Plutão cheio de luas não é um planeta
Já afirmei aqui por várias vezes que sempre fui (desde 2001) contra Plutão ser considerado um planeta. As razões estão expostas em vários posts na categoria de Plutão.
No entanto, deixo-vos com esta imagem em baixo, que me parece que contém uma mensagem engraçada, após a descoberta de mais uma lua no sistema de Plutão:
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Carlos Oliveira
Carlos F. Oliveira é astrónomo e educador científico.
Licenciatura em Gestão de Empresas.
Licenciatura em Astronomia, Ficção Científica e Comunicação Científica.
Doutoramento em Educação Científica com especialização em Astrobiologia, na Universidade do Texas.
Foi Research Affiliate-Fellow em Astrobiology Education na Universidade do Texas em Austin, EUA.
Trabalhou no Maryland Science Center, EUA, e no Astronomy Outreach Project, UK.
Recebeu dois prémios da ESA (Agência Espacial Europeia).
Realizou várias entrevistas na comunicação social Portuguesa, Britânica e Americana, e fez inúmeras palestras e actividades nos três países citados.
Criou e leccionou durante vários anos um inovador curso de Astrobiologia na Universidade do Texas, que visou transmitir conhecimento multidisciplinar de astrobiologia e desenvolver o pensamento crítico dos alunos.
8 comentários
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Basicamente seis vezes menor que nosso Planeta. Mas com o quíntuplo de luas… rs
Plutão é fofinho! E, no meu coração, será sempre um lindo planeta!
Plutão agradece! 🙂
Mais duas piadas “típicas” do Rodney:
1) He was recognized by the Smithsonian Institution, which put one of his trademark white shirts and red ties on display.
When he handed the shirt to the museum’s curator, Rodney joked, “I have a feeling you’re going to use this to clean Lindbergh’s plane.”
2) Upon entering the hospital, he uttered another characteristic one-liner when asked how long he would be hospitalized: “If all goes well, about a week. If not, about an hour and a half.”
Lembra-me a (famosa?) http://en.wikipedia.org/wiki/Catchphrase desta personagem cómica “muito irónica”: http://en.wikipedia.org/wiki/Rodney_Dangerfield :
“I don’t get no respect!,”
“No respect, no respect at all… that’s the story of my life”
“I get no respect, I tell ya”
The confusion of Dangerfield’s stage persona with his real-life personality was a conception that he long resented.
While Child described him as “classy, gentlemanly, sensitive and intelligent,” people who met the comedian nonetheless treated him as the belligerent loser whose character he adopted in performance.
Uma curiosidade:
In October 2003, the Chicago Tribune, and numerous other media outlets as well, reported that Rodney met with members of the Raelian religion to discuss cloning himself.
Joan Child, who was rumored to be a member of the religion, appeared with Rodney on television to discuss the meeting.
His headstone reads, “Rodney Dangerfield… There goes the neighborhood.”
Por outro lado, para quem se interessa por Ciência Política:
Plutocracy (from Ancient Greek πλοῦτος, ploutos, meaning “wealth”, and κράτος, kratos, meaning “power, dominion, rule”) is rule by the wealthy, or power provided by wealth.
http://en.wikipedia.org/wiki/Plutocracy
A plutocracia (do grego ploutos: riqueza; kratos: poder) é um sistema político no qual o poder é exercido pelo grupo mais rico. Do ponto de vista social, esta concentração de poder nas mãos de uma classe é acompanhada de uma grande desigualdade e de uma pequena mobilidade. http://pt.wikipedia.org/wiki/Plutocracia
É uma opinião pessoal de minha parte, mas acho que a atual classificação de planeta, planeta anão e lua, que leva em consideração mais a órbita do que a natureza do astro, poderia ser vista diferentemente, se levar em conta a natureza física dos objetos, em especial o tamanho.
Por exemplo, no modelo orbital, você tem astros enormes, Titã e Ganimedes, com características de planetas, atmosfera, estrutura interna em camadas, campo magnético e tamanho superior ao de Mercúrio. Mas por girarem ao redor de planetas gigantes, são classificados como Satélites Naturais, a mesma categoria que as centenas, ou vai se saber milhares, de luasinhas pequenas que nada mais são que rochedos com feições de asteroides pequenos. Você tem objetos grandes como planetas classificados na mesma categoria de Fobos, Deimos, Pan, Adastréia, Cordélia…
Em astronomia vi o termo Satélite Planetário sendo atribuído aos grandes mundos esféricos, em especial a sete luas que são maiores que quaisquer planetas-anões: Lua, Io, Europa, Ganimedes, Calisto, Titã e Tritão. O mesmo termo seria aplicado mesmo a um objeto do tamanho da Terra que orbitasse Júpiter, que é tão grande ainda poderia ter uma lua do tamanho de Netuno. Alguém teria coragem de chamar de satélite planetário um astro dessas dimensões? Podemos encontrar algo assim nos sistemas planetários pela galáxia afora.
Marte ainda poderia ser lua da Terra, Mercúrio poderia ser lua de Vênus, e tudo mais.
Então, considerando atributos físicos e não órbita, o sistema solar está é cheio de Planetas. Temos oito planetas clássicos, temos sete planetas-satélites (e não satélites planetários), e ao redor de Saturno temos seis planetas-anões-satélites (Mimas, Encéladus, Tétis, Dione, Rhéa e Iapeto), de Urano cinco (Miranda, Ariel, Umbriel, Titânia e Óberon).
A classificação planeta-anão já soa mais amigável, continua como está. Mas a expressão apresentadas que os separa de planeta (ter limpado sua órbita de planetesimais) acho meio vaga pois a Terra, Vênus, Júpiter, Netuno, possuem planetesimais em sua órbita, como quasi-satélites e troianos os seguindo antes ou adiantes. Mas ainda assim seria melhor visto como (Planeta tem domínio substancial de massa em sua órbita, Planeta Anão não). Os planetas clássicos são soberanos em suas órbitas, seus coadjuvantes são insignificantes em relação a eles. Não é o caso de Ceres (cuja massa é menor que a soma dos demais companheiros de região orbital) e muito menos dos Plutóides (cuja soma das massas mal chega a 5% da massa estimada do Cinturão de Kuíper). Eu aceito o termo planeta-anão por eles realmente serem miniaturas de planetas mais do que pelas características orbitais. Eu não duvidaria se nos sistemas solares pela galáxia afora não existam planetas co-orbitais do tamanho de superterras ou maiores, logo nenhum satisfaria o atual critério para ser classificados como Planeta Clássico, mesmo sendo grandões…
Devo lembrar que tudo que falei é apenas uma visão alternativa e pessoal, e não tenho a intensão de reinventar a classificação adotada pela astronomia, e também estou ciente que para os astrônomos pouco importa como Titã, Encelados e Europa sejam classificados, eles são mundos interessantes a serem estudados do mesmo jeito, e em consideração à astrobiologia e até a astronáutica no futuro, eles são muito mais interessantes que seus respectivos planetas-pais.
Seu ponto de vista, em meu humilde conceito, é muito interessante. Concordo em vários aspectos, sobretudo no que se refere à nomenclatura planeta-anão.
Se eu fosse o editor-chefe do site, convidaria-lhe para fazer parte do time Astro PT. 😉
Author
Olá,
Esta discussão interessante sobre nomenclatura, foi mais desenvolvida, aqui:
http://www.astropt.org/2012/07/11/descoberta-a-quinta-lua-de-plutao/
Pessoalmente, pouco me importa o nome que dão às coisas :), mas se fosse eu a decidir colocava como só 4 planetas no Sistema Solar :P. Por exemplo, a Terra seria anão 😛
abraços! 🙂
[…] em Plutão, mesmo que sejam baleias azuis, Plutão continuará a ser planeta-anão. Não interessa quantas luas tenha. Não interessa se tem um oceano interior. Não interessa que o lobby pró-planeta faça bastante […]