guerra “simbólica” ….

E por isso, mesmo sendo muito ritualizado (civilizado?), a um nível mais profundo, não deixa de ser uma “guerra”… http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra & http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_psicol%C3%B3gica

Também estive a rever o conceito de Irracional ( http://en.wikipedia.org/wiki/Irrational )

… irrationality is defined as the tendency and leaning that humans have to act, emote and think in ways that are inflexible, unrealistic, absolutist and most importantly self- and social-defeating and destructive …

Por outro lado, encontrei um texto sobre a Itália que também se aplica (parcialmente?) a Portugal:

O exército e a guerra simbólica
http://favoleitaliane.wordpress.com/2008/12/18/o-exercito-e-a-guerra-simbolica/

É isso que – de forma absolutamente metafórica – vejo no futebol: a tal arena para exercitar certos bons valores. Como guerra simbólica, o jogo reproduz não só a disputa, mas também aquilo que é preciso para vencer a disputa: honra, lealdade, colaboração.

… Também gostei deste artigo por causa da sua incisiva crítica ás ideias de Maquiavel.

Outra curiosidade: http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_do_futebol

De acordo com um autor, mesmo assim, somos agora muito mais “civilizados”…

War Before Civilization: the Myth of the Peaceful Savage (Oxford University Press, 1996)
http://en.wikipedia.org/wiki/War_Before_Civilization

It is a book by Lawrence H. Keeley, an archeology professor at the University of Illinois who specialises in prehistoric Europe.

The book deals with warfare conducted throughout human history by societies with little technology.

In the book, Keeley aims to stop the apparent trend in seeing civilisation as bad.

Despite the undeniable carnage and effectiveness of modern warfare, the evidence shows that tribal warfare is on average 20 times more deadly than 20th century warfare, whether calculated as a percentage of total deaths due to war or as average deaths per year from war as a percentage of the total population.

“Had the same casualty rate been suffered by the population of the twentieth century,” writes Nicholas Wade, “its war deaths would have totaled two billion people.”

In modern tribal societies, death rates from war are four to six times the highest death rates in 20th century Germany or Russia.

Por último, para tentar responder a esta pergunta:

Como se explicaria a um extraterrestre que tudo o que se passa são 11 homens de cada lado a lutarem por uma coisa redonda que nada vale e que existem aos milhões no nosso planeta… sendo que o objetivo final é ficar com uma coisa que não tem qualquer funcionalidade?

Não sei como se explicaria… mas penso que com todas as nossas inúmeras guerras é possível que sejamos demasiado primitivos para que “eles” tenham paciência para nos aturar.

Se forem mais “civilizados” poderão ter erradicado a guerra há muitos milénios, e isso explicaria a ausência de contactos…

Quem sabe se um dia no futuro em que a guerra fôr mesmo algo do passado longínquo da civilização humana, os esforços tipo SETI não passarão a ter um outro resultado?

Será que a guerra existe em todo o universo, em todas as civilizações extraterrestres, ou será que a sua existência na terra, é apenas uma humilhante e confragedora prova do nosso abismal atraso civilizacional como forma de vida “racional”?

Um raciocínio possível:

Se a guerra fosse comum no universo, provavelmente já teriamos sido invadidos e massacrados, chacinados, etc.

Irracionalidade versus racionalidade:

Algumas reflexões sobre o tema;

“O ser humano é genéricamente preverso e quando as instituições que ele próprio edifica, lhes usurpa violentamente o espaço para melhorar e se curar, é o caos.”

A racionalidade é efémera limitada, uma preciosa e rara conquista para algumas franjas da sociedade humana; ao invés a irracionalidade e a violência é uma constante universal que se conhece ilimitada e permanece como um todo selvagem.
A vida e a felicidade tal com escreveu Vinicius de Moraes “é como uma gota de orvalho que balança tranquila numa pétala de flor, mas logo oscila e cai, como uma lágrima de amor”!
A violência a irracionalidade e a morte não se conhece descrição poética que a valorize, mas até ao presente, que se saiba permanece eterna, viola permanentemente os mais incautos, frágeis e tarde ou cedo colhe-nos a todos.
A imagem dos comentadores Ets é ilustrativa, bem sucedida e traz algum humor ao tema.
Cumps.