Fim de tarde na cratera Amaral. Imagem obtida pela sonda MESSENGER a 04 de Fevereiro de 2012.
Crédito: NASA/Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory/Carnegie Institution of Washington.
Os cumes dos picos centrais da cratera Amaral brilhavam intensamente à luz do Sol vespertino quando a sonda MESSENGER obteve este magnífico retrato. Observada pela primeira vez durante a primeira passagem da sonda da NASA por Mercúrio, Amaral atraiu a atenção dos investigadores da missão pela sua curiosa paleta de cores (bastante proeminentes nas composições em cores falsas). Os seus picos centrais destacavam-se particularmente pela sua cor relativamente azulada em comparação com o terreno envolvente, uma tonalidade que muito se assemelha à observada nos picos centrais de Eminescu, locais onde foram identificados impressionantes conjuntos de cavidades. Não se sabe ainda se Amaral exibe estruturas semelhantes às de Eminescu, mas os cumes brilhantes dos seus picos centrais parecem denunciar a sua presença.
A superfície de Mercúrio fotografada pela sonda MESSENGER em cores falsas, durante a sua primeira passagem pelo planeta em 2008. As diferentes tonalidades representam diferentes composições minerais. Estão identificadas na imagem a bacia de impacto de Caloris e as cratera Amaral, Eminescu e Raditladi. As três crateras exibem no seu interior uma forte tonalidade azulada, que se correlaciona em Eminescu e Raditladi com estranhas depressões brilhantes conhecidas pelos investigadores da missão por “cavidades”.
Crédito: NASA/Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory/Carnegie Institution of Washington (apontamentos de Sérgio Paulino).
Amaral recebeu o seu nome em honra à pintora brasileira Tarsila do Amaral (1886 – 1973), figura central da primeira fase do movimento modernista brasileiro. São da sua autoria algumas das obras mais aclamadas da arte latino-americana (vejam aqui algumas das obras mais famosas).
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