Algo atingiu o gigante Júpiter anteontem pelas 12:35 (hora de Lisboa). O alarme foi dado pelo astrónomo amador americano Dan Petersen, depois de ter observado através do seu telescópio “uma explosão brilhante com cerca de dois segundos de duração (…) no limite sul da Cintura Equatorial Norte” do planeta.
O fenómeno foi entretanto confirmado por um outro astrónomo amador do Texas, EUA. George Hall estava a filmar Júpiter através de uma webcam montada no seu telescópio, quando a bola de fogo se manifestou no extremo leste do planeta. Vejam em baixo o vídeo da explosão obtido por Hall:
Pequeno vídeo mostrando o impacto de um objecto nas nuvens de Júpiter a 10 de Setembro de 2012.
Crédito: George Hall.
Esta não é a primeira vez que astrónomos amadores detectam impactos na atmosfera joviana. Clarões semelhantes já haviam sido observados em Junho e Agosto de 2010. Na altura, os cientistas concluiram que o maior planeta do Sistema Solar é frequentemente atingido por objectos com poucas dezenas de metros de diâmetro, provavelmente provenientes da vizinha Cintura de Asteróides, e que os astrónomos teriam um papel importante na caracterização destas populações.
Astrónomos amadores e profissionais em todo o mundo estão agora a monitorizar o local do impacto em busca de uma cicatriz semelhante às deixadas pelos fragmentos do cometa P/Shoemaker-Levy 9 em Julho de 1994.
20 comentários
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Obrigado ao Carlos Oliveira, ao Rui Costa e ao Sérgio Paulino pelas respostas. Estava difícil, he he.
Tudo depende da massa. Ok, é como nas pizzas: o segredo está na massa 🙂
LOL é precisamente como uma pizza 🙂 LOL 🙂
Bem visto 😉
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LOL 😛
Coloquei uma imagem, para poder aparecer na “front page”… espero que não te importes 😉
Foi um asteróidezinho a impactar Jupiter… claro que se esse “zinho” batesse aqui, teríamos problemas graves na zona de impacto…
É certamente uma área de testes nucleares dos Jupiterianos!!!
Ou então são os sistemas de sinalização (tipo aeroportos) para os Nibirutas!!!
ihihihihih 😛
BAZINGA! 😛
Acontece relâmpagos colossais em Júpiter, como os astrônomos distinguem fenômenos como sendo um relâmpago ou a queda de um asteróide?
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Olá Jonatas,
Os relâmpagos jovianos são poderosíssimos, mas ainda assim não produzem clarões tão intensos como um impacto de um asteróide ou de um cometa, pelo que é praticamente impossível serem observados através de telescópios amadores. Mesmo a Cassini teve alguma dificuldade em detectar a luz visível de um relâmpago nas nuvens de Saturno (http://www.astropt.org/2012/07/21/cassini-fotografa-relampagos-gigantescos-no-hemisferio-diurno-de-saturno/).
Pois é verdade 🙁 .
Uma leitura mais atenta mostrou que Júpiter teria que ter bastante mais massa para que isso acontecesse.
De qualquer modo, o que para mim é uma grande novidade é o facto de planetas com uma determinada massa se poderem transformar em estrelas. Pensava que planetas e estrelas eram coisas completamente diferentes.
Mas é por isto que eu gosto de visitar o astropt: para saber mais sobre estas coisas que me fascinam, mas das quais só sei que nada sei. 🙂
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Pois é.
A natureza é alérgica a fronteiras. 😉
True!! LOL 🙂
Mas diz isso aos nacionalistas!!! 😛 ehehehehe 😛
Fernando,
Planetas não se transformam em estrelas 😉
Planetas têm pouca massa… em relação às anãs castanhas… e estas têm pouca massa em relação às estrelas. Tudo depende da massa dos objectos 😉
abraços!
Já que hoje estou virado para pensamentos especulativos e pouco científicos, então cá vai mais um: como se designaria um corpo celeste hipotético, com massa suficiente para ser uma anã castanha, mas que ainda não iniciou o processo de ignição (supondo que este processo poderá demorar vários milhões de anos a ocorrer)?
Pelos vossos comentários planetas e estrelas são coisas completamente diferentes e era assim que eu pensava ser, mas o artigo da wikipédia de alguma forma parece dar a entender que, ao menos em teoria, um planeta com massa suficiente pode iniciar a ignição e tornar-se uma (espécie) de estrela.
