“Há cerca de 7700 milhões de anos algo mudou: a bolacha cósmica que é o Universo começou a esticar-se cada vez mais depressa, com as suas pepitas de chocolate, os agrupamentos de galáxias, a afastarem-se umas das outras a velocidades cada vez maiores. Esta mudança terá ocorrido quando a força gravítica ficou em segundo lugar em relação à componente mais comum do Universo: a energia escura, que entrou em cena e ligou o turbo. Ninguém sabe o que é esta energia, mas uma equipa internacional de cientistas apresentou ontem o primeiro mapa de quase 300.000 galáxias da altura em que ela tomou as rédeas do cosmos, para tentar desvendar a sua natureza. (…)
“Fizemos medições rigorosas de estruturas a grande escala de como era o Universo de há cinco a sete mil milhões de anos”, explica David Schlegel, o principal investigador deste projecto, chamado BOSS, que quer ao todo mapear um milhão de galáxias ao longo de seis anos. (…)
Até agora, todas as observações apontam para uma direcção. “A matéria normal é apenas uma pequena percentagem do Universo. A maior componente é a energia escura – uma energia irredutível associada ao próprio espaço que está a acelerar a expansão do Universo”, disse Ariel Sanchez, do Instituto Max Planck, na Alemanha, também da equipa. A investigação vai continuar para o resto do milhão de galáxias que falta analisar. (…)”
Leiam em português, no Público.
Leiam em inglês, no Laboratório Berkeley.
Abr 06
1 comentário
Bastante interessante. “A matéria normal é apenas uma pequena percentagem do Universo.”
Gostaria de viver o suficiente para ver onde a ciência no levará daqui a 50 anos….
Bom post. Cumprimentos.