A vida íntima das estrelas

Comparação do sol, com Júpiter e a Terra.

Descobrir o céu além de uma simples abóboda com pontos brilhantes é o início da jornada de todos os apaixonados pelo espaço. E esse também foi ponto de partida para chegar até a minha decisão de me formar em Astronomia, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da qual começo em Março e trarei periodicamente para o AstroPT detalhes do curso.

Mas é exatamente essa curiosidade sobre os pontos brilhantes do céu que me levou a criar teorias mirabolantes. Mas, o que é uma estrela? Olhando para céu podemos criar várias concepções observacionais do que seriam aqueles pontos brilhantes. Mas o que é realmente? De que é formada? Porque ela brilha? O sol vai morrer um dia?

(vídeo retirado do youtube)

Esse é meu primeiro vídeo sobre astronomia do meu canal de vídeos. Outros vídeos sobre o assunto serão transmitidos pelo AstroPT, assim como informações de dentro da universidade, para todos aqueles que querem acompanhar a astronomia profissional de perto 🙂

26 comentários

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  1. Por falar em Canal de vídeos, eu também fiz um, mas é num sistema que tem mais recursos em relação a TV Web, este meu canal é específico para assuntos do espaço.
    O endereço é este => http://www.livestream.com/espacial?t=61509

    E quem quiser participar ajudando na programação do canal, é só falar comigo, que incluo no grupo de operadores do canal.

    1. Nós vamos tentar criar um canal do astroPT no futuro 🙂
      Só com segmentos de astronomia feitos por nós 🙂

      Claro que isto é só no futuro… 😛 , mas será giro depois pensarmos em formas de juntarmos esforços 😉

  2. Bem vindo Devanil. Foi um muito bom começo. 😉

    Um abraço astronómico,

    Sérgio

    1. Obrigado Sérgio, outro abração 😀

  3. Bem vindo a bordo! 😉

    E continua com o bom trabalho 😀

    1. Muito obrigado Nuno 😀

  4. Oi Devanil,

    Enviaram-me uma mensagem dizendo que você poderá ter um pequeno lapso no vídeo.
    Aos 24 segundos, você diz que a menor estrela conhecida tem 14 kms.
    A pergunta que lhe faço é: qual é ela? 🙂

    http://www.universetoday.com/25348/what-is-the-smallest-star/
    http://www.space.com/840-newfound-star-smaller-planets.html
    Segundo o Universe Today e Space.com, a menor estrela é OGLE-TR-122b, uma anã vermelha, com 167.000 kms.

    Já neste site diz que é L362-81, uma anã branca, com 5.600 kms. Mas esta já não é estrela… já “morreu”.
    http://www.newton.dep.anl.gov/newton/askasci/1995/astron/AST163.HTM

    Será que no vídeo, com 14 kms, você estava a falar de uma estrela de neutrões? – que também são “estrelas mortas”.

    ———————————————-

    No minuto 3:44 vi também uma pequena correção. A Terra não irá perder a sua água dentro de 5 bilhões (no Brasil) de anos. A fase de Gigante Vermelha é gradual. Isso quer dizer que dentro de 2 bilhões de anos, o Sol já estará tão “quente” e “próximo”, que a água na Terra já se terá evaporado. Já não haverá vida à superfície da Terra, nessa altura. Dentro de “5 bilhões” de anos, o Sol será então uma Gigante Vermelha por definição 🙂

    ————————————

    Excelente vídeo!!!! 🙂

    abraços

    1. Opa Carlos,

      é exatamente uma estrela de nêutrons, a RXJ-1856-37 (a informação pode estar desatualizada). Não tenho informação para dizer se ela pode ser considerado uma estrela (tem o nome, não?). Considerei-a como uma estrela.

      Boa correção. Eu vi esse lado que eu poderia ter explorado melhor hoje em uma revista de ciência (Scientific American Brasil). Vou adicionar uma anotação no vídeo explicando melhor.

      Muito obrigado, essas correções me acrescentam muito 🙂

    2. Oi,

      Sendo estrela de neutrões, são então… hmmmm como direi? … “restos de estrela”.
      Ela foi uma estrela massiva no passado… entretanto “morreu” (supernova), e o que restou dessa “morte” no local foi uma estrela de neutrões.

      Estava a tentar ver na net um sítio credível que tivesse uma definição aceite de estrela.
      Não consigo encontrar um sítio em que coloque essas diferenças literalmente por palavras.
      Mas, para mim (só para mim e para os meus alunos), eu não considero estrelas de neutrões como estrelas. 😉
      Até lhes chamo Pulsares, que é para os alunos não confundirem com o nome “estrela” 🙂

      abraços

      1. Sobre a definição de estrela eu não tenho conhecimento 🙁 Mas realmente faz sentido. Não é porque se chama “estrela de nêutrons” que ela é necessariamente uma estrela, assim como um planeta anão não é necessariamente um planeta, hehe.

        Se achares alguma coisa a respeito compartilha conosco. De qualquer maneira adicionei uma nota ao vídeo.
        abração 😀

        • Cavalcanti on 06/02/2012 at 04:53

        Carlos,

        Dê uma olhada nesse material de uma Universidade brasileira:

        http://www.if.ufrgs.br/oei/stars/neutron_st/neutrst.htm

        E do pessoal de Divisão de Astrofísica do INPE.

        http://www.ensinodeastronomia.com.br/textos_estrelas.htm

        Abraços.

