Nebulosas da Auriga
A antiga constelação de Auriga, o Cocheiro, é rica em aglomerados estelares e em nebulosas.
A imagem de cima foi feita em Janeiro de 2012.
Na parte superior esquerda vê-se a IC 405, também conhecida por Nebulosa da Estrela Flamejante, que se encontra a 1.500 anos-luz de distância.
Na parte superior direita vê-se a nebulosa IC 410, que se encontra a 12.000 anos-luz de distância. “Dentro” desta nebulosa está um jovem aglomerado de estrelas, NGC 1893.
Na parte inferior direita vê-se a IC 417 e a NGC 1931, também conhecidas como a Aranha e a Mosca.
Na parte inferior, um pouco à direita do centro, está o aglomerado de estrelas NGC 1907.
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Carlos Oliveira
Carlos F. Oliveira é astrónomo e educador científico.
Licenciatura em Gestão de Empresas.
Licenciatura em Astronomia, Ficção Científica e Comunicação Científica.
Doutoramento em Educação Científica com especialização em Astrobiologia, na Universidade do Texas.
Foi Research Affiliate-Fellow em Astrobiology Education na Universidade do Texas em Austin, EUA.
Trabalhou no Maryland Science Center, EUA, e no Astronomy Outreach Project, UK.
Recebeu dois prémios da ESA (Agência Espacial Europeia).
Realizou várias entrevistas na comunicação social Portuguesa, Britânica e Americana, e fez inúmeras palestras e actividades nos três países citados.
Criou e leccionou durante vários anos um inovador curso de Astrobiologia na Universidade do Texas, que visou transmitir conhecimento multidisciplinar de astrobiologia e desenvolver o pensamento crítico dos alunos.
2 comentários
Capella é, tanto quanto sei, um sistema quadruplo, formado por um sistema binário de gigantes amarelas (tipo espectral G) que é orbitado à distância por um sistema binário formado por duas anãs vermelhas. Não se conhecem planetas neste sistema e, se existirem, provavelmente será dificil descobri-los com as tecnicas actuais, pelo menos em torno as gigantes de tipo G. A separação das duas estrelas é tão pequena que orbitas planetárias em torno de alguma dessas estrelas não devem ser estaveis, devido à influencia gravitacional da outra estrela. Mais interessantes seriam planetas circumbinários, isto é, que orbitam as duas estrelas à distância. Se existem, não foram ainda detectados. No que diz respeito às anãs vermelhas a situação pode ser mais interessante pois, se existirem planetas, eles poderão ser detectados mais facilmente. No que diz respeito à vida é preciso ter cautela e ser céptico. Só conhecemos um exemplo de vida (o terrestre) e com um exemplo é no mínimo arriscado extrapolar para outros planetas / sistemas se podem ou não albergar vida. Daqui por umas décadas, quando pudermos observar as assinaturas espectrais das atmosferas de planetas fora do sistema solar, nomeadamente de tipo terrestre, poderemos fazer inferências muito mais precisas sobre a possibilidade de vida nesses sistemas. Por exemplo, a existência de oxigénio/ozono na atmosfera poderá implicar a ocorrência de processos biológicos (o oxigénio é demasiado reactivo para se manter numa atmosfera durante muito tempo se não existir algum processo que o produz continuamente).
Pode-se confirmar se há possibilidade de vida orgânica no sistema de Capela (Alfa Auriga)?
Existe planeta nessa constelação ou apenas estrelas?
Pergunto por causa do livro “Exilados de Capela”, se a ciência diz que não há planetas e nem condições de vida, então fico com a ciência.
Agradeço se enviar resposta, abraços.