Kwangmyongsong-3 será lançado a 14 de Abril

O satélite norte-coreano Kwangmyongsong-3 deverá ser lançado a 14 de Abril, um dia antes do que as autoridades da Coreia do Norte haviam referido. Inicialmente havia sido referido que o lançamento teria lugar entre 12 e 15 de Abril, sendo a data de 15 de Abril apontada como o dia do lançamento. Informações recente apontam agora que o satélite será lançado a 14 de Abril, com a janela de lançamento a abrir-se pelas 2200UTC do dia 13 de Abril e a terminar pelas 0300UTC do dia 14 de Abril.

Entretanto as autoridades norte-americanas referiram a sua oposição à presença de observadores internacionais para assistir ao lançamento. As autoridades norte-coreanas abriram as portas para que os observadores internacionais possam assistir ao lançamento, mostrando assim as suas intenções pacíficas ao contrário do que é referido pelos Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul que vêm este lançamento como apenas um teste de um míssil balístico intercontinental. O lançamento do Kwangmyongsong-3 será levado a cabo por um foguetão Unha-3. Entretanto, já chegaram à Coreia do Norte repórteres de vários países que terão oportunidade de assistir ao lançamento e de observar o satélite.

O lançamento do Kwangmyongsong-3 servirá para assinalar o 100º aniversário de Kim Il-Sung, fundador da Coreia do Norte, nascido a 15 de Abril de 1912.

11 comentários

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  1. Sim, Pyongyang está 9h adiantada em relação à hora UTC (nesta altura 8h em relação a Lisboa).

  2. Será dia 15 na Coreia, mas nos EUA ainda é dia 14, devido às time zones? 😉

  3. Eis os limites da estupidez humana….

    1. Não percebi 😛

        • abidos on 09/04/2012 at 12:37

        A existência de um País no sec. XXI com este formato politico doentio está realmente no limite da estupidez humana… Ter um programa nuclear militar, enquanto a maioria da população vive na penúria, com fome mesmo, está realmente no limite da estupidez humana… por exemplo o tratamento que foi dado pela ‘comunicação social’ Norte Coreana ao Mundial de Futebol de 2010, com relatos homéricos a derrotas esmagadoras, é realmente o limite da estupidez humana!!!
        É só escolher…!!!

        Abraços

        • Cavalcanti on 09/04/2012 at 17:15

        Quis me referir, Carlos, à Pyongyang aumentar as tensões políticas com Washington, tendo essa forma de fazer política.

        Como “abidos” se referiu muito bem, com uma população que vive na pobreza, é lamentável gastar milhões de dólares em um satélite em função das festividades do 100º aniversário de Kim Il-Sung – por mais que “o homem” fosse considerado um “deus” em seu país – e, já agora, não acredito que esse endeusamento seja oriundo, de forma espontânea, pela sua população.

        Bom, mas isso somos nós, simples mortais, a pensar dessa forma. Na prática, todos nós sabemos que a teoria é outra, não é verdade? 😉

        Pelo menos no campo da política… 🙁

        Abraços.

      1. Têm razão… 😉 mas não na parte em que eu sou mortal 😛

        • Cavalcanti on 09/04/2012 at 17:30

        😛

      2. É muito redutor fazer-se a análise da forma como ela é feita nos comentários. Se assim for, teremos de ter em conta que outros países que estão a desenvolver tecnologias espaciais também têm muita gente a passar fome, logo este não é um argumento válido.

        O mais preocupante no desenvolvimento desta tecnologia é o facto de a Coreia do Norte (ou mesmo o Irão e porque não Israel?), terem sido capazes de desenvolver vectores que podem transportar ogivas nucleares. Tendo isto, terá de surgir a questão: Quais destes países possuem dispositivos atómicos suficientemente pequenos para serem transportados por foguetões / mísseis. O Unha-3 tem uma capacidade de carga que rondará os 100 kg. Não sei se a Coreia do Norte terá já desenvolvido cargas nucleares com esta massa. É óbvio que outros dispositivos militares (químicos ou biológicos) podem ter uma massa inferior.

