Só há pouco tempo é que tive oportunidade de comprar o livro do Carlos Fiolhais e do David Marçal, que saiu no ano passado, mas que já vai em 2ª edição. É um livro de histórias de ciência em que os autores com o seu humor dão uma abordagem curiosa e interessante a uma grande variedade de temas. O livro abrange várias ciências e obviamente que gostei de ler a parte da astronomia, embora fossem histórias conhecidas. Mas no geral é um bom livro de divulgação científica e não admira que já esteja em 2ª edição.
Reparei, no entanto, na parte que conheço, em alguns erros a corrigir na 3ª edição
Pág. 32 – Carl Sagan não morreu a 20 de Dezembro de 93, mas sim de 96
Pág. 42 – Ao contrário do que diz o livro, von Braun não foi preso por tropas americanas e levado à força para o outro lado do Atlântico, na verdade, ele entregou-se voluntariamente aos americanos, para não ser capturado pelos russos e foi por opção própria para os EUA.
Na mesma página diz que a ideia da ida do homem à Lua foi de Korolev. Bem, a ideia do homem ir à Lua é antiga, mas a forma como foi concretizada e o esquema da viagem deve-se obviamente aos americanos e a John C. Houbolt de Langley, que concebeu o método LOR (lunar-orbit rendezvous), fundamental na abordagem lunar. Korolev nunca desempenhou qualquer papel relevante nisto. Agora, a concepção LOR não era original de Houbolt, mas sim de um mecânico russo chamado Yuri Vasilievich Kondratyuk, que calculou em 1916-17 que o LOR era o melhor meio de conseguir uma descida na Lua com a conservação máxima de propulsante. Oberth também discutiu as possibilidades do LOR em 1929 e Harry Ross da British Interplanetary Society, actualizou as ideias de Kondratyuk em 1948. Portanto, mais uma vez, Korolev não tem qualquer papel em nada disto (ver “Chegamos à Lua!” de John Noble Wilford, Edição Livros do Brasil, 1970).
Pág. 47 – As Voyager não transportam uma placa, como diz o livro, mas sim um disco.
Últimos comentários