      2. ok 😉

        abraços!

    3. Devanil e Carlos,
      O Carlos lembrou bem, temos que respeitar o conceito de estrela. Nesta contexto estão de fora tanto as “estrelas falhadas” (anãs marrons/castanhas) e os remanescentes de estrelas (anãs brancas, estrela de nêutrons e buracos negros estelares).

      Quanto a morte do Sol, Carlos, uma pequena correção. O Sol aumenta de brilho a uma taxa de 10% a cada 1,1 bilhão de anos (mil e cem milhões em Portugal) e desta forma o clima na Terra se tornará insuportável já entre 1 a 2 bilhões de anos no futuro, mas a razão disso não é a fase de gigante vermelha.

      Isto eu explico aqui na resposta que dei no Y-R:
      http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20080907112437AA5p1uc

      Ou aqui na entrevista que J. Kasting deu a BBC:
      http://news.bbc.co.uk/2/hi/sci/tech/specials/washington_2000/649913.stm

      Por outro lado, a expansão do Sol como gigante vermelha se dará em 5 a 6 bilhões anos “resumidamente” depois do evento onde hidrogênio do núcleo solar se esgote e inicie a nucleossíntese do hélio e assim por diante. Isso está detalhado aqui:

      Qual será o destino final da Terra e do Sol?
      http://eternosaprendizes.com/2008/09/28/qual-sera-destino-final-da-terra-e-do-sol/

      \o/

      1. Cool 🙂

      2. Muuito interessante ROCA,

        seu site, junto com o astropt, é uma das principais fontes de inspiração pra tudo que produzo sobre astronomia, parabéns.

        Vou adicionar uma errata ao vídeo sobre a estrela de nêutrons. Mas qual seria, então, a definição de “estrela”?

        Obrigado 😀

      3. Oi Devanil,

        Se considera que “estrela de neutrões” é uma estrela, então um Buraco Negro também é uma estrela.
        Quer anã branca, quer estrela de neutrões, quer buraco negro, estão todos na mesma fase – a fase “morta” da estrela 😉

        Eu diria que essa fase se define por o núcleo dos objectos serem constituídos por “matéria degenerativa” (não sei a palavra certa em português):
        http://www.wisegeek.com/what-is-degenerate-matter.htm

        O período de estrela vai desde que produzem reacções nucleares no seu núcleo até antes de terem “matéria degenerativa” no seu núcleo.

        Digo eu… assim numa definição simplória e rápida 🙂

        abraços

  5. Bemvindo ao astroPT e parabéns pelo post.
    Espero que esta nova etapa (aqui e na faculdade) te corra bem.
    Abraço,
    José Gonçalves

    1. Muito obrigado José, abraços.

  6. Bem-vindo ao AstroPT e parabéns pelo artigo!

    1. Obrigado Rui 🙂

  7. Devanil,

    Meus parabéns pela escolha desta que é uma das carreiras mais fascinantes que existem. O caminho para a Astronomia é acessível à todos, porém poucos sentem o privilégio de fazerem parte desta.

    As Operações Unitárias, a Mecânica dos Fluidos e Análise de Projetos pesaram para mim na escolha do curso de Engenharia Química – todavia sei que se tivesse escolhido Astronomia não seria menos feliz 😉

    Sorte nessa sua etapa da vida e que você seja revestido de discernimento; paciência para com futuros pseudos (que vão afirmar, nas entrelinhas, que sabem mais que você 😉 ); e não-tendência à se esveredar pela pseudociência.

    Com relação à esta última dica, é como disse o Hudson no comentário acima: você está rodeado de ótimos profissionais 😉

    Portanto, aproveite o máximo!!!

    Abraços.

    1. Muito obrigado pelo seu incrível comentário Cavalcanti,

      Suas dicas são de apreço importantíssimo. Guardarei-as para não esquecer. Creio que qualquer área da ciência é fascinante, seja Engenharia Química ou Astronomia, estou na convicção que escolhi aquilo que me fará feliz.

      Abraços

        • Cavalcanti on 05/02/2012 at 17:36

        “(…) estou na convicção que escolhi aquilo que me fará feliz.”

        Se você manter essa linha de pensamento durante na sua vida profissional, deixando em segundo plano o retorno financeiro (que é também muito importante, porém julguo-o, de modo pesoal, não sendo o mais importante), acredito que terás enorme potencial para se destacar na comunidade científica 🙂

        E por que não, futuramente, entre os >Grandes< da ciência? 😉

        Abraços.

      1. Oras, não é para tanto haha. Farei o meu melhor, apesar de gostar muito da divulgação científica, a pesquisa me fascina. Mais uma vez obrigado 🙂

    • Hudson Marcos on 05/02/2012 at 16:08
    • Responder

    Gostei bastante Devanil, te enviei um email (que tá no seu blog) com algumas dicas pra melhorar mais.

    Você tem uma ótima oportunidade de fazer bom conteúdo, fiz o curso de Física na UFRJ, e estará cercado de excelentes profissionais.

    1. Muito obrigado Hudson, fico muito feliz quando recebo críticas construtivas, mesmo.

      Eu também espero por isso, vou tentar trazer bom conteúdo enquanto estiver me graduando pro AstroPT 🙂

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