Estamos Vivos?

“A pergunta devia ser «quando é que as pessoas vão aprender?». ” Ora bem. Cá está. A vida é uma aprendizagem. Só podemos ser instrumentos facilitadores dessa aprendizagem e, pelo caminho, fazermos a nossa própria aprendizagem. Não se ensina/educa/divulga/ajuda sem ao mesmo tempo ser ensinado/educado/ajudado. É sempre uma viagem conjunta.

Por outro lado, certo é que não se pode ajudar quem não quer ser ajudado. A força das interpretações erradas, dos mitos, das mentiras, da desconfiança, das soluções fáceis, da falsa magia, das ilusões… é mto grande. Tvz maior q a gravidade no mais massiço buraco negro. 😛

O caminho está na educação. Na aprendizagem. Aprender a apreender facto e, sobretudo, aprender a dar-lhe a ordem correcta e a contar a sua história. Não basta conhecer uma data de factos, é preciso saber ordená-los e interpretá-los. As grandes falhas estão aqui: não só não se conhecem factos como não se sabe integrá-los.

Sim. A grande pergunta, válida para todos nós, é “quando é que vamos aprender?”. Penso que há uma resposta (não é 42, não :P): nunca. Pelo menos nunca totalmente. Porquê? Porque a vida é um caminho de aprendizagem e nunca se pára de aprender. Estamos cá para aprender. E, pelo caminho, se a isso nos dispusermos, passarmos esses conhecimentos, esses factos, essas interligações, sabendo de antemão que seremos acusados de arrogância, colonialismo de mente, mente fechada, e outros insultos bonitos de pessoas que nem sequer nos conhecem e q tendem a pessoalizar. Ninguém é inocente neste aspecto, contudo, nós mesmos já nos devemos ter recusado a aprender, algures. Mas também se aprende a aprender.

Não se pode ensinar quem não quer ser ensinado. Não de pode educar quem não quer ser educado. Não se pode elucidar quem não quer ser elucidado. Não se pode querer falar com quem não quer ouvir. Mas pelo caminho haverá quem queira e quem oiça. Há muitos por aqui. E nesse mesmo caminho, haverá quem aprenda com a aprendizagem dos outros.

«… a minha pergunta é simples: quando começam a prender os vigaristas?».

Na verdade, este tipo de vigaristas nunca será perseguido pela justiça por uma razão muito simples. Neste planeta, por muito incrível que possa parecer, basta alegar que se crê numa entidade divina ou espiritual e que somos movidos por indicação dessa entidade, para que (quase) tudo lhes seja permitido ou, pelo menos, tolerado.
O quase, que eu coloquei entre parentesis, é para aqueles casos totalmente obtusos, em que essas alegações ou atitudes não podem ser permitidas ou toleradas. Nesses casos, ao reponderem perante a justiça, os visados alegam insanidade mental temporária. O “temporário” é muito importante! Se fosse insanidade mental simples, o visado necessitaria de internamento psiquiátrico. Sendo uma insanidade temrorária e limitada a um certo episódio… no pasa nada 😀 e estão prontos para a próxima.
E acredita Carlos, a imaginação humana neste domínio é extraordinariamente fértil 😉

A pergunta devia ser «quando é que as pessoas vão aprender?». Algumas vão aprendendo. Umas poucas, compreenderão que o que está mal não é a existência de vigaristas; O que está mal é uma predisposição delas próprias para aceitar tudo o que tiver um toque de espiritualidade e misticismo, ao mesmo tempo que se abstêm de questionar e de pensar racionalmente.
Mas não há crise para o mercado do místico e do oculto. Para cada pessoa que “vê a luz”, surgem mais umas mão cheia delas dispostas a cair no próximo logro. It’s in their genes 😀