Se tem massa suficiente mas “ainda” não começou a transformar hidrogénio em hélio no núcleo, então poderá ser uma proto-estrela.
Se não tem massa suficiente e daí que não irá ter temperatura suficiente no núcleo para essa fusão nuclear, então será uma anã castanha.
Tudo depende da massa.
“um planeta com massa suficiente pode iniciar a ignição” – não, porque um planeta nunca terá massa suficiente para essa ignição. Se tivesse, não seria um planeta 😉
abraços!
http://www.astropt.org/2011/02/21/tamanhos-e-massas-dos-grandes-planetas/
abraços!
Espectacular. Poderá ter sido um impacto deste género que provocou a extinção dos dinossauros no (muito mais pequeno) planeta terra há cerca de 60 milhões de anos.
Uma possibilidade notável acerca deste planeta, que não sabia e que li na wikipedia, é que Jupiter poderá vir a tornar-se uma “espécie” de estrela. Com a natural compressão de massa que o planeta está a sofrer devido à própria gravidade, poderá no futuro entrar num processo de ignição semelhante ao que se verifica nas anãs castanhas.
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Olá Fernando,
Este impacto não é comparável com o que pôs termo ao reinado dos dinossauros. O objecto que colidiu com Júpiter era muito pequeno, no máximo com um diâmetro de apenas algumas dezenas de metros. 😉
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Quanto à possibilidade de Júpiter se transformar no futuro numa anã castanha, os actuais modelos não prevêem tal acontecimento (nem é isso que está escrito na wikipedia 🙂 ). Júpiter precisaria de uma massa pelo menos 13 vezes superior para que tal acontecesse. Para se iniciar o processo de fusão do hidrogénio em hélio no seu interior, a fasquia teria de se elevar até pelo menos 50 vezes a sua massa.
Fernando,
Quanto à possibilidade de estes pequenos contributos, no acréscimo de massa, poderem um dia levar a que Júpiter venha a tornar-se uma anã castanha, está fora de questão.
A descoberta de cada vez mais corpos de relativamente grandes dimensões para lá da órbita de Plutão levaram a União Astronómica Internacional (IAU) a estabelecer definições para os corpos do Sistema Solar, crinado as categorias de Planeta e Planeta Anão.
Também a descoberta de corpos a orbitar outras estrelas, principalmente corpos de massa muito superiores à de júpiter, levaram a IAU a definir o que é um planeta e o que é uma anã castanha.
Assim, definiu-se que objectos com massas abaixo da massa limite para a fusão termonuclear do deutério (calculada como sendo de 13 massas de Júpiter) que orbitem estrelas ou remanescentes de estrelas são “planetas” (independentemente de como se formaram). O tamanho/massa mínimo para um corpo extrasolar ser considerado planeta deve ser o mesmo que o usado no nosso Sistema Solar.
Desta forma, mesmo que Júpiter absorvesse toda a cintura de asteróides e mesmo todos os outros planetas e planetas anões do Sistema Solar, apenas duplicaria de massa, ficando muito aquém do limite das 13 massas necessárias para a fusão do deutério.
Mas, honra lhe seja feita, Júpiter emite mais energia do que aquela que recebe do Sol 🙂
Fonte: http://www.dtm.ciw.edu/boss/definition.html)
«1) Objects with true masses below the limiting mass for thermonuclear fusion of deuterium (currently calculated to be 13 Jupiter masses for objects of solar metallicity) that orbit stars or stellar remnants are “planets” (no matter how they formed). The minimum mass/size required for an extrasolar object to be considered a planet should be the same as that used in our Solar System. »
“Mas, honra lhe seja feita, Júpiter emite mais energia do que aquela que recebe do Sol ”
Os astrónomos dizem que é a energia da contracção gravitacional… mas eu acho que é a produção nuclear dos Jupiterianos 😛 ehehehe 😛
BAZINGA!!! 🙂
Noooo, by jove!… os joveanos são uns preguiçosos… passam a vida a descansar e a queixar-se da pressão e do peso. Dizem que não gostam de trabalhar sob pressão. Ora em Júpiter isso é um problema 😀
Deve ser mesmo a contração gravitacional ou a conversão de energia potencial gravítica em energia térmica.
[…] mistérios, história, viver, pizza). Júpiter (sistema, núcleo a derreter, mancha a diminuir, explosão, 65 + 2 luas, JUNO, JuIcE). Saturno (anel gigante, tempestade, hexágono, vórtice, rosa vermelha, […]