Formas de vida poderão sobreviver em exoplanetas com órbitas excêntricas

Crédito: NASA/JPL-Caltech

Enquanto no nosso sistema solar, os planetas viajam em órbitas quase circulares, a maioria dos planetas extrasolares (em volta de outras estrelas) viajam com órbitas excêntricas, alongadas, como se fossem cometas. As órbitas excêntricas fazem com que um planeta que passe pela zona habitável (na imagem, a verde) saia dela constantemente ao longo da órbita. Ao sair da órbita, potencial água líquida à superfície deverá congelar, fazendo com que não tenha condições para a vida.
No entanto, extremófilos que se tenham desenvolvido nestas condições poderão hibernar por baixo da camada de gelo, e assim sobreviver à excentricidade da órbita.

Leiam na NASA, e o artigo científico.

6 comentários

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    • Paulo Gonçalves on 14/09/2012 at 23:44
    • Responder

    Ora viva,

    Não sou nem expert em ciência e muito menos em astronomia, mas do pouco que sei, penso que temos olhado para “vida” de forma egocêntrica, sempre à nossa imagem e sempre alicerçada às nossas necessidades como ser vivos!

    Duas questões colidem frequentemente neste tipo de análises,
    estaremos À procura de planetas com capacidade para a “vida” humana? ou apenas a tentar encontrar um simples organismo vivo?

    Voltando à primeira parte, (e olhando para dentro) temos por exemplo as plantas, água + oxigênio e voilá, “vida”, e o que me deixa intrigado em todas as notícias em que se diz: , têm sempre como base estes dois compostos!
    Porque não poderá haver algo que necessite apenas de hélio e metano para “viver”? não poderá nenhum micro-organismo ter “achado” forma se expandir e criar assim vida? outra forma de vida? Segundo sei, a vida adapta-se e não creio ter sido a água ou o oxigênio a chave para a vida! para a nossa sim, mas e se formos nós a singularidade? então aí estaremos a olhar para o universo de maneira errada!

    Cumprimentos!

    1. De acordo 😉

      Aliás, tem vários posts aqui no blog sobre essa temática, que sugiro que leia, se está interessado nesse assunto 😉

      De resto, complemento o seu comentário com mais uma informação: o planeta Terra teve vida *antes* de ter oxigénio… e ainda hoje tem vida que “respira” enxofre… por isso o oxigénio não é relevante 😉

      abraços!

    • Ricardo Correia on 14/09/2012 at 16:10
    • Responder

    Boa tarde Carlos Oliveira
    Vi um documentário com o Bad Astronomer ( Plait) sobre o meteorito Nakla. Na sua opinião há indicios de vida nesse meteorito?
    Abraço

    1. O que eu disse em cima para o mais conhecido ALH 84001, é o mesmo para o Nakhla.

      O mais importante é que a minha opinião nada vale… :(. O que conta é o que se sabe, e o que se sabe ainda é demasiado controverso.

      Mas, na minha opinião, que reafirmo que vale 0, penso que as evidências são demasiado fracas. É baseado em carbono encontrado nas rochas… que depois se calhar por pareidolia até se parecem com “nano-minhocas primitivas” . É demasiado pouco porque o carbono é extremamente abundante no Universo… não é pela existência desse elemento que se pode dizer que é vida.

      Por outro lado, foram encontrados aminoácidos. Mas não se tem a certeza se estão lá por contaminação terrestre. Mas mesmo que sejam “originais”, isso também não prova a vida… só a existência dos constituintes básicos da vida no Universo… que é algo comum a muitos outros meteoritos.

      abraços!

    • silvio cicoti on 14/09/2012 at 15:31
    • Responder

    Carlos, após varias missões a Marte ainda estamos procurando alguma evidencia de vida, que possa existir ou ter existido. Penso que não é só para isso que estamos lá, mas no entanto essa persuasão se deveria á alguma forte evidencia, como o meteoro alh84001??

    http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2010/04/30/AR2010043002000.html

    Abraços. Silvio.

    1. O problema dos resultados do ALH 84001, assim como dos resultados das missões Viking, é que tantos anos depois ainda são controversos… até porque não temos uma definição exacta de vida, mas sim só de “vida tal como a conhecemos”…. e que mesmo assim é bastante limitada.

      Pessoalmente parece-me uma boa estratégia para chamar investimentos: dizer que pode haver vida.
      Mas a minha opinião (que vale 0) é que esta discussão àcerca de Marte é similar à discussão anterior àcerca da Lua. Quer-se à viva força que lá exista vida… mas provavelmente não existe. E daqui por 100 anos a discussão vai ser sobre Europa, lua de Júpiter. Sempre a mesma coisa, com locais diferentes…

      Com isto não quero dizer que Marte não possa ter tido vida no passado… pode… porque há 3 mil milhões de anos tinha condições para a vida… mas de “ter condições” até “ter vida” vai um salto grande… 😉

      abraços!

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