Um retrato de Vesta antes da despedida da Dawn

No passado dia 25 de Julho, a Dawn foi impulsionada pelos seus propulsores iónicos numa espiral ascendente que a tem afastado progressivamente da superfície de Vesta. No dia 4 de Setembro, a sonda abandonará definitivamente a órbita do asteróide e embarcará numa nova odisseia de dois anos e meio em direcção ao planeta anão Ceres. Durante esta fase final da sua estadia em Vesta, a equipa da missão tem aproveitado o tempo extra para realizar algumas observações adicionais, em particular, de regiões próximas do pólo norte, regiões que só agora se encontram iluminadas pelo Sol (relembro que o equinócio vernal de Vesta ocorreu no passado dia 20 de Agosto).
Para assinalar o final de mais de um ano de presença da Dawn na órbita de Vesta, o Jet Propulsion Laboratory divulgou ontem uma espectacular nova animação que simula uma visita às principais maravilhas geológicas do asteróide. O vídeo inicia-se com uma aproximação ao pólo sul e à enorme montanha implantada no centro da gigantesca bacia de impacto Rheasilvia. Depois de atravessar algumas das mais intrigantes crateras vestianas, a visita prolonga-se por Divalia Fossa, um sistema de sulcos localizados na região do equador, por Aricia Tholus, uma montanha no hemisfério norte, e pelas grandes crateras Marcia e Calpurnia, depressões que compõem parte da estrutura conhecida informalmente por “boneco de neve”. O vídeo encerra com passagens por Saturnalia Fossa e pelas regiões mais setentrionais do asteróide, aqui ainda ocultadas pelas sombras do Inverno. Vejam em baixo:

 

2 comentários

    • Ricardo André on 01/09/2012 at 17:31
    • Responder

    Adoraria viver numa civilização biplanetária, onde colonizariamos Marte com recursos de Vesta e Ceres. Estará essa realidade muito distante?

    1. Depende do que entende por “muito distante” 😉

      Há 10.000 anos atrás, “criava-se” a agricultura. Há 500 anos atravessavamos os oceanos em busca de novas civilizações.
      Dentro de 1.000 anos provavelmente teremos essa civilização biplanetária… o que é muito pouco tempo em termos planetários 😉

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