Há precisamente 10 anos atrás, esta foi uma das notícias dos Primeiro Jornal da cadeia de televisão SIC.
Um vídeo amador e vários testemunhos da vila, comprovavam a queda de um objecto estranho na praia de São Martinho do Porto, que tudo indicava ser um meteorito…de esferovite!
Afinal, tudo não passou de uma brincadeira planeada por um grupo de amigos à volta de uma mesa de café cujo objectivo era dinamizar a pacata vila da costa Oeste portuguesa e que, com o apoio da SIC, acabou por atrair umas quantas pessoas à terra no próprio dia e não só. A brincadeira acabou logo à noitinha e a própria SIC revelou que tudo não tinha passado de uma notícia falsa, tradição habitual do dia dos enganos, 1 de Abril.
Todos os detalhes desta montagem são agora recontados na rubrica “Perdidos e Achados” do Jornal da Noite de ontem na SIC. Vale a pena ver como tudo foi planeado por umas poucas pessoas e como toda a vila (ou quase) caiu na patranha. Começa no minuto 18:30!
(Link para o vídeo: http://sicnoticias.sapo.pt/1460760)
Bom, à parte de ser uma curiosidade pseudo-astronómica, este acontecimento, tal como este outro que o Carlos Oliveira aqui menciona, revelam a facilidade com que se podem criar embustes e fazer vídeos bem convincentes que acabam inevitavelmente como virais por essa Internet fora, levando as pessoas a acreditar nas coisas mais incríveis, ainda que improváveis (não que a queda de um meteorito em São Martinho do Porto seja impossível).
3 comentários
Bastante interessante é o facto de ser claramente assumido que o objectivo era levar turistas à localidade.
A única diferença entre este caso e outros, como por exemplo Loch Ness, é que esta estória foi desmascarada e lá nem por isso. Quando estive em Fort Augustus (na ponta do lago) perguntei a um velhote se era mesmo verdade que havia um monstro num lago e ele respondeu-me um “ehhmmhnn” e com cara de quem já não tinha pachorra para essa estória.
Uma coisa daquele tamanho, fazia aquele buraco….. :S e quadrada.
Pois… é demasiado fácil enganar as pessoas, porque elas preferem acreditar naquilo que fôr mais sensacionalista 🙁