        • Cavalcanti on 10/04/2012 at 02:33

        Caro Barbosa,

        Tudo bem?

        Sim, concordo plenamente contigo no seguinte trecho: “É muito redutor fazer-se a análise da forma como ela é feita nos comentários”

        E discordo totalmente no trecho seguinte: “(…) logo este não é um argumento válido.”

        Os comentários podem até ser superficiais, porém, sem sombra de dúvidas, são sim, válidos. Estamos falando de milhares que estão a passar fome. Estamos a falar de seres humanos, marginalizados pelo seu próprio governo. Agora, se outros países estão ou não desenvolvendo tecnologia nuclear (leia-se: armas nucleares (ou as têm)) já é outro departamento. 😉 Note que a problemática é acerca de um país – cujos indicadores econômicos não se faz necessário aqui dizer, pois tenho plena certeza que você tem conhecimento acerca destes – que não investe, tanto na educação quanto na indústria, assim como na agricultura mecanizada, contudo gasta milhões de dólares para, segundo a informação oficial repassada pelo governo norte-coreano e exposta aqui no seu ótimo artigo, sim 😉 , para as festividades do 100º aniversário de Kim Il-Sung.

        No presente momento, não estamos vendo outros países – que também oprimem e não investem em seu povo 😉 – lançando “foguetes” por aí. Por isso que o cerne da questão se trata exclusivamente da Coréia do Norte – que está em evidência. 😉

        Aqui no meu país, Barbosa, temos um ditado que é mais ou menos da seguinte forma:

        “Muito ajuda quem não atrapalha.”

        O que o mundo atual menos precisa, nesse exato momento, é de mais um país que fique acirrando as tensões políticas com outros países, tampouco possa desenvolver tecnologia para produzir bombas atômicas. Temos plena consciência que aqueles países que são dotados de arsenal atômico – e não querem que outros países também os tenham – são extremamente hipócritas em seus argumentos. O motivo já é sabido: hegemonia política-militar. Portanto, a existência de mais um país que venha fazer parte deste “seleto” grupo, só deslocará os minutos do relógio do fim-do-mundo a um patamar ainda mais perigoso…

        Abraços cordiais.

      3. Eu compreendo perfeitamente os argumentos, mas continuo a dizer que a barreira neste aspecto é somente política e deve-se ao facto do problema das Coreias nunca ter sido resolvido. O argumento da «fome» existe em muitos outros países desenvolvidos e no extremo é sempre um argumento utilizado contra o desenvolvimento tecnológico.

        No caso da Coreia do Norte estamos perante as duas faces da mesma moeda, mas disfarçada. É óbvio que o que está por detrás de todo este aparato é o desenvolvimento de um veículo capaz de transportar armas de destruição maciça, pois do foguetão espacial Unha-3 ao míssil balístico Taepodong-2 vai um pequeno passo.

        É óbvio que a elite norte-coreana despreza por completo o seu povo e em muitos (senão todos) os aspectos de desenvolvimento os índices são medievais. Tudo o que é feito na Coreia do Norte tem um único objectivo e este é o de manter o regime, a todo o custo. Sendo um país isolado, os seus recursos são limitadíssimos, mas com o tipo de governação ali existente é «normal» que esses recursos sejam canalizados para o desenvolvimento destas tecnologias.

        Infelizmente, temos de admitir que a Coreia do Norte tem todo o direito de desenvolver estas tecnologias, bem como os países vizinhos têm o direito de se defenderem em caso de se sentirem ameaçados. A situação é extremamente volátil e sinceramente espero que o lançamento seja bem sucedido e que nada aconteça que leve o foguetão a se desviar da sua rota, pois caso contrário (e aí sim) poderemos assistir a uma escalada no conflito como nunca se viu até agora.

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