A lua saturniana Dione vista pela sonda Cassini a 23 de Julho de 2012, a uma distância de cerca de 420 mil quilómetros. Composição a cores construída com imagens obtidas através de filtros para o vermelho, o verde e o azul (imagens originais: N00193083, N00193086 e N00193087).
Crédito: NASA/JPL/Space Science Institute/composição a cores de Sérgio Paulino.
Com cerca de 36,2 quilómetros de diâmetro, Creusa não é certamente uma das maiores crateras de Dione. No entanto, o seu extenso sistema de raios torna-a uma das estruturas geológicas mais facilmente reconhecíveis na superfície desta lua de Saturno, como se pode verificar nesta composição obtida recentemente pela sonda Cassini. Com várias centenas de quilómetros de comprimento, os raios de Creusa tingem de um branco gélido uma grande extensão do hemisfério sub-saturniano de Dione, um claro indício da sua juventude. Análises recentes à sua morfologia indicam uma idade inferior a 500 milhões de anos, o que a torna uma das mais recentes estruturas até agora catalogadas na superfície dioniana.
2 comentários
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Quando se dá um impacto de um asteróide com um corpo deste tamanho, uma grande quantidade de detritos e de lava é projectada em todas as direções. A gravidade do satélite fará com que esse material vá caindo um mais próximo, outro mais afastado (dependendo da velocidade cinética e da trajectória – é um voo balístico).
Provavelmente essa estrutura raiada formou-se desta forma. E como é mais recente que os materiais da área envolvente, ainda estão menos “calcinados” pela exposição à radiação do Sol (e cósmica).
É só uma possibilidade…
As raias dessa cratera vão bem longe mesmo, é enorme. Seria legal uma matéria sobre como as crateras raiadas se formam. 🙂
[…] de 248 mil quilómetros. Neste encontro foram recolhidas imagens globais centradas na jovem cratera Creusa. Vejam na composição colorida de baixo a dimensão do seu extenso sistema de […]