Nesta época do ano a constelação zodiacal dos Gêmeos alcança seu ponto mais alto do céu nas primeiras horas da noite. Sem dúvida é uma das constelações mais notáveis do firmamento após o solstício de dezembro por causa de suas duas estrelas brilhantes.
A constelação dos Gêmeos só recebeu este nome por causa de suas duas estrelas, situadas aparentemente a pequena distância uma da outra e por seu brilho parecido.
Um dos registros mais antigos conhecidos sobre a constelação vem dos babilônicos, que já chamavam esse grupo de estrelas de “Os Grandes Gêmeos”, por causa das duas notáveis estrelas. Isso acabou chegando aos gregos, que chamaram os dois astros mais brilhantes da constelação de Castor e Póllux.
Castor e Póllux são personagens da mitologia grega. São chamados de Dióscuros (filhos de Zeus), apesar de somente um deles pertencer à linhagem divina, segundo versões mais conhecidas. Tais versões sustentam que Castor, na verdade, era filho do rei Tíndaro, de Esparta.
O grande mistério de Castor é a origem de seu nome. Castor vem do grego “Kastor”, e a primeira atitude dos estudiosos é associar o nome do personagem mitológico ao animal roedor que é bastante encontrado na América do Norte.
Ora, nas histórias da mitologia grega não há qualquer associação do filho do rei Tíndaro com o animal. Castor não tinha poderes para se metamorfosear num animal e também não havia sido vítima de algum castigo dado por alguma divindade temperamental da Grécia. Então, de onde pode vir a origem do nome Castor?
Como disse acima, Castor vem do grego “Kastor”, que por sua vez pode ter vindo do sânscrito “Kasturi”. Essa palavra significa “odor de animal”. Podemos associar isto à principal habilidade do personagem mitológico.
Em diversos episódios de combate e aventuras, enquanto seu irmão Póllux tinha como habilidade a luta corporal, Castor era conhecido pela habilidade de domar e domesticar animais selvagens, especialmente cavalos. Talvez seja por isto que Castor recebeu este nome. Quem vive domando e domesticando bichos fatalmente exalará um odor de animal, mesmo que tome vários banhos por dia.
O que pode sustentar essa hipótese é que povos indoeuropeus tinham o hábito de matar castores (os animais roedores) para extrair de suas glândulas uma substância. Essa substância é como um óleo que os roedores usavam para ficarem impermeáveis (à prova d’água). Quando extraída, era usada como afrodisíaco e para fins medicinais, sendo chamada ao longo dos séculos de castóreo. Este extrato e esta palavra eram conhecidos pelos antigos gregos (kastoreion). O castóreo continuou sendo usado até o início do século XX também como ingrediente para perfumes.
Já o animal acabou recebendo esse nome graças ao tão cobiçado óleo.
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Olá, nasci em 01/06/34 sou geminiano..!
[…] estrela mais brilhante da constelação dos Gêmeos é bastante conhecida como Póllux. Assim como Castor, Póllux é personagem da mitologia grega, cuja versão mais conhecida fala dos gêmeos, filhos